Após uma segunda um pouco turbulenta com Rugge voltando de viagem e Karol tendo vomito, sendo cuidada, a noite foi mais tranquila jantaram os 3 na cozinha ouvindo as histórias do dia de Lorenza. Foram dormir cedo, ainda que Karol estivesse apreenssiva, mesmo com Rugge a dizendo para manter a calma, mas precisavam descansar pois no dia seguinte teriam que estar as 9:00 no hospital e Lorenza teria aula de ballet, o que demanda mais tempo para arruma-la.
Com o soar do alarme a terça anunciu sua chegada, Rugge deu um beijinho em Karol antes de se levantar, para a incentivar a despertar, ele saiu da cama, cumpriu com sua higiene, trocou de roupa, voltou pro quarto Karol estava sentada na cama ainda, ele se aproximou lhe fazendo carinho e lhe dizendo baixinho:
- Vamos amor, hoje temos horário.
- Ja vou... - disse ela.
- Esta mais friozinho, coloca uma blusa. - alertou ele saindo do quarto.
Ele foi para o quarto de sua filha para chama-la, mas para sua surpresa a menina ja estava acordada e quase pronta.
- Bongiororno princesa, ja acordou? - perguntou ele.
- Sim Pá, demora muito pra colocar essa roupa toda. - respondeu Lorenza ajustando a saia.
- É o hoje o ensaio com figurino então? - retornou ele.
- Sim Pa, é hoje... - respondeu Lorenza dando um grande suspiro.
- Esta nervosa? - seguiu ele.
- Um pouquinho... - respondeu ela.
- Vai dar tudo certo, eu confio em você! - incentivou ele.
Lorenza o sorriu e ele continuou:
- Bom princesa coloca uma blusa porque esta frio, depois vai com a mamãe pra arrumar o cabelo que eu vou descer preparar o café e sua lancheira.
- Ta bom Pá! - concordou Lorenza indo procurar uma blusa.
Rugge desceu para a cozinha, Lorenza saiu de seu quarto colocando a blusa indo pro quarto de sua mãe. Karol estava em seu closet terminando de colocar os sapatos, o enjoo havia começado a incomoda-la, Lorenza a encontrou ali lhe dizendo:
- Bongiororno Mami!!
- Bom dia pequena! - retribuiu Karol tentando lidar com seu mal estar sem transparecer para a filha.
Lorenza a abraçou forte, depois levantou a cabeça para olhar sua mãe que a arrumou os cabelos para trás e disse:
- Bom vamos arrumar esse cabelo?
- Simmm - respondeu Lorenza muito animada se soltando da mãe.
Ela se sentou no puff ao meio do closet, Karol pegou a escova o elástico e os grampos e passou a arrumar o cabelo de Lorenza com um coque bem alto, porém o enjoo estava cada vez mais forte, aquela sensação de liquido subindo pela garganta foi ficando cada vez mais contundente, ela passou a engolir várias vezes tentando conter um pouco pelo menos até terminar o cabelo da filha, quando colocou o último grampo, saiu correndo indo direto ao banheiro, Lorenza preocupada foi atrás, entrou no ambiente vendo sua mãe ajoelhada de frente ao vaso sanitário, apoiada com os braços cruzados sobre o assento, com a testa apoiada sobre eles vomitando muito. Ela não sabia o que fazer, ficou alguns instantes com as mãos nas costas de sua mãe dando apoio, não disse nada nem perguntou porque sabia que sua mãe não iria responder, preocupada desceu correndo chamar seu pai.
Ao entrar na cozinha, Rugge ao vê-la exclamou:
- Até que enfim, pensei que não iriam descer!
- Pai! A mamãe ta vomitando muito!! - contrapôs Lorenza de imediato.
- O que?? - questinou Rugge em tom de susto.
- Vem!!! - chamou Lorenza saindo da cozinha correndo.
Rugge aos calcanhares de sua filha, chegaram no banheiro e Karol seguia vomitando, Rugge se jogou de joelhos ao lado dela, que ofegante virou o rosto para vê-lo, ele tirou os cabelos de seu rosto, a olhou, estava bem ofegante, deixou uma das mãos sobre as costas dela e pediu a Lorenza:
- Filha vai descendo tomando o café.
- Não pai eu quero ficar aqui! - disse Lorenza nervosa.
- Vai Lolo... eu ja vou melhorar... - disse Karol.
- Vai ... - insistiu Rugge.
- Ta bom... - concodou Lorenza, mesmo querendo ficar.
Com Lorenza descendo, Rugge seguiu observando Karol atentamente, quando a respiração dela ficou mais amena ele a perguntou:
- Passou um pouco?
Ela acenou com a cabeça em sinal de sim, o que o fez dizer a puxando para perto de si:
- Vem aqui...
Ela se aproximou dele o abraçando, ele apoiou o queixo sobre a testa dela e a fez carinho nas costas até senti-la totalmente tranquila, o que não demorou muito, logo ele a perguntou:
- Melhor?
- Uhum... - respondeu ela.
- Consegue levantar? - retornou ele.
- Sim. - respondeu ela novamente.
Ele a soltou, se levantou deu as mãos a ela em apoio e a ajudou a se levantar, a pergunganto em seguida:
- Quer água?
- Quero... - respondeu ela ajeitando a roupa e o cabelo.
Ele foi até o quarto em um passo e em outro retornou com um copo de água, ela bebeu de golinhos, se abraçou a ele que indagou:
- Pronta pra descer?
- Sim, só vou escovar os dentes de novo. - respondeu ela.
- Ta bom eu espero. - disse ele zeloso.
Assim que ela terminou sua higiene bucal, eles desceram abraçados, chegaram a cozinha e Lorenza não havia quase tocado no seu prato de café da manhã, antes que ela perguntasse algo, Karol a informou se sentando:
- Ja estou bem filha.
- O que aconteceu?? - questinou Lorenza ainda preocupada.
- Eu comi algo ontem que não me fez bem, mas já saiu e estou bem, agora trate de comer todo esse café da manhã mocinha, porque você precisa pra ter bastante energia pro ensaio com figurino mais tarde. - respondeu e alertou Karol.
Com os animos mais tranquilos, Lorenza ficou na escola e Karol e Rugge seguiram para o centro da cidade autônoma, contudo na metade do caminho Rugge encostou o carro, desligou o motor, segurou a mão de Karol e encostou a cabeça no encosto do banco fechando os olhos, Karol suspirou, entrelaçou os dedos com os dele e esperou, dessa vez ele é que estava enjoado, passado alguns minutos ela sugeriu:
- Quer que eu dirija?
- Não amor, tá passando. - respondeu ele.
Alguns minutos depois ele se recompôs e seguiu viagem, chegando a cidade foi direto ao Hospital Santa Amélia que ficava a poucos minutos da empresa, foi pela entrada dos fundos, estacionou em uma das vagas, mas era muito cedo, ele apenas desligou o carro, se arrumou no banco de frente para Karol que fez o mesmo, esticou um dos braços até o banco dela e com a outra mão segurou uma das mãos dela. Ficaram se olhando um tempinho, Karol estava levemente abatida, mas mesmo assim seus olhos brilhavam, ele desviou o olhar dela um instante somente para olhar a hora, constatando que ainda faltava tempo até a hora da consulta, então se lembrou de uma coisa e a chamou:
- Ka...
- Hum... - atendeu ela.
- Faz uns dias estou vendo uma cama nova pra Lolo, achei 3 modelos, tem um tempo que quero te mostrar pra escolhermos juntos, mas aconteceu tanta coisa desde então... me ajuda? - contou e perguntou ele.
- Claro Baloo, quais você escolheu? - perguntou ela.
Ele pegou o celular se juntou mais a ela e mostrou as opções, falando o que achava de cada uma e no fim disse:
- ... mas de todas eu gosto mais dessa aqui - mostra - que ... como que a Lolo falou... - lembra - de carrossel.
- Não seria dossel? - questiona Karol rindo.
- Sim é de dossel, mas ela achou que era carrossel - respondeu ele também rindo.
- Concordo com essa também, vai combinar com o quarto dela... - disse Karol.
- Eu vou pedir essa então... - olha para o ventre dela e coloca a mão sobre - ... depois que soubermos o que é, precisamos ver como vai ser o quarto desse aqui.
Ela o deu um meio sorriso olhando pra baixo, estava nervosa, o que o fez dizer:
- Hei, ele esta bem você vai ver... - olha a hora - Ja podemos entrar se você quiser.
- Vamos... - concordou ela.
Os dois saíram do carro, de mãos dadas entraram no hospital, Rugge deixou Karol sentada nas cadeiras de espera e foi assinar a papelada do hospital para liberar os exames, se juntando a esposa em seguida a abraçando de lado.
Cerca de 15 minutos mais tarde Dra Marta foi até a recepção falou com a atendente que lhe entregou as guias, em seguida foi até o casal.
- Olá o papai veio dessa vez! - exclamou Marta.
- Oi Dra como vai? - perguntou Rugge.
- Bem, na correria como sempre por aqui, mas vamos subir? - respondeu e perguntou ela olhando para Karol.
Subiram para o andar de obstetricia e exames, entraram em um consultório, Rugge se sentou em uma das cadeiras enquanto Marta começava a sequência de coleta de parâmetros em Karol, estando tudo dentro do normal e com a liberação da sala de ultrasom sendo informada por uma infermeira eles migraram para lá. Na sala Karol se deitou sobre a maca, Rugge se sentou no banco bem proximo a ela, que levantou a blusa e abriu um pouco a calça, Marta se aproximou a olhou, sorriu e com as pontas dos dedos fez carinho no lunar de Karol dizendo:
- Como cresceu esse neném!! Vamos medir pra ver.
Marta mediu e seguiu dizendo:
- 10 cm de diferença do primeiro exame. - toma nota - Bom Karol primeiro você vai fazer o morfológico...
- Ela esta um pouco nervosa com esse exame. - interrompeu Rugge.
Marta percebeu Karol um pouco retraida e continou falando:
- Nesse caso, quem vai fazer o exame é a dra Joana, ela é bem objetiva, vai chegar te cumprimentar e fazer todo o exame em silêncio, quando terminar ela vai te informar, vai sair daqui e vai me falar um okay, ou me chamara aqui para me mostrar e lhe informar caso haja algum problema, mas fica tranquila que vai ser rápido e creio que tudo estará certo, entendeu?
- Sim. - respondeu Karol.
- Vou chama-la e dizer que esta pronta. - informou Marta saindo da sala.
Rugge segurou uma das mãos de Karol dando um beijinho e lhe dizendo:
- Vai estar tudo certo, tranquila.
Antes que Karol pudesse concordar com ele mesmo que nervosa, a Dra Joana e entrou na sala.
- Bom dia! - disse Joana indo até o banco de frente ao equipamento e se sentando.
Karol e Rugge retribuiram.
- Vamos começar. - informou Joana colocando o gel em Karol.
A Dra era muito concentrada na tela, olhava cada detalhezinho, ela desceu o leitor mais baixo e avisou:
- Vai ser um pouquinho desconfortável agora.
Pressionando o lado esquerdo de Karol mais contudentemente, a Dra prosseguiu, Karol fechou os olhos e contraiu o rosto para suportar a pressão, Rugge segurou a mão dela mais firme para ela sentir seu apoio, a Dra foi para a parte central com a mesma pressão e por fim ao lado direito concluindo o exame e informando que havia terminado saindo da sala em seguida. Rugge ao ver Karol ainda com uma leve expressão de dor, perguntou:
- É assim mesmo?
- É sim ... mas doeu menos do que o da Lolo.
- Porque? - retornou ele.
- Porque da Lolo eu estava com a bexiga inflamada, estava bem mais sensível, eu quase gritei de dor. Hoje foi desconfortável, mas bem mais tranquilo.
Eles foram interrompidos por Marta retornando a sala e se sentando no banco onde estava a outra doutora.
- Bom Karol, Joana me deu okay, tudo certo com o seu bebê. - informou Marta.
Karol suspirou e fechou os olhos de alivio, Rugge segurou a mão dela com as duas mãos dando um beijinho, a fazendo olhar pra ele que disse baixinho:
- Viu, ele esta bem!
- Bom agora meu turno, vamos ver o seu bebê? - disse Marta virando a tela para eles.
Marta passou a deslizar o leitor sobre gel na barriga de Karol, revelando na tela um bebe que se mexia um pouquinho, o coração batia rapido e forte, mãozinhas e pesinhos estavam bem definidos, a Dra mostrou tudo a eles, virou o aparelho pra pegar outro ângulo e disse:
- Estou tentando mas não vai ser hoje que vamos desobrir se é menino ou menina, ele esta com as perninhas quase cruzadinhas, mas na próxima vez tentamos.
- Não temos pressa pra saber também... - disse Rugge todo bobo olhando pra tela.
Marta terminou o exame e enquanto removia o gel de Karol concluiu:
- É isso Karol, tudo certo, o bebê esta bem, esta se desenvolvendo normalmente, esta do tamanho certo, um pouquinho maior que um limão e você esta bem, melhor do que na primeira vez, mas eu acho que isso tem a ver com o papai aqui estar junto e cuidando de vocês.
Karol sorriu com os labios fechados para Marta, olhou para Rugge que estava em pé fechando o botão da calça dela e baixando a blusa, quando terminou de faze-lo encontrou o olhar dela a sorrindo também, Marta continuou fazendo uma pergunta a ele:
- A propósito, como está a sindrome de Couvet papai?
- Ah... vai indo... as vezes fico enjoado, vomito só tive dois episódios, as vezes fico com muito sono, outras emotivo... mas preciso me segurar porque quase ninguem sabe que estamos grávidos, sobretudo o pessoal na empresa... eu estava fazendo um show em Miami esse final de semana quando terminou eu fiquei muito emocionado e chorei bastante, o pessoal começou a fazer perguntas, precisei contonar com desculpas, mas fora isso ta tranquilo, eu fico é preocupado com ela muito mais. - respondeu contando Rugge.
- É assim mesmo, a parte boa da sindrome é que uma parte dos sintomas dela você pode sentir, ou ter sensação antes dela ter e pode ajuda-la se necessário for, nem tudo é ruim nessa condição. - elucidou Marta.
- Eu li sobre a sindrome durante a viagem, foi bem esclarecedor. - disse Rugge.
- Informação ajuda muito. Bom por hoje os 3 estão liberados, nos vemos em 4 semanas, os exames vão estar disponíveis no app no final do dia, e Karol siga com seus relatorios diarios la, estou gostando de ver, se puder colocar o que o Ruggero teve também seria interessante, faz tempo que não vejo essa sindrome acontecer assim tão de perto. - disse Marta.
- Pode deixar... - disse Karol se sentando.
- Eu conto pra ela ou escrevo eu mesmo. - disse Rugge ajudando Karol a descer da maca.
- Ótimo! Se cuidem hein! - concluiu Marta se despedindo.
- Até o proximo exame! - se despediu Rugge.
Os dois sairam da sala, desceram até o térreo, Karol estava indo na frente segurando a mão de Rugge o puxando logo atrás, quando sairam do prédio e estavam quase no carro, ela se soltou dele para contornar o veículo, para ir sentar-se do lado do passageiro, mas antes que ela abrisse a porta Rugge a chamou e pediu:
- Hei! - ganhou sua atenção - Vem aqui!
Ela o sorriu ternamente inclinando a cabeça para um lado, foi até ele o abraçando, que perguntou:
- Mais tranquila?
- Sim...! - respondeu ela.
O estacionamento reservado do hospital ficava ao equivalente a 4 andares do nivel da rua, conferindo uma vista da cidade muito bonita dali, com isso Rugge acabou puxando Karol para a frente do carro, ele se encostou no capô a deixando a sua frente entre suas pernas para que pudessem apreciar a vista por alguns segundos, enquanto cuidavam da barriga de Karol que agora continha um bebe 100% saudável crescendo dentro dela. Alguns minutos depois ela desviou seu olhar da vista para encontrar os olhos dele e ao ter a atenção lhe disse:
- Acho que devemos contar pra Lolo hoje.
- Certeza? - indagou ele.
- Sim Baloo, esta aparecendo bem, ela vai começar a perguntar e ela merece ganhar finalmente seu pedido de natal. - respondeu Karol.
- Hunf... me lembro como você ficou quando lemos a cartinha dela... - disse ele.
- É... naquele momento eu não queria, eu não estava pronta pra isso, mas agora ele esta aqui... - começou ela.
- O nosso limãozinho... - interropeu ele a dando um beijinho no ombro.
Ela riu ainda o olhando nos olhos, que a viam com tanta intensidade, como quando ensairam juntos a primeira vez anos atrás logo após se conhecerem. Rugge ficou em transe com ela por alguns minutos, até mudar de expressão e perguntar:
- Como vamos contar a ela Ka?
- Humm... não sei bem, mas temos que falar da cartinha que ela escreveu isso é certo. - respondeu Karol.
- Estou de acordo é bom manter a fantasia o quanto pudermos com ela. - disse ele.
- Acho que nos sentamos e conversamos, vemos na hora conforme ela for reagindo como vamos falar. - continuou Karol.
- Só quero ver a reação dela. - exteriorizou Rugge.
Do hospital retornaram a empresa, almoçaram la mesmo Rugge queria ficar o maximo de tempo com Karol para poder superar ter visto seu futuro filho, no entanto Karol tinha reunião a tarde, estava concentrada nos topicos do que falaria, Rugge a observava atentamente, pensamentos sobre ela ivadiram sua cabeça, antes das pessoas da reunião chegarem ele se despediu de Karol e foi diretamente trabalhar em algo novo no estúdio.
Perto das 17:00 após passar boa parte da tarde trabalhando em uma melodia e letra novos, Rugge subiu um pouco ansioso, ao sair do elevador viu Karol se despedindo de Amélia e mais alguns funcionários, Amélia o apontou com o olhar para Karol, que ao vê-lo deu aquele sorriso que o deixava até um pouco timido, mas que ele achava igualmente lindo, o fazia sentir borboletas por toda a pele. Ele se aproximou a puxando junto de si, lhe dando um selinho.
- Vamos? - Perguntou ele.
- Sim! - vira para Amelia - Até amanhã! - respondeu e se despediu Karol.
No caminho para o distrito de Navarro, ambos estavam ansiosos, Rugge mordia o labio inferior com insistência e Karol mexia as mãos com constância. Com trânsito fluido chegaram alguns minutos antes do sinal soar. Caminhando até o saguão principal da escola para esperar a filha, Rugge na tentativa de conter o nervosismo, perguntou baixinho:
- Contamos pra ela antes ou depois do jantar?
- Não sei... - roi uma unha - Acho que depois do jantar... - respondeu Karol.
- Vamos buscar algo de comer então pra não perdermos tempo com a preparação. - disse Rugge.
- Parece que alguém esta ansioso. - constatou ela meio debochando.
- Aham como se você também não estivesse. - contrapôs ele.
- Só um pouquinho... - riu ela.
A conversa foi interronpida pelo soar da campainha, a correria dos alunos saindo de suas salas para encontrar os pais, em meio ao volume de crianças, vinha Lorenza um pouco distraida conversando com uma amiga, até vê-los e sair correndo de encontro a eles abraçando o pai fortemente.
- Bagunceirinha!! - exclamou Rugge
- Como foi hoje filha? - perguntou Karol também sendo abraçada.
- Foi incrivel mami, o ensaio saiu sem erros, foi muito bom! - respondeu Lorenza.
- E você tem tarefas? - perguntou Rugge.
- Por milagre não tenho Pá! - olha para a mãe - Você esta melhor mami, fiquei preocupada? - respondeu e perguntou Lorenza.
- Estou bem filha tranquila. - tranquilizou Karol.
- Bom minhas meninas, o que vocês acham de irmos jantar no Dom Giuseppe?? - Sugeriu Rugge se levantado junto com Karol e carregando Lorenza em seu colo.
- Una vera pasta italiana! - da beijinho na ponta dos dedos - Ja quero Pá! - respondeu Lorenza.
- Mamãe? - indaga ele a Karol.
- Vamos sim!! - concordou ela.
- Obaaaa, a gente pode pedir nhoque de chocolate com beijinho pode, pode, pode?? - manisfestou Lorenza.
- Pode! - concordou Rugge.
Da escola primaria, foram ao restaurante, entraram no local com Lorenza muito saltitante, escolheram uma mesa se sentaram e passaram a ler o cardápio.
- O que você vai querer amor? - perguntou Rugge.
Karol respirou e disse:
- Muitas coisas... - segue lendo - Suco de abóbora cremoso, meu Deus, deve ser bom!
O garçom se aproxima sendo solicito e Karol diz rapidamente:
- Oi! Eu quero esse suco de abóbora, quero uma milanesa a parmegiana, um capelete verde com ricota ao molho alfredo, uma porção de batata, uma salada ceaser e esses palitos de legumes. Agora vocês o que querem.
Lorenza e Rugge ficaram a olhando meio atônitos, mas ele sabia que ela estava comendo por alguem mais, então pediu:
- Quero um capeletini negro ao molho fungie e pra essa mocinha nhoque ao molho 4 queijos e uma jarra de suco de laranja por favor.
O garçom anotou tudo e logo se retirou para levar os pedidos a cozinha, foi ele sair e Lorenza exclamar:
- Esta com muita fome mami?
- Um pouco filha, almoçamos algo simples, por isso estou com fome. - tentou achar uma saida Karol.
Quando a comida chegou Karol se esbaldou, se apaixonou pelo suco de abóbora a ponto de pedir mais dois copos para a viagem, Lorenza dividiu e satifez sua vontade da massa doce com seu pai, assim que se sentiu satisfeita pediu para ir no playground, enquanto esperavam a conta e os itens para levar, Rugge a permitiu sob algumas considerações e ela saiu da mesa para brincar por alguns minutos, assim que a menina estava longe ele disse:
- Amor não teve como eu não lembrar de quando você estava grávida da Lolo e fomos no café em frente a casa rosada.
- Eu estava com fome... - disse ela contraindo os labios.
- Deu pra notar... que bom que vamos contar a ela hoje, porque não sei como explicar essa fome toda. - disse ele.
Sem demora o garçom trouxe os itens para a viagem e a conta, Rugge efetuou o pagamento e Karol foi buscar Lorenza no playground.
- Vamos Lolo! - chamou Karol.
- Ja mami?? - Questionou Lorenza.
- Sim filha, papai esta terminando de pagar a conta e ja vai buscar o carro. - respondeu Karol.
- Mas eu nem pude aproveitar direito! - Reclamou Lorenza.
- Faz assim da mais uma volta no circuto pra descer pelo tubo e ai vamos, pode ser?
- Ta bom. - concordou Lorenza.
A menina fez o que a mãe sugeriu, terminou descendo pelo tubo encontrando Karol na saida a dando a mão, dali foram encontrar Rugge que estava esperando na frente do local com o carro, elas correram, entraram no veiculo colocando os cintos rapidamente enquanto ele exclamava:
- Estava começando a pensar que tinha acontecido alguma coisa!
- Mamãe deixou eu dar mais uma volta no brinquedo Pá, foi isso.
Karol deu uma piscadela pra ele que disse:
- Ahnn! Tudo bem então.
Alguns minutos depois chegaram em casa, Rugge havia estacionado, Lorenza e Karol sairam primeiro, ele em seguida fechando o veiculo, foi até a porta para abri-la mas estava nervoso, não conseguia encaixar a chave no trinco, Karol ao perceber se interpôs sem falar nada e abriu a porta rapidamente aproveitando que Lorenza estava assistindo video em seu tablet e não notou o que aconteceu.
Eles entraram em casa, Lorenza se encostou na península atenta ao que estava vendo, Karol que estava lidando com sua ansiedade e vendo Rugge muito nervoso o perguntou balbuciando:
- Pronto?
Ele balançou a cabeça em acordo e chamou dizendo:
- Lolo, olha aqui pro papai!
- Sim Pá... - lhe deu atenção Lorenza.
- Desligue o tablet filha, precisamos conversar com você. - disse Karol.
- Eu fiz alguma coisa errada?? - perguntou Lorenza preocupada.
- Não filha, esta tudo bem, vem, vamos aqui na sala eu e a mamãe temos que te contar uma coisa. - esclareceu Rugge.
Os três foram para a sala de estar, Rugge se sentou no sofá de lado com a lareira, Karol se sentou a sua frente sendo abraçada pelas costas por ele, Lorenza ficou de pé apreenssiva, sempre que seus pais queriam conversar com ela, coisas precisariam mudar, antes que passassem mil possibilidades pela mente da menina, Karol a disse em tom doce e calmo:
- Senta aqui pequena!
Ela respeitou a mãe e se sentou de frente a eles.
Rugge e Karol se olham vendo quem iria começar, mas ele respirou fundo e perguntou:
- Lolo lembra da cartinha que você escreveu pra cegonha, que o papai enviou pelo correio?
- Lembro sim. - respondeu Lorenza atenta.
- Então ela recebeu sua cartinha. - seguiu Rugge.
- Sério? - questionou Lorenza.
- Sim pequena e ela ... mandou as sementinhas pro papai. - contou Karol.
- Mesmo? Então quando terminar a obra você vai deixar o Pá colocar as sementinhas em você? - retornou Lorenza animada.
- Não pequena... - começou Karol.
- Não? Porque? - indagou Lorenza mudando completamente de expressão.
- Porque eu ja fiz isso Lolo - disse Rugge antes que ela chorasse.
- Como ja fez? - questionou a menina contendo o choro.
- Ja coloquei as sementinhas dentro da mamãe. - disse ele com ternura.
A menina não disse nada ficou parada olhando para eles em uma mistura de emoções contraindo os lábios, meio que contendo choro, Karol ao vê-la tão perdida a disse docemente:
- Seu irmãozinho ja esta aqui filha...
- Então você ta gravida mami? - perguntou Lorenza querendo entender.
- Sim baguncerinha você esta sendo oficialmente promovida a irmã mais velha. - disse Rugge animado.
- Eu vou ter um irmão?? - questiona Lorenza.
- Ou irmã, ainda não sabemos, mas vai sim... - se inclina para trás e ergue a blusa - Olha aqui. - responde Karol.
Lorenza tenta se conter mais ela contorce o rosto e seus olhos ficam cheios de lágrimas.
- Vem aqui pertinho... - a puxa Karol.
Lagrimas descém pelo rosto da menina, que olha os pais com muito carinho ainda que chorando.
- Não era isso que você queria Lolo? - perguntou Rugge.
- Queria muito... - respondeu ela os abraçando.
Minutinhos depois ela os soltou os olhando chorando e sorrindo, Karol lhe tocou o nariz com o indicador e Rugge segurava uma de suas mãos.
- Ele ainda é pequenininho, não da pra sentir ele mexendo como você sentia a Anto na tia Montse, mas você pode ouvir o coraçãozinho dele batendo. - explicou Karol.
- Eu posso - soluça - ouvir? - perguntou ela.
- Claro que pode! - confirmou Karol.
Lorenza se abaixou, meio receosa se aproximou da barriga de sua mãe, encostou o ouvido o aguçando, até ouvir o coração batendo, abraçou a mãe no quadril, ainda segurando a mão de seu pai, aquele som ela conhecia ha muito tempo, mais lagrimas involuntárias escorreram por seus rosto, ela fechou os olhos e falando em tom quase inaudível disse:
- Oi San!
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Boomerang - 2 temporada
FanfictionAlguns anos se passaram, Lorenza cresceu, Karol e Rugge seguindo suas carreiras enquanto cuidam da educação e da filha. Muitas surpresas o destino vai trazer e embora eles vão por seus compromissos sempre voltam um para o outro!