Coisas feias

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Amélia e Karol não tinham consolo, Carla tentava fazê-las beberem água com açúcar para se acalmarem, mas sequer conseguiam segurar os copos. Karol sentia uma dor tão forte, mais ainda sim custava a acreditar.
Na teve nenhuma novidade sobre o acidente com o avião era dada, o que as deixava mais apreenssivas. O telefone tocava, mas ninguém tinha cabeça para atende-lo, Amélia chegou a desligar o aparelho da tomada bruscamente para não ter que ouvi -lo mais.
Em uma van a caminho do centro, Alvarenga brandava, apreensivo e preocupado:
- Porque ninguém atende a porcaria do telefone!!
- Eu não acredito, elas devem estar desesperadas... - consternado dizia Rugge.
- Não tem um caminho alternativo mais rápido Carlos?? - questionava Alvarenga notoriamente alterado.
Rugge com os olhos fechados batia a cabeça no encosto do banco, pensando como se quisesse enviar uma mensagem por telepatia a Karol " Eu bem amor, eu bem, eu vou chegar".
Na empresa, Karol se levanta do chão, se aproxima da janela olhando o parque próximo ao prédio, coloca uma das mãos sobre o peito perto do pescoço e soluçando ela diz:
- Eu o sinto ... eu sei que ele está vivo... eu sei... - baixinho - Volta pra mim...
De volta a van, Carlos conseguiu achar uma rota alternativa, em menos de 10 minutos eles chegariam na empresa.
- E então Rugge?? - pressionava Alvarenga.
- Nada, ela não atende, cai na caixa postal, perfeito dia para deixar acabar a bateria Ka!! - respondeu Rugge preocupado e nervoso.
- Mais 5 minutos e estamos la. - informou Carlos.
Em exatos 5 minutos eles chegaram, estacionaram na garagem direto, enquanto o pessoal tirava os equipamentos e as malas da van, Rugge e Alvarenga correram até o elevador, a subida até o último andar parecia eterna, Rugge contava em voz alta cada andar, Alvarenga implorava pro equipamento ir mais rápido. Finalmente chegando no último andar, quase nem esperaram o elevador parar direito, se atravessaram a porta na fresta que começava a abrir, saíram correndo em direção a sala de Karol.
- AMOR! - gritou Rugge indo em direção a ela.
Karol correu pulando o abraçando e cruzando as pernas na altura da cintura dele aos prantos. Ele a segurou firme lhe dizendo:
- Eu tô aqui, está tudo bem... está tudo bem amor... Eu não estava naquele avião.... shhh .... tá tudo bem...
- Achei que tinha ... - soluço - ...te perdido... - disse ela o abraçando mais forte garantindo que era ele mesmo de carne de osso.
Rugge caminhou com ela até a mesa, a pousando sobre o móvel, a soltou, segurou o rosto dela com as duas mãos, enquanto a olhava fixamente nos olhos, enxugava as lágrimas dela com os polegares e a explicava pausada e claramente:
- Teve um overbooking naquele avião, tivemos que trocar de companhia, viemos em outro avião menor, pensei em fazer uma surpresa pra você chegando antes, mas quando chegamos no Ezeiza soubemos do acidente, tentamos ligar pra cá, mas ninguém atendeu, eu liguei no seu celular mas só dava caixa postal, então viemos o mais rápido possível... ah Ka ... Eu sabia que você estaria assim... - encosta a testa na dela - ... Eu estou aqui ... Eu... Eu te amo... muito...
Ele a beija por alguns minutos, lenta e suavemente, depois volta a abraca-la. Alvarenga que estava cuidando de Amélia chama a atenção de Rugge e os diz:
- Diante do que aconteceu creio que devemos voltar ao trabalho somente na segunda.
- Tudo bem Karol, voltarmos só na segunda? - perguntou Amélia notoriamente mais calma.
Karol concordou com a cabeça se abraçando a Rugge novamente.
- Rugge, vão buscar a Lolo e vão pra casa. - induziu Alvarenga.
- Tá... - olhou para Karol - Cadê sua bolsa? - concordou e perguntou Rugge.
- Na cadeira... - respondeu Karol rouca.
Ele deu a volta na mesa pegando a bolsa, retornou, fez carinho no rosto de sua esposa mais uma vez e lhe disse a puxando pela cintura:
- Vamos pra casa ...
- Fechamos tudo aqui não se preocupem. - disse Carla proativamente.
Karol e Rugge desceram até a garagem abraçados, ao chegarem no carro Rugge abre a porta do passageiro para ela que se senta, ele fecha a porta e vai para o lado do motorista, ele liga o carro, mas antes de sair a olha uma vez mais, ainda vendo um pouco do susto em seus olhos, ele se aproxima e deflagra alguns selinhos, seguidos de beijinhos de esquimó, sempre a tocando com as mãos no rosto ou nos braços, para que ela tivesse certeza de que era ele mesmo e que ela não estava sonhando. Dali partiram rumo ao distrito e a Escola de Lorenza para buscá-la, todo o trajeto entre as trocas de marcha, Rugge segurava a mão de Karol, ou segurava a perna dela, enquanto ela não conseguia tirar os olhos dele.
Na escola primária de Navarro, o sinal de saída já havia tocado e os alunos estavam a espera de seus pais no salão comunal, Lorenza escutou alguns pais comentando sobre o acidente de avião e ficou muito preocupada, foi se juntar com sua professora comentando com ela sobre o assunto, nesse momento um menino de serie superior passou por ela lhe batendo no ombro e a desiquilibrando lhe dizendo:
- Tomara que o idiota do seu pai tenha morrido mesmo babaquinha!!
A professora brandou com o menino, mas ele deu de ombros e seguiu seu rumo, ela olhou para Lorenza que estava a ponto de chorar e lhe disse:
- Não de importância ao que ele disse, eu vou ligar pra sua mãe, fique tranquila.
E assim a professora fez, ligou para Karol que prontamente atendeu, a professora explicou que Lorenza estava preocupada, mas Karol não deixou a ela terminar de falar e lhe disse que estava tudo bem e estaria chegando em poucos minutos. Assim que Karol desligou o telefone Rugge a perguntou entrelaçando a mão na dela:
- Quem era amor?
- A professora da Lolo, alguns pais comentaram sobre o acidente, nossa filha escutou e ficou bem preocupada. - respondeu contanto Karol.
- Já vamos chegar e ela vai ver que está tudo bem. - disse Rugge levando a mão entrelaçada a boca a dando um beijinho.
Minutos mais tarde estacionam na escola, ambos descem do carro ao mesmo tempo, de mãos dadas vão até o salão e assim que Lorenza os vê corre abraçar o pai que se agaicha a segurando forte.
- Pensei que tivesse no avião!! - disse Lorenza.
- Não filha, papai veio em outro avião, eu disse que nos veríamos na quarta, você sabe que eu sempre vou cumprir minhas promessas princesa. - disse Rugge.
Lorenza se solta do abraço para olhar pro pai, depois nota sua mãe um pouco pálida e com o rosto inchado e pergunta;
- Mami você está bem??
- Ela ficou preocupada como você comigo, mas já está melhor. - se interpôs Rugge.
- Hunf... vamos pra casa pá! - pediu Lorenza.
- Vamos bagunceirinha, vamos sim! - exclamou concordando Rugge.
Em casa, com os ânimos mais tranquilos, pediram comida por delivery, comeram na sala de TV os 3 juntos, assistindo filmes como se fosse sábado. Com o passar do tempo Lorenza foi ficando com sono, Rugge resolveu levá-la para cama e faze-la dormir, enquanto isso Karol foi tomar um banho para colocar os pensamentos no lugar, assim que saiu do banho e colocou o pijama encontrou Rugge entrando no closet para pegar uma toalha e também se banhar, ao ve-la lhe disse finalizando com um selinho:
- Vai se acomodar na cama que eu já chego.
- Ela dormiu? - perguntou Karol antes que ele entrasse no banheiro.
- Dormiu - respondeu ele indo pro banho.
Karol arrumou os travesseiros e a colcha, se sentou na cama, recordando tudo que havia passado durante o dia, querendo apenas esquecer do susto e na sensação que tudo havia lhe causado.
Minutos mais tarde Rugge entra do quarto fechando a porta de correr da suíte, contornou a cama olhando para Karol que seguia fixamente, se deitou se cobrindo e estendo o braço a chamou baixinho:
- Vem cá...
Ela se aconchega ao lado dele o abraçando, deixando a cabeça sobre seu peito levemente inclinada para olha-lo. Trocaram conversas pelo olhar, antes que ela pudesse dizer algo ele disse:
- Estou aqui, e mesmo que estivesse naquele avião, faria tudo para sobreviver, pra poder voltar pra você... sempre. Mas não estava, estou aqui, inteiro... você vai ter que me suportar por muito anos ainda!
Ela lhe deu um sorriso singelo, ele se inclinou a beijando suavemente, depois deixou o queixo apoiado na testa dela, que o segurava firme, tendo certeza de que era ele, que não era um sonho e que estava tudo bem, de tanto repetir isso freneticamente, ela acabou se convencendo, mas também pegando no sono.
Os três passaram os quatro dias seguintes muito bem, esquecendo o acontecido um pouquinho cada dia, liberando espaço para as novas memorias, desses dias de sol e calor, de piscina, idas na praça para andar de patinete ou patins, sorvetes, e passeios para aproveitarem bem o tempo em familia.
Na segunda feira pela manhã, o relógio despertou as 6:30 como o habitual, Rugge se levantou, cumpriu sua higiene, foi para o quarto de Lorenza para chama- la, depois desceu para preparar o café da manhã. Karol relutou um pouco para sair da cama, segundas nunca foram muito convidativas, mas se levantou, escovou os dentes, trocou de roupa, fez uma maquiagem básica e rápida, arrumou a cama, abriu as venezianas e saiu para ver se Lorenza já estava pronta, porém chegando no quarto da filha se surpreendeu vendo que ela não havia se trocado e muito menos ido ao banheiro.
- Filha você está bem? - perguntou Karol preocupada.
- Estou... - respondeu Lorenza novamente introvertida.
- Então porque não está pronta? - retornou Karol.
- Eu posso tomar café antes? - perguntou Lorenza.
Karol ficou pensativa mas respondeu;
- Pode, claro.
Lorenza se levantou, segurou na mão da mãe e juntas desceram rumo a cozinha, onde Rugge já servia o que havia preparado, quando ele viu a filha perguntou:
- Ué já desceram? Porque não está pronta filha?
- Ela quis tomar café primeiro. - respondeu Karol dando sinal com o olhar para que ele não fizesse mais perguntas.
- Bom vamos tomar café então, tem pãozinho, frutas, cereal, leite e suco.
Rugge e Karol seguiram conversando durante o café, mas Lorenza seguia silenciosa, se alimentou muito pouco, ficou encostada na cadeira retraída e com o olhar baixo apenas ouvindo seus pais falarem.
Ao olhar a hora no relógio sobre a pia, Rugge disse:
- Bom está passando da hora de uma mocinha ir se arrumar pra ir pra escola.
Lorenza levou as mãos no rosto o cobrindo, Karol inteirou:
- Seu pai tem razão pequena você vai se atrasar e já não foi 2 dias pra aula.
- Eu não vou - chorando - Eu não quero ir! - exclamou.
- Filha você ainda está mexida com a coisa do acidente? - questionou Rugge se levantando e se aproximando dela.
Lorenza fez que não com a cabeça, mas seguiu chorando, quando Karol voltou a insistir que subissem pra se arrumar, Lorenza saiu correndo pro jardim chorando e repetindo que não iria.
- Lolo!!! - chamava Rugge.
- Onde ela foi Baloo??
- Não sei saiu correndo, vou ver na edícula. - respondeu ele.
Os dois atravessaram o jardim a chamando, mas ela não contestava, na edícula Rugge procurou em todos os cantos, encontrou Karol ao lado da churrasqueira.
- Não achei ela ... - começou Rugge, mas Karol lhe apontou com o olhar Lorenza abaixo da churraqueira encolhida.
Os dois se aproximaram, se sentaram no chão a frente de Lolo que seguia chorando baixinho, Karol coloca a mão sobre o joelho dela para chamar a atenção, assim que ela olha para eles, Rugge pergunta calmo e em tom suave:
- O que está acontecendo filha?
- Eu - soluço - ... não quero ir... - soluço - ...não quero ouvir... - começou Lorenza.
Karol lembrou das atitudes de Lolo desde quando Rugge saiu de viagem, imediatamente ela entendeu do que se tratava e antes que Rugge formulasse outra pergunta ela a fez:
- O que falaram pra você meu amor?
- Coisas... - soluço - coisas feias... e eu... não fiz nada Má ... nada eu juro... - respondeu Lorenza chorando.
- Só disse coisas feias? - retornou Karol.
- Me... me... puxou o cabelo... me empurrou.... me chamou de nome feio - contou em meio ao choro Lorenza.
- Quem fez isso filha? - perguntou Rugge com calma mas contendo sua reação.
- Um... um... menino mais... velho....- respondeu Lorenza.
- E o que eram essas coisas feias?? - seguiu Rugge.
- Sobre...sobre vocês....- respondeu Lorenza aos prantos.
Karol e Rugge se olharam, Karol retornou:
- Quer nos contar o que era?
- Coisas feias... Muito... feias... na quarta - soluço - antes ...de vocês irem me buscar ... ele... ele ... ele disse "tomara que seu pai tenha... morrido" - respondeu Lorenza levando aos mãos novamente ao rosto.
Karol puxou Lorenza pelos pés, a trazendo pro seu colo e a abraçando forte, Rugge se juntou a elas no abraço, quando percebeu que ela estava começando a se acalmar lhe perguntou:
- Você falou com a sua professora ou alguém da escola sobre isso??
Lorenza confirmou com a cabeça e disse entre soluços:
- Minha profe... chamou... A atenção dele - engole - mas ele não deu bola Pá...
Rugge se levantou, Lorenza se aninhou no colo de Karol, que olhou pra ele o perguntando:
- Onde você vai?
- Vou na escola conversar com a  Diretoura Dora, pra resolver isso. - respondeu Rugge um pouco alterado.
- Mas Baloo... - começou Karol...
- Amor eu não vou deixar minha filha passar por isso de graça, não mesmo! - disse Rugge incisivamente indo em direção a casa.
Karol ficou ali no chão em frente a churrasqueira amparando Lorenza até que ela parace de soluçar, ao ver Rugge saindo com o carro, fez carinho no rosto da filha lhe dizendo:
- Vamos voltar pra dentro de casa princesa, tomar o café da manhã direitinho, vamos?
- Sim Má - respondeu Lorenza ainda um pouco abalada.
Karol levou Lorenza em seu colo até a cozinha, a colocou sentada sobre a bancada, a olhou bem, fez carinho nos cabelos da filha, iria sugerir um pote de cereal com fruta e leite, mas ao olhar aqueles olhinhos inchados, ainda com lágrimas e como ela estava abatida, pegou um copo com tampa no armário, a fórmula em outro, fazendo um leite especial para ela.
- Aqui filha, tete do miau. - disse Karol a entregando o copo e a pegando no colo novamente.
Foram para a sala de teve, Karol se sentou com Lorenza deitada em seu colo como quando era menorzinha, ela ligou a teve baixinho em um canal de desenhos, Lorenza se aninhou e tomando seu leite trocava olhares com sua mãe, como fazia quando ainda mamava, aos poucos aqueles olhinhos foram ficando cansados, as picadas foram ficando mais lentas, até que fechou os olhos e seu corpo relaxou.
Pouco tempo depois Karol tirou o copo da mão de Lorenza adormecida, colocou sobre a mesinha, se levantou com Lolo no colo, arrumou uma das almofadas e pousou a filha no sofá a cobrindo com uma das mantas, deu um beijinho na cabeça dela e saiu rumo a cozinha pra respirar e tentar entender porque algumas pessoas têm tanto ódio no coração pra fazerem bullying gratuito.
Mais tarde Rugge retornou, entrou pela cozinha encontrando Karol sentada olhando pra fora tomando um suco.
- Cade ela amor? - perguntou ele.
- Dormindo na sala de teve, fiz um tete do miau pra ela, foi tomar ela adormeceu. Como foi la, o que a Dora disse? - respondeu e retornou Karol.
- Vai chamar a família do menino, a professora ajudou a identificar quem era, vai conversar com eles pra ver o porque dele fazer isso e vai pedir a assinatura de comprometimento em ata, para que ele não volte a se aproximar da nossa filha. - explicou ele.
- Tomara que funcione. - desejou Karol.
- Vai funcionar porque se não eu mesmo vou solicitar a saída do menino da escola. Eu não acredito que isso está acontecendo com ela... - disse Rugge inconformado.
- Passei por isso, você passou por isso, lidamos com Haters até hoje, bullying é um assunto que deveria ser melhor trabalho, mas infelizmente não é só um dever da escola, o pais devem estar comprometidos também.
- É a nossa princesa amor, ela é pequena ainda pra estar tendo que lidar com um ... valentão, é isso um valentão. - explanou Rugge.
- Eu tinha a idade dela quando sofri bullying na escola Baloo. - disse ela.
- Eu sei, mas mesmo assim, eu não aceito isso acontecer sem motivo, só porque a pessoa quer, e esses pais estão fazendo o que da vida? Porque certamente não é a primeira vez que esse menino faz isso! - exclamou Rugge.
- Baloo, nem todos os pais são como nós, que cuidamos sempre pra que ela tenha empatia, que trate sempre as pessoas com gentileza e não julgue os outros. Muitos pais não planejaram a criança, e até mesmo não queriam filhos, outros tem por status, eles não querem o compromisso de ensinar e cuidar delegam isso a terceiros o que é péssimo, e assim surgem essas crianças que acabam estravasando seus problemas em outras. - explicou Karol.
- Nós não a planejamos e mesmo assim cumprimos nosso papel de pais. - contrapôs Rugge.
- Nós a amamos desde o princípio mesmo tendo sido pegos de supresa, essa é a diferença. - disse Karol.
- Não que não soubéssemos que isso podia acontecer não é? - disse ele rindo.
- Sim, mas como lidamos com a situação faz toda a diferença, e temos feito isso desde então, assumimos a responsabilidade de entregar ao mundo um ser humano melhor, do que muitos vem fazendo por aí. - explanou  Karol.
- Porque concordamos que não basta ter um mundo melhor, precisamos de pessoas melhores. Eu só espero que isso não afete a Lolo lhe causando um trauma. - disse Rugge.
- Não vamos deixar isso acontecer, hoje não vai ser bom tocarmos no assunto novamente, mas amanhã temos que conversar com ela, mostrar que passamos por isso até hoje e como lidamos com a situação. -  concluiu Karol.
Rugge se aproximou dela a segurando pela cintura, lhe disse encostando o nariz no dela:
- Eu adoro essa parte inteligente em você, eu já disse isso?
- Uhum... - respondeu ela se aproximando dos lábios dele.
Quando ele foi beija-la, ela o afastou e exclamou:
- Baloo, temos que ir pra empresa!
- Hei hei, relaxa eu já avisei o Alva, vou fazer um almoço, depois vamos pra lá com a Lolo. - explicou - agora vem aqui - disse ele a beijando.






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