- Mamiii!! - veio chamando Lorenza os interrompendo.
Eles se soltam de imediato e Karol acolhe a filha em seu colo que esconde o rosto e começa a chorar, Rugge pergunta:
- O que foi princesa??
Karol balança a cabeça em negação e balbucia:
- Pesadelo.
Ele somente se aproxima e faz carinho nas costas de Lolo para que ela sentisse total amparo. Mais tarde quando ela se acalmou e acabou pegando no sono outra vez, eles foram pro quarto e acabaram dormindo os 3 na cama com a filha ao centro abraçada por eles para se sentir segura.
Pela manhã por volta das 10:00, Karol semi desperta, com os olhos entreabertos percebe que esta sozinha na cama, se vira de barriga para cima, coça os olhos, espreguiça, se senta bocejando, levanta, vai até o banheiro meio cambaleando, faz sua necessidade, escova os dentes e vai em busca de sua familia, ela quase esqueceu que estava na casa de seus sogros na italia. De cara encontra Lorenza no corredor, que logo diz a abraçando:
- Bom dia Mami! Estou ajudando a nona com o café da manhã!
- Bom dia pequena! - boceja - Que bom! E onde esta o papai? - perguntou Karol.
- Esta na sala jogando videogame com o tio Léo. Deixamos você e a Tia Montse dormindo para descansarem. - respondeu Lorenza.
- E onde você esta indo? - seguiu Karol.
- Pegar o avental da nona que ficou no quarto junto com as roupas passadas. - respondeu Lorenza se soltando da mãe.
- Ta bom, agora me da um beijo. - disse Karol se abaixando e a puxando.
Lorenza deu um beijo e um abraço bem apertado em sua mãe se soltou e seguiu rumo ao quarto de sua avó.
Karol seguiu em direção a sala, chegando lá viu Rugge sentado no assento com chaise e Leo do outro lado do sofá jogando, como Lorenza havia dito. Ela os observou sem ser notada por alguns minutos, até Rugge perder e passar a vez pro irmão, o que deu a deixa pra ela se aproximar, fazer Rugge soltar do controle, passar as pernas as cruzando nas costas dele, se sentando de frente em seu colo o abraçando deixando a cabeça pousada em seu ombro, ele retribui lhe abraçando segurando o controle as costas dela, lhe dando um beijinho no pescoço e voltando a se concentrar no jogo, mas sem deixar de aproveitar o carinho dela.
Ainda aguardando sua vez no jogo a sente suspirar, ele faz movimentos circulares com as pontas dos dedos de uma das mãos nas costas dela, que se aproxima do ouvido dele e sussurra:
- Senti sua falta...
Vendo que seu irmão estava indo bem no jogo, ele solta o controle e a abraça mais firme, ela aconchega o rosto entre o pescoço e o ombro dele, ele lhe da outro beijinho dessa vez na bochecha e responde baixinho:
- Vamos conversar mais tarde...
Léo acabou perdendo, quando foi passar a vez para Rugge, notou que ele estava um pouco ocupado, Rugge olhou para ele e o indicou gestualmente para seguir jogando, porém Léo acabou desligando o jogo e a TV e os deixou sozinhos na sala, assim Rugge pode dizer:
- Hei tenho uma proposta pra te fazer.
Ela se desencostou do ombro dele para ve-lo e acenar para que ele proponesse o que queria.
- Bom, pensei em deixarmos a Lolo aqui com meus pais uns dias e nós dois depois da reunião fizéssemos uma viagem mesmo que curta... - começou ele.
Ela com a voz um pouco rouca lhe disse o surpreendendo:
- Não sei se gosto da ideia de ficar longe, mas sei que seus pais vão cuidar bem dela, porque realmente precisamos de um tempo pra nós dois.
- Então você concorda? - perguntou ele.
- Sim, estou de acordo. - respondeu - Pra onde você esta pensando em ir? - retornou ela.
- Estou vendo alguns itinerários, mas praia com certeza... Como? É surpresa. - respondeu ele risonho.
- Só me avise, pra eu saber o que levar. - pediu ela.
- Pouca coisa amor, pouca coisa, o essencial é você. - disse ele
Ela fez bico pra ele, que não resistiu e a beijou suavemente.
- Me digam quando pararem, porque preciso avisar que o café ta na mesa. - disse Lorenza protegendo os olhos com as mãos.
Rugge interrompeu o beijo e disse:
- Ja vamos baguncerinha!
- Posso tirar as mãos dos olhos? - perguntou Lorenza.
- Ainda não - respondeu Karol rapidamente voltando a beijar Rugge.
- Eu vou pra sala de jantar, porque eu não tô vendo mas tô ouvindo. - disse Lorenza virando e indo em direção a outra sala.
Eles se soltaram e riram, trocaram mais alguns selinhos, Karol se desentrelaçou dele e se levantou o puxando pela mão sentido sala de jantar.
Ao chegarem e puxarem as cadeiras para se sentarem Lorenza soltou:
- Até que enfim pensei que iriam ficar la para sempre.
- Para sempre é muito tempo filha. - disse Rugge se sentando e rindo.
- Por isso acho que vocês precisam ter um tempo só pra vocês. - disse Bruno comendo uma torrada.
- Bom Papa, nós conversamos e é oficial, Lolo vai ficar e nós vamos tirar uns dias de férias. - contou Rugge.
- Finalmente! - disseram em unamidade os adultos a mesa.
- Okay... - reagiu lentamente Karol.
- Ah pelo amor de Deus prima 5 anos sem férias, vocês precisam! - brandou Montse.
Karol contrai os lábios e olha pra baixo, busca Lorenza que estava sentada do outro lado e Rugge com o olhar e pergunta:
- Filha não tem problema de você ficar uns dias com os seus nonnos?
Lorenza responde objetivamente:
- Não mami, e até eu entendi que vocês precisam dessas férias, e vai ser divertido ficar um pouco aqui.
- Vamos fazer muito passeios... - começou Antonella.
- Quem sabe não vamos a Disney em Paris. - interrompeu Bruno.
- Ahhhhhh eu quero nonno!!!! - exclamou muito animada Lorenza.
Rugge vira para Karol e a diz condescendente e baixinho:
- Viu, vai ficar tudo bem, e vamos poder falar com ela por vídeo chamada.
Karol acena com a cabeça em acordo.
Terminado de tomarem o café, recolheram a louça para ser lavada e separaram tudo que sobrou da ceia para preparar um almoço mais leve, Karol havia começado a secar a louça, quando Rugge a puxou pela cintura e disse a seus pais:
- Vou roubar ela um pouquinho.
- Pode roubar eu deixo. - disse Antonella rindo.
- Onde você vai me levar Baloo? - questionou Karol enquanto ele a conduzia.
- Primeiro adoro que você me chame de Baloo e fazia uns dias que você não fazia isso, segundo, tranquila, só quero conversar rapidinho. - respondeu ele a levando pro escritório de seus pais.
- Conversar sei... - disse ela desconfiada.
- Conversar sim ué! - brandou ele abrindo a porta do escritório e entrando com ela.
Após entrarem ele trancou a porta, o que a fez perguntar:
- Porque trancou a porta?
- Porque não quero que nos atrapalhem. - respondeu ele indo em direção a ela.
Ela ergueu a sobrancelha pra ele.
- Não seja tão maliciosa. - disse ele.
- Eu maliciosa? Pois aha!
- Eu só quero te fazer uma pergunta. - seguiu ele a segurando pela cintura.
- Claro, então me faça a pergunta. - disse ela modulando a voz debochadamente.
Ele segurou o rosto dela com uma das mãos a olhando fixamente, por mais que ela tentasse era impossível suportar aquele olhar, era quase como se ele entrasse dentro dela com os olhos, efetivamente intenso e intimidador. Ele passou o dedão sobre os lábios dela e antes que ela pudesse dizer algo ele a beijou exploratóriamente mas não menos delicado, depois de quase um minuto ele soltou seus lábios dos dela e lhe perguntou com amorosidade:
- Está pronta pra amanhã?
- O que tem amanhã? - brincou - Nah mentira eu sei o que é amanhã. - respondeu ela.
- Que engraçadinha hein! - exclamou ele.
Ela riu e ele seguiu:
- Sabe porque eu deixo você ser engraçadinha?
- Sei, porque eu sou linda - respondeu ela seguida de um selinho.
Os dois riram um do outro, mas ele disse:
- Bom, foi bom, roubou minha fala, okay? Okay. Sério Kah, eu deixo porque são 8 anos que a única certeza que tenho é do quanto te amo, e eu te amo demais, tem dias que as coisas não saem muito bem, mas é pra gente aprender a valorizar quando da tudo certo...- começou a dizer ele.
Ela coloca o indicador na boca dele o fazendo parar de falar e volta a beija-lo.
- Humm - solta - deixa eu perguntar! - pediu ele.
- Pergunta. - disse ela com rosto colado no dele.
- Se eu te pedisse em casamento de novo, você aceitaria? - perguntou ele objetivamente.
- Deixa eu pensar... - olha pra cima analisando - é... Sim... aceitaria.
Eles se sorriem com os lábios fechados e com ternura e ela continua:
- Você sabe que é tudo pra mim...
- Sabe que não sou nada sem você... - retrucou ele fazendo carinho no rosto dela.
Ela fecha os olhos para sentir o toque, os abre e pede:
- Só por favor nada de casamento surpresa.
- Nah... Só quando completarmos 10 anos. - disse ele caçoando.
- Aí não invente! - brandou ela.
- Se eu planejar algo te incluo, depois te aviso que é surpresa. - brincou ele rindo.
- Aí que insuportável que você é. - disse ela revirando os olhos.
- Opa minha deixa - disse ele a grudando contra si e a beijando novamente.
Trocam beijos por um tempo, até Karol o interromper:
- Melhor não nos empolgarmos. Mas me conta o que você está planejando para as nossas férias tão desejadas pela família? - perguntou ela no intuito de distrai-lo para não irem além dos beijos na casa dos sogros.
- Ah isso é surpresa, mas você vai gostar, o que eu posso te dizer é que vamos com um veículo diferente e só. - respondeu ele.
- Você sabe que eu sou curiosa, não brinque! - alertou ela.
- Quer que eu te mostre uma das coisas que vai ter na viagem? - perguntou ele com um teor de sedução.
- Não, deixa pra quando estivermos lá. - contornou ela rápido.
- Como se esquiva ... - disse ele.
- Prometo que nas ferias você vai ter tuuuuudoooo isso - desliza as mãos pelo corpo - mas hoje não, - bate com o indicador no nariz dele - tem seus pais, minha prima, seu irmão e nossa filha, não abuse. - esclareceu ela.
Ele faz que vai morder o dedo dela, mas ela segura as bochechas dele com um das mãos lhe da um selinho, vai em direção a porta a destrancando e saindo.
Ele olha pra cima e diz:
- Deus se eu ficar louco você ja sabe bem porque.
Ele segue atrás dela, que quando o percebe acelera o passo, para provoca-lo, antes que ela pudesse chegar a porta da cozinha ele a alcança e lhe deflagra um tapinha no bumbum, ela vira pra ele mordiscando o lábio inferior em meio a um sorriso com olhar tentador o que o fez dizer baixinho:
- Você é terrível sabia!
- É por isso que você me ama - diz ela em mesmo tom se aproximando lhe dando mais um selinho e saindo correndo para dentro da cozinha.
Rugge vai pra sala, entra balançando a cabeça o que faz Montse lhe perguntar:
- Que houve Rugge?
- Sua prima vai me deixar louco um dia. - respondeu ele.
- Achei que ela ja tinha conseguido. - zombou Montse.
Léo que estava ao lado de Montse riu, Rugge seguiu:
- Ri, pode rir, tua sorte é que Montse é mais tranquila.
- Hahaha tranquila, sabe de nada mano. - riu Léo levando um tapa de Montse no braço.
- Shiu vai ganhar hematomas aí se liga! - disse Rugge rindo.
Ele se sentou ao lado de Lorenza que estava dormindo encostada em Montse, e perguntou:
- Faz tempo que ela está dormindo?
- Uns 20 minutos. - respondeu Montse.
Rugge a pega com cuidado, ela entreabre os olhos e ao ver quem era se aninha no colo dele, que fica lhe dando tapinhas nas costas.
- Minha baguncerinha. - diz ele baixinho lhe dando beijinhos na cabeça.
O dia passa tranquilo, com jogos e boas refeições, Lorenza aproveitando cada segundo que pode com seus pais e mesmo sem pesadelo, fez de tudo para dormir entre eles.
Na manhã seguinte, Rugge e Karol acordam Lorenza a enchendo de beijinhos, ela os ajuda a reorganizar as malas, eles se trocam, vão tomar café e passam as últimas horas bajulando a filha até o alarme soar os avisando que estava na hora de ir ao aeroporto. Bruno chama um táxi que chega brevemente, eles se despedem de Bruno, Antonella, Montse e Leo e por fim de Lorenza:
- Por favor filha respeita os nonnos e seus tios, se comporte e aproveite esse tempo com eles. - disse Rugge a abraçando forte junto com Karol
- Te amamos muito pequena! - disse Karol tentando conter a emoção.
- Aproveitem a viagem e se cuidem, eu amo vocês muito! - disse Lorenza.
Eles a soltaram, lhe deram beijinhos, foram entrar no carro, Karol foi primeiro seguida de Rugge que fechou a porta e abriu o vidro, antes que pudessem dizer o último tchau, Lorenza correu até a janela entregado um envelope:
- Papai eu quase esqueci, você pode enviar quando chegar a Buenos Aires pra mim? - perguntou Lorenza.
- O que é isso? - perguntou Karol.
- É minha carta pra cegonha mami, você envia papai? - retornou ela.
- Envio sim princesa, tranquila. Te amamos! - afirmou Rugge.
- Eu mais, vou sentir saudades, mas quero que vocês aproveitem muito! - desejou Lorenza
- Até breve nossa baguncerinha! - se despediram Karol e Rugge.
- Até papais mais lindos do mundo mundial! - disse Lorenza antes que o carro partisse.
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Boomerang - 2 temporada
ФанфикAlguns anos se passaram, Lorenza cresceu, Karol e Rugge seguindo suas carreiras enquanto cuidam da educação e da filha. Muitas surpresas o destino vai trazer e embora eles vão por seus compromissos sempre voltam um para o outro!