Em casa

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O horário de visitas tinha chego ao fim, Antonella e Lorenza se despediram, ainda que a emoção pairasse no ar, que a vontade da menina fosse ficar ali com seus pais e seu irmão, pois havia ficado longe bem dizer uma semana. Contudo Ruggero consolou sua filha, lhe explicando em tão logo eles iriam para casa e ficariam juntos.
Karol que havia pego Santigo do colo da filha, o colocou no berço e abraçou Lorenza firme transmitindo tudo o que queria dizer.
Na manhã de sábado o bebê acordou próximo das 5 da manhã, Karol foi por ele o alimentando, enquanto amamentava, observou Rugge dormindo profundamente no sofá que não o comportava, ficava com os pé sobre o braço do móvel que tinha um tom de verde bem peculiar, nem menta, nem limão, um meio termo, mas em tom pastel, confería um certo destaque a Rugge.
Santiago parecia mamar com mais afinco, como se estivesse mais adaptado, conseguia dosar melhor a saída do leite o que promovia certa segurança a Karol, pois evitaria um possível engasgo.
Assim que o bebê terminou de mamar, Karol o fez arrotar, ele parecia bem alerta, a observava com admiração completamente focado, ainda que seus olhos não estão focassem efetivamente. Ao trocar olhares com o filho Karol percebeu que Rugge tinha razão os olhos do menino eram claros como os dela, ainda que em tom mais azulado, o que certamente mudaria gradativamente com o tempo.
Em meio ao momento ímpar de comunicação entre mãe e filho, o pai despertou e virou de lado no sofá os percebendo.
- Ele acordou? - perguntou Ruggero com a voz rouca e suave.
- Já sim papai, acordou, mamou, arrotou e agora estamos jogando observação. - respondeu Karol risonha e modulando sutilmente a voz.
Rugge se senta e coçando os olhos retorna:
- Como assim jogando observação?
- Estamos nos olhando...- começa a responder Karol.
- Com licença, bom dia! - entrou Marta falando baixinho.
- Bom dia! -  retribuiram Karol e Ruggero em mesmo tom.
- Não queria atrapalhar, mas preciso levar esse mocinho para examinar. - informou Marta.
- Ah... ele tava começando a dormir e está tão fofo... quentinho... - protestou Karol.
- Eu levo e o trago o mais rápido que puder. - tranquilizou Marta recebendo Santiago dos braços de Karol.
- Espero que dê tudo certo... - exteriorizou Karol.
- Vai estar não é? - disse Marta olhando para bebê e o colocando no carrinho.
Marta piscou para Ruggero e saiu porta a fora com o bebê.
Sem Santiago, Karol se sentou ao lado de Rugge que a abraçou imediatamente.
- Vai dar tudo certo amor... - A tranquilizou Ruggero.
Enquanto esperavam o retorno de seu filho, Ruggero puxou Karol para seu colo e a ficou afagando, a levando a cochilar, afinal ela estava no seu local seguro, ademais do cansaço e de tantos dias de hospital. Ruggero e Karol tinham saudades de casa, da rotina, da filha e torciam sempre pelo melhor, cada vez que Santiago era levado para ser examinado.
Uma hora mais tarde a porta do quarto se abriu, Karol seguia dormindo, mas Ruggero estava alerta, segundos depois Marta chegou com o carrinho com Santiago de volta.
Marta viu Rugge a seguindo com o olhar questionador, ela travou o carrinho, fez um carinho em Santiago que estava adormecido, olhou para Ruggero novamente e indo até ele disse baixinho:
- Tenho novidades!
Ruggero fez sinal com a acabeça para que ela proceguisse.
- Bom, Santiago passou 200 gramas além do que era ideial, por isso já assinei a alta dele e de Karol... está na hora de irem pra casa, estão liberados para irem. - deu a notícia Marta.
Ruggero se levantou foi até  a doutora e a abraçou lhe agradecendo por tudo, em uma alegria contida para não acordar Karol e nem o bebê.
- Vou arrumar as coisas, pra quando ela acordar só trocar de roupa para irmos... -suspira- nem acredito... - disse Ruggero baixinho.
- Antes de item quero me despedir de Karol, mesmo que vamos nos ver a semana que vem. - retornou Marta.
- Pode deixar! Procuramos você para nos despedirmos - a abraça de novo - muito obrigado mesmo Marta. - agradeceu Ruggero.
- Eu é que agradeço e fico feliz por poder participar de mais esse momento com vocês! - concluiu Marta saindo do quarto em seguida.
Contendo a euforia, Ruggero começou a organizar e a guardar as coisas, deixou a roupa de Karol separada, passou a ajustar o bebê conforto para transportar Santiago o mais confortável possível.
Um pouco mais tarde Santiago acordou resmungando, mãozinhas fechadas, uma certa agitação, era fome, foi o segundo de Ruggero deixar a mala na porta e chegar no carrinho para o bebê disparar o choro. Karol acordou em um salto, desceu da cama e Ruggero que já havia pego o menino entrou a mãe que se sentou no sofá para alimentá-lo. Ruggero se sentou ao lado dela, assim que Santiago pegou ritmo na mamada, Karol olhou para Ruggero, que não conseguia esconder a felicidade que estava sentindo, seus olhos brilhavam cintilantes. Karol o questionou com o olhar, tentando entender o que estava acontecendo, o sorriu ainda sem entender, até perceber que estava tudo arrumado e o perguntar:
- Porque arrumou todas as coisas?
- Porque você - a faz carinho no nariz - e esse mocinho, ganharam alta e podemos ir pra casa. - falou logo Ruggero sem se conter.
- O que?? - questionou Karol incrédula.
- Sim amor, ele não só chegou no peso ideal para irmos pra casa, como ultrapassou 200 gramas, seus exames tambem estão ótimos, então finalmente podemos ir pra casa. - contou Ruggero.
Karol o sorriu, aquele sorriso que sempre mexe com ele, sem resistir ele apenas a beijou suavemente, seguido de alguns selinhos. O alívio era notório nos dois, era como se tivessem removido um saco de 50 quilos de cimento dos ombros.
Com Santiago satisfeito, Ruggero o pegou do colo de Karol, o fazendo arrotar, enquanto ela foi trocar de roupa e se arrumar para finalmente ir para casa.
Após Santiago arrotar, Ruggero o colocou com muito cuidado no bebê conforto, o prendeu com os cintos, acomodou a cabeça do bebê entre as almofadinhas e disse:
- Amor tudo pronto aqui!
- Estou pronta também! - disse Karol saindo do banheiro.
Ruggero a olhou de cima em baixo e disse rindo:
- Não vou perguntar se você vai de pantufa mesmo, porque eu ja sei que vai.
- Sim!! - faz gesto com as mãos o chamando pra perro - vem aqui! - concordou e chamou ela.
Ele se aproximou, ela levou as mãos em volta do pescoço dele e o beijou, se soltaram, sorriram, e ele a perguntou:
- Vamos?
- Sim por favor!! Eu preciso da minha casa, do meu sofá, da minha cama e da nossa comida! - retornou Karol.
- Só de saber que hoje eu vou dormir na minha cama... - exteriorizou Rugge, pegando as bolsas e colocando as alças no ombro e pegando o e bebê conforto.
Ao abrirem a porta para sairem, encontraram Marta.
- Já estão indo! - disse Marta.
- Já sim sim! - confirmou e abraçou - obrigado por tudo Marta, mas uma vez, pela paciência também! - agradeceu Karol.
- Como eu disse ao seu esposo mais cedo, eu que agradeço! E nos vemos semana que vem, quero ver quanto peso esse mocinho vai ganhar! - retribuiu Marta.
- Vai ganhar pelo menos mais 300 gramas!! - exclamou Ruggero.
- Não duvido! - concordou - Se cuidem e descansem, foi uma semana bem puxada! - concordou e orientou Marta.
- Pode deixar! - disseram juntos Karol e Ruggero.
Dali saíram agradecendo as enfermeiras, as moças da recepção por tudo, chegaram no carro, Karol sentou atrás ajudando Ruggero a prender o bebê conforto firmemente com o cinto de segurança, ele fez carinho em Santiago, deu uma piscadela para Karol, colocou as malas no bagageiro, entrou do carro, deu aquela suspirada de alívio e partiu rumo ao lar.
No trajeto para casa, já na rodovia sentido Navarro, Ruggero olhava eventualmente pelo espelho retrovisor o rosto de Karol, que estava bem pensativa, sem exitar ele perguntou:
- O que esta pensando?
- Nada... estou constatando... - respondeu Karol.
- O que? - retornou ele.
- Que fazemos filhos bonitos... - respondeu Karol radiante.
Ruggero apenas riu, porque sabía que ela tinha total razão, mas tinha certeza de que a beleza vinha de Karol.
Em Navarro, Antonella estava fazendo biscoitos com Lorenza na cozinha, ambas estavam se divertindo. Todos os dias além de cuidar dos afazeres da casa Antonella utilizava a criatividade para entreter e alegrar Lorenza, para que ela não ficasse apenas pensando na ausência dos pais e no irmãozinho e de que como ela queria que todos estivessem ali.
- Posso colocar essa forma no forno mia bambina? - perguntou Antonella.
- Si Nona!! - respondeu Lorenza.
Ao fundo enquanto Antonella abria o forno, se escutou o motor do portão funcionar, Lorenza parou o que estava fazendo e aguçou os ouvidos, ao ter plena certeza de que era o portão que estava abrindo, correu até a porta da cozinha a abrindo e indo para a garagem.
- O que foi Lolo?? - questionou Antonella
Mas antes que Lorenza pudesse responder a frente do carro se Ruggero apareceu.
- Eles vieram pra casa Nona!!!! - exclamou a menina saltitando.
Ruggero estacionou o carro, e assim que saiu foi agarrado por Lorenza, ele retribuiu o abraço fortemente, pois sentia falta da menina, talvez tanto quanto ela.
- Mamãe e o San... - começou a perguntar Lorenza.
- Estão aqui, você me ajuda a pegar as coisas? - interrompeu Ruggero.
- Sim!! - exclamou a menina.
- Figlio! - exclamou Antonella surpresa.
- Ciao Mamma!! - retribuiu Ruggero abrindo o porta malas e dando uma das malas para Lorenza.
- Me de a outra mala filho. - pediu Antonella se aproximando.
Depois de delegar as malas, Ruggero contornou o carro, abriu a porta e ajudou Karol a sair do carro, não que ela precisasse de ajuda, mas por ser protetor. Ao Karol sair do carro, ela o abraçou, ele lhe deu um beijinho na testa e juntos foram pegar Santiago. Ruggero soltou o bebê conforto, e ao tirar o equipamento do carro, Santiago acordou e passou a chorar, imediatamente Karol o soltou e o pegou no colo, o bebê se acalmou imediatamente.
Ao entrar na casa com Rugge logo atrás, Karol disse com certa modulação na voz:
- Chegamos em casa meu pequenininho, seja bem vindo!
- Eu ainda não estou acreditando que chegaram... porque não me avisaram eu teria feito um café  pra vocês! - disse Antonella.
- Na verdade ficamos sabendo hoje de manhã Mamma, que esse mocinho chegou no peso e até passou dele pra receber alta. - contou Ruggero abraçado a Karol.
Lorenza os observava com fascinação e até uma certa incrédulidade, pois finalmente seus pais estavam em casa, sua mãe estava bem e seu irmãozinho também e agora ela pode realizar o sonho de ajudar a cuidar dele, além da sensação de tudo estar no seu lugar, com a familia toda reunida.
- Bom agora vocês podem voltar a rotina... - continuou conversando Antonella.
- Não sei Nella, acho que vamos ter que criar uma rotina nova, porque esse mocinho aquí vai continuar mamando quando quiser. - disse Karol.
- Eu não sei como pedir, mas eu queria segurar ele um pouquinho... - exteriorizou Antonella.
- Claro Nella! - Exclamou Karol entregando Santiago a avó.
- Ele é tão pequeno... ah que gostoso esse cheirinho de bebê... - expressou Antonella segurando seu neto pela primeira vez.
Lorenza correu para abraçar sua mãe aproveitando que seu irmão estava com a avó, o que ela não esperava era seu pai a colocar sentada na península e ele e Karol a abraçarem.
- Que saudade minha pequena, você se comportou, obedeceu sua Nona? - perguntou Karol.
- A Nona foi incrivel todos esses dias e a Tia Amélia também, todo mundo cuidou se mim, mas eu só queria vocês! - respondeu Lorenza abraçada aos pais.
- Aí que soninho... - constatou Antonella vendo Santiago bocejando e piscando bastante.
- Baloo acho que vamos usar o carrinho aqui em baixo, como fazíamos com a Lolo... - pensou alto Karol ainda abraçada a Lorenza.
- Eu vou pegar e montar ele com o Moisés. - disse ele a dando um beijinho na tempora e indo ao depósito.
- O que foi mio principe?? - perguntou Antonella percebendo Santiago incomodado.
Foi ela perguntar pro bebê começar a chorar. Karol soltou de Lorenza e foi por ele, instantaneamente aí entrar em contato com Karol ele parou de chorar.
- Humm alguém é grude da mamãe! - exclamou Antonella.
- Ah ele é... - confirmou Karol olhando para o filho e sorrindo.
- Quem tava chorando? - perguntou Ruggero com a voz fofa, trazendo o carrinho.
- Ele queria a mamãe pá! - disse Lorenza.
- hunf... um grude com essa mãe... Vou buscar umas coisas lá em cima pra colocar no carrinho pra ficar mais fofinho pra ele, quer me ajudar bagunceirinha? - exteriorizou e perguntou Ruggero.
- Tava com saudade de ouvir você me chamando de Bagunceirinha... quero ajudar sim! - respondeu Lorenza.
- Vem... - estendeu a mão Ruggero.
Os dois subiram para pegar as coisas pro carrinho enquanto Karol com Santiago e Antonella foram para a sala de tv se sentarem.
- Ah meu sofá, até que enfim... - se sentou Karol.
- Como você está se sentindo Karol? - perguntou Antonella.
- Estou bem, apesar do susto, foi muito tranquilo, vou me recuperando... - respondeu ela.
- Eu quis dizer no quesito ser mãe de novo.... - seguiu Antonella.
- Ah... bom... - olha para o filho quase dormindo - eu tive muito medo... mas agora, não sei se consigo imaginar uma vida sem meus dois bebês... - explicou Karol.
- Ah vieram pra cá! - exclamou Lorenza.
- Pronto agora o carrinho tá pronto pra ele ficar bem confortável. - disse Ruggero trazendo o utilitário.
- Dormiu? - perguntou Antonella percebendo.
- Uhum... acho que ele sabe que está e casa e que agora está tudo bem... - respondeu Karol.
- Tá relutando né? - perguntou Ruggero.
- Um pouquinho... - respondeu Karol.
- Porque? - perguntou Lorenza.
- Porque ele é muito fofo, e é muito bom estar com ele no colo, aí a gente quer ficar com ele no colo o máximo que puder. - respondeu Ruggero.
Mas Karol precisava descansar, então mesmo que fosse uma doçura ficar com seu bebê, era precisava se deitar e finalmente descansar de verdade em casa, logo ela levantou e o colocou no carrinho, Ruggero a ajudou ajustar o bebê e depois colocou a meia cobertura do moises do carrinho. Ambos se sentaram no sofá lado a lado, com Ruggero sem modo proteção com a esposa bem ativado, enquanto Lorenza seguiu admirando seu irmãozinho dormindo.

 Ambos se sentaram no sofá lado a lado, com Ruggero sem modo proteção com a esposa bem ativado, enquanto Lorenza seguiu admirando seu irmãozinho dormindo

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