- Esse é o problema... Eu não sei se eu quero... - disse Karol pensativa.
Rugge a olhou, respirou fundo e quando foi falar ela o interrompeu:
- Pelo menos agora não... Eu não sei... acho que eu fui pega de surpresa e não estou sabendo lidar muito bem com a informação, - faz cafuné nele - mas vai passar...
- Tudo bem, eu vou sempre respeitar sua decisão quanto a isso amor, sempre! - faz carinho no rosto dela - ... Mas agora vem cá - disse se deitando e a puxando próximo a ele.
Ela se deitou apoiando a cabeça no braço que ele havia deixado estendido, deixando uma das mãos sobre o peito dele, ficaram se olhando até um pegar no sono depois o outro.
Na manhã seguinte, por volta das 6:00, Lorenza acorda de sobressalto em seu quarto, olha ao seu redor para se situar, se levanta e vai até o quarto dos seus pais, abre a porta com cuidado para não fazer muito barulho, entra, pé ante pé chega ao lado de Karol e a chama baixinho a balançando:
- Mamá... mami...
Karol se vira para ve-la, meio sonolenta a responde:
- Oi pequena, o que foi?
- Pode ficar comigo um pouquinho? - retornou Lorenza.
Karol olha pro lado vê que Rugge está dormindo profundamente, então se levanta e acompanha Lorenza até seu quarto, que foi puxando a mãe pela mão, Karol se sentou na caminha, e trouxe Lolo pro seu colo e a perguntou:
- Quer que eu feche as cortinas do dossel?
- Sim Má! - respondeu Lorenza.
Karol fechou as cortinas de voil rosa claro da cama, elas davam uma sensação boa de segurança, porém, Lorenza se agarrou a ela com força, Karol lhe retribuiu, mas ao sentir Lorenza um pouco melindrosa, a perguntou:
- Você teve o pesadelo de novo não foi?
Lolo confirmou com a cabeça, Karol quase insistiu a ela pra que lhe contasse o pesadelo, mas achou melhor acarinhar a filha e lhe dizer:
- Está tudo bem, estou aqui com você, nada de mal vai passar.
Lorenza virou o rosto para ver a mãe nos olhos, que logo lhe deu um beijinho na testa enquanto a fazia carinho nas costas. Ao trocar olhares com a filha a memória de Karol a transportou para quando Lolo era apenas um bebê, e sempre a olhava fixamente dessa mesma forma, assim como com Rugge, elas conversavam com o olhar. Ao passar do tempo ainda perdida em seus devaneios Karol acabou por deitar ainda abraçada a filha e em poucos minutos voltou a adormecer.
Mais tarde Rugge acorda em seu quarto, percebe a ausência de Karol, se levanta vai até o banheiro a procura dela, aproveita para fazer sua higiene matinal e segue a procura-la indo para o corredor. Ele encontra o quarto de Lorenza com a porta aberta e ao olhar para a pequena cama montessoriana com dossel, resolve entrar, se senta no chão ao lado da cama, abre uma das cortinas e observa seus bens mais preciosos adormecidas com semblantes serenos, ele encosta a cabeça no braço de Karol e fecha os olhos, em poucos minutos sente um cafuné, seus olhos encontram os dela:
- Oi... - disse ele baixinho.
- Oi ... - retornou Karol em mesmo tom.
- Você estava com saudade dela ou ela te chamou? - seguiu ele.
- Os dois - respondeu ela sorrindo com os lábios fechados e olhar terno.
- Humm ...- começou ele.
- Ela teve o pesadelo outra vez. - o interrompeu ela.
- De novo! Preciso dar um jeito dela me contar o pesadelo... - disse ele.
- Eu não aguento ver ela perturbada com isso ... - notou o olhar dele um pouco diferente - Que foi? - perguntou ela.
- Estou com saudade - respondeu ele dando um beijinho no braço dela em que estava apoiado.
Karol colocou Lorenza mais perto da parede, deslizou abrindo espaço a suas costas e o disse:
- Deita aqui.
Ele se arrumou atrás dela, deixando os joelhos dobrados para caber melhor, fechou a cortina novamente e abraçou as duas dando beijinhos no pescoço de Karol, que entrelaçou uma das mãos a dele.
Perto das 11:00 da manhã, preocupada Antonella ao ver que ninguém havia decido, foi chamar-los. Subiu as escadas diretamente ao quarto do filho, mas estava vaziu, mesmo assim ela entrou arrumou a cama e abriu as cortinas e por seguinte as venezianas, saiu do quarto e os encontrou juntos no quarto de Lorenza, os 3 estavam acordados ainda que deitados na caminha, conversavam entre si um idioma meio sem pé nem cabeça, Antonella se aproximou e lhes disse:
- Bom dia dorminhocos! Vão pular o café e irem direto pro almoço?
- Bom dia! - disseram juntos.
- Vamos tomar café e almoçar ao mesmo tempo Nonita! - disse Lorenza rindo, se levantando e indo abraçar a avó.
Rugge se levantou, deu a mão a Karol para ajudá-la também a se levantar, assim que que ficou em pé, Karol se abraçou a Rugge pelas costas caminhando até Antoneĺla.
- Buongiorno Mamma! - disse Rugge dando um beijo na bochecha da mãe.
- Buongiorno bella soucera! - disse Karol em seguida.
- Acham que vão me conquistar com tanto amor, depois de me fazerem esperar pro café e me deixarem preocupada? ... Vão! Mas os 3 descendo rapidinho pra tomar café e pensando no que querem de almoço! - brandou Antonella docemente.
- Si signora! - exclamaram indo para o corredor.
Depois do café, do almoço que foi uma bela polenta com direito a cantoria, Rugge foi para a sala acústica seguir com a música nova que estava compondo, Karol ajudava Lorenza a ensaiar para a peça de fim de ano da escola enquanto Antonella terminava de arrumar a cozinha.
Mais a noite Karol com auxílio de Lorenza fez um risoto, prato que ela era especialista, todos saborearam até a última porção da panela, por fim Rugge e sua mãe acabaram cuidando da louça, Karol subiu para banhar a filha, repassar mais uma vez a peça, até Lorenza pegar no sono, Karol a cobriu a deixando confortável e aquecida, lhe deu um beijinho, se levantou, fechou as cortinas do dossel, ligou o abajur, apagou a luz e deixou a porta levemente aberta. Já no seu quarto, ela tomou um banho, colocou o pijama, escovou os dentes, se sentou na cobrindo as pernas, colocou os óculos e pegou o notebook para ver mais alguns detalhes sobre um patrocinador, para adiantar para o dia seguinte. Estava tão concentrada que não percebeu Rugge entrar no quarto, tomar banho e se vestir, só o notou quando ele puxou as cobertas e se sentou na cama.
- Chega com isso moça! - disse ele fazendo menção de fechar o notebook.
- Já estou terminando, espera... - começou ela.
- 3...2... - interrompeu ele fazendo contagem regressiva.
- Tá... Tá... Já está desligando. - se apressou ela dando o comando para desligar.
- O que combinamos? - perguntou ele.
- Sem trabalho na cama! - disse ela modelando a voz e colocando o notebook no criado mudo.
- Aham! Não com essa voz, mas isso! - exclamou ele rindo e se deitando.
- É que estou muito ansiosa pra reunião de amanhã - começou ela também se deitando de frente pra ele.
- Eu sei, mas também não gostamos de brigar e já fizemos muito isso por conta de querermos trabalhar na cama, a última vez você ficou até as 3 da manhã aí porque se deixou levar, no dia seguinte estava com o sono atrasado e a Itizitery dominou todo o dia. Não me leva a mal amor, eu ate gosto da sua irmã mas eu prefiro você. - explanou ele.
- Tem razão... - disse ela chegando mais perto.
Ele levantou a sobrancelha pra ela e perguntou sentindo a testa dela com uma das mãos:
- Você disse que eu tenho
razão, você tá com febre ou o que?
- As vezes você tem razão só isso... - respondeu ela lhe dado um selinho e sendo retribuida.
Ele a fez cafuné enquanto conversavam com olhar, ele lhe deu um beijinho na testa e por fim adormeceram.
A segunda feira começou frenética como sempre, Rugge e Karol se arrumando, depois arrumando Lorenza, descendo pra tomar café, enquanto Antonella preparava a lancheira da neta. Karol comeu super rápido, organizou as pastas que precisava levar, enquanto Rugge pegava as partituras pra levar pra produtora. Todos prontos, se despediram de Antonella e saíram, deixaram Lorenza na escola lhe desejando um bom dia e um bom ensaio geral da peça, depois pegaram a estrada sentido ao centro da cidade autónoma de Buenos Aires, rumo a produtora.
Ao estacionar o carro na garagem da empresa, Rugge destrava as portas e Karol sai voando, deixando uma pasta pra trás. Ele pega suas partituras e a pasta, fecha o carro e tenta alcança-la, mas ela já havia pego um dos elevadores, ele então chamou o outro, que logo chegou, enquanto subia ria sozinho, pensando que ainda que Karol tivesse amadurecido muito nesses últimos anos, algumas coisas nunca mudavam. Chegando no último andar, atravessa o pequeno saguão, abre a porta de vidro, cumprimenta Amélia que acabou virando braço direito de Karol, e diz:
- Karol está agitada hoje, deixou uma pasta no carro.
- Ela tem reunião com um patrocinador novo no primeiro horário deve ser por isso. - esclareceu Amélia.
- Ela já está em reunião? - seguiu ele.
- Não, ainda não, começa em 10 min. - respondeu Amélia.
- Bom vou deixar com ela e desejar sorte, já que saiu correndo do carro - disse ele rindo a caminho da porta da sala de Karol.
Ele bate na porta e a abre, mas antes que pudesse dizer algo, Karol foi dizendo:
- Não estou conseguindo ligar o projetor, me diz que eles não estão subindo!
- Não estão amor, e você precisa ligar o projetor na tomada. - disse Rugge ligando o plug a tomada.
- hunf - bufou ela vendo a projeção na tela branca.
- Esqueceu uma pasta no carro, já que saiu correndo... - disse ele colocando a pasta em cima da mesa e rindo.
- Não ria, estou nervosa! - exclamou ela.
- Nota-se, porque tão pouco se despediu de mim ou algo parecido. - indagou ele.
- Desculpe pensei que já estariam aqui... - começou ela.
- Se você tivesse me falado teria te ajudado a não ficar tão nervosa. - interrompeu ele.
- Eu sei, mas você estava focado na turnê eu não quis te encher com meus problemas. - explicou ela.
- A turnê desse ano terminou, e amor seus problemas são meus também, você sabe que se você não está bem eu também não estou... vem cá - a puxa e a abraça - ... Vai dar tudo certo você vai ver, sobretudo você é incrível! - disse ele zeloso.
Ele a solta a olha e diz:
- Bom como tenho certeza de que tudo já deu certo, vou ver a questão das músicas novas com o Alva e deixar você se concentrar, te vejo no almoço. - piscou e foi em direção a porta a abrindo.
- Baloo! - o chamou ela.
- Eu? - indagou ele.
Ela foi por ele o abraçando pelo pescoço e o beijando docemente, depois lhe disse:
- Obrigado!
- Hunf, te amo - selinho - tudo por você sempre! - disse ele.
- Também te amo meu urso! - retribuiu ela com ternura.
- Te vejo as 12:00 - diz ele lhe dando mais um selinho e saindo.
A reunião com os possíveis patrocinadores foi um sucesso, eles prometeram até o final do dia enviar uma resposta para firmarem a parceria, Karol estava elétrica, porém agradecida, quando olhou no relogio sobre a porta, reparou que ja eram 11:55, nesse exato momento Amelia abriu a porta e disse:
- Karol, são quase meio dia, Rugge já está te esperando lá em baixo.
- Eu estou indo! - exclamou ela pegando a bolsa e o celular rapidamente e correndo até a porta.
Ela foi até o elevador feito um raio, contava cada andar como se fosse um segundo, quando a porta abriu no térreo, ela o viu conversando com Alvarenga, de perfil com os dedos nos bolsos, " Porque tão lindo", pensava ela, enquanto corria na direção dele feito criança que tinha ganho o que queria de presente.
Quando ele a viu, a abraçou de imediato lhe perguntando:
- Deu tudo certo não foi?
- Sim, sim, sim! - o olha nos olhos - Sem sua calma talvez eu não teria conseguido! - respondeu ela vibrante.
- Nossos combinados Moglito, quando você estivesse nervosa eu seria sua calma, e quando eu estivesse nervoso você seria minha calma! - disse ele.
- Nossos combinados são as melhores coisas do mundo mundial! - exclamou ela.
- São! Mas vamos indo você me conta tudo no caminho do restaurante! - pediu ele.
- Restaurante? - questionou ela
- Sim amor, conquistas devem ser comemoradas e faz tempo que não saímos da rotina. - respondeu ele entrelaçando a mão a dela e caminhando.
Após o almoço que foi muito bom, eles retornaram a produtora, chegando lá Carlos estava com o carro pronto em frente a porta, Karol então informou a Rugge:
- Vou pra LPS agora, tenho uma reunião lá.
- Tá bom, te busco la as 17:00 então? - perguntou ele.
- Sim! - respondeu ela o abraçando.
- 17:00 em ponto amor se não nos atrasamos pra buscar nossa Moglito kids! - deixou claro ele.
- Hahaha Moglito Kids, adoro! - selinho - as 17:00 te espero! - selinho - disse ela se desvencilhando dele e entrando no carro.
- Te amo! - balbuciou ele em despedida.
Á tarde passou como trem bala, voando, Rugge ficou tão entretido com as ideias para as músicas novas e propostas de músicas que não viu o tempo passar. As 16: 40 ele se despediu de todos e correu pro estacionamento pegar o carro para buscar Karol, por sorte a LPS ficava a menos de 10 min dali, certamente chegaria a tempo.
Ele encontrou Karol na hora combinada em frente a Lucha Por tus Sueños sede Argentina, ela apenas se despediu das meninas da secretaria e entrou no carro, Rugge partiu depressa sentido a estrada para Navarro, para não se atrasaram para pegar Lorenza na escola.
Devido ao horário a estrada estava cheia, mas chegaram a tempo ainda de passar na padaria para comprar alguns croissants de chocolate e outros quitutes pro café da manhã do dia seguinte, dali seguiram diretamente para a escola primária de Navarro.
Rugge conseguiu uma vaga próxima a entrada, eles desceram do carro o fechando e entraram na escola, quando foram informar o porteiro o nome da aluna, Lorenza veio correndo em direção a eles gritando:
- Mami!!!
Karol abaixou e abriu os braços que logo foram preenchidos pelo abraço apertado de sua filha.
- Ai que abraço bom! Como foi o ensaio geral me conta? - disse Karol.
- Foi estranho no começo, mas depois deu tudo certo! - disse Lorenza se soltando do abraço.
- E eu, não ganho abraço não? - perguntou Rugge
- Simmmm pá! - respondeu Lorenza se agarrando a ele.
Rugge a levantou no colo a abraçando apertado e a questionou:
- Está pronta então pra apresentação amanhã?
- Estou sim! - exclamou Lorenza.
- Não está ansiosa? - perguntou Karol.
- Não... bom... só um pouquinho - respondeu Lorenza.
A professora que estava falando com vários pais, veio até eles e disse:
- Oi com licença, preciso informar que ela precisa estar aqui amanhã uma hora antes do início da peça, colocamos 30 minutos antes nos avisos da agenda, porém alteramos para termos uma folga no horário, espero que não tenha problema pra vocês.
- Tudo bem, não tem aula amanhã só a apresentação certo? - perguntou Karol.
- Isso, a partir de agora são só as apresentações de fim de ano, ela precisa estar aqui as 17:00 apenas. - respondeu a professora.
Karol olhou pra Rugge querendo dizer o que eles iriam fazer por conta do horário, mas ele se adiantou e disse:
- Tudo bem a minha mãe a traz, chegamos a tempo da apresentação. - olha para Lorenza - Tudo bem a nona te trazer?
- Vai ser bom, assim ela já fica na plateia, - levanta o dedo - mas vocês não podem se atrasar! - respondeu Lorenza.
- Tudo certo então, vejo vocês na apresentação, até amanhã Lolo! - disse a professora indo em direção a outros pais.
Karol, Rugge e Lorenza foram em direção ao carro, Karol arrumou a filha no banco de traz depois se sentou em seu lugar a frente, dali foram direto pra casa, onde Antonella já preparava o jantar enquanto falava com Bruno por vídeo chamada:
- Não sei Amore Mio, não conversei com eles sobre as festas de fim de ano, mas assim que conversamos eu te aviso. - dizia Antonella.
Lorenza entrou correndo com seus pais vindo logo atrás, ela abraçou a avó e vendo o avô pelo vídeo disse:
- Nonito! Que saudades!
- Também estou com saudades mi bambina e tu tio também! - retornou Bruno.
- Manda um abraço pra ele nonito! Queria ver vocês logo! - disse Lorenza.
- Io e tu nona estávamos falando sobre isso agora mesmo, então logo vamos nos ver. - esclareceu Bruno.
- Mami, vamos juntar a família toda pro Natal não é? - perguntou Lorenza a Karol que estava pegando os pratos no armário.
- Não sei ainda Lolo, preciso ver a agenda com seu pai, falar com a família.... - começou Karol arrumando os pratos na península, enquanto Rugge falava com pai pela vídeo chamada e Antonella arruma os ravioles na travessa com o molho.
- Estou com saudade da abuelita, do tio Mau, da tia Mo, sempre passamos as festas todos juntos! - interrompeu Lorenza.
- Eu sei pequena, também sinto falta deles, mas eles também tem seus compromissos, eu e o papai vamos ver tudo isso, prometo. - disse Karol condescendentemente.
Após o jantar, Karol subiu com Lorenza para tomar banho e a arrumar para dormir, Antonella terminou de arrumar a cozinha e também subiu para seu quarto descansar. Rugge ficou na sala acustica ajustando os acompanhamentos da nova canção.
Depois de ler uma historia a Lorenza, Karol cobriu bem a filha, lhe deu um beijinho, e saiu do quarto de Lorenza deixando o abajur ligado e a porta encostada como o habitual, dali foi direto para seu quarto se acomodou na cama, pegou o celular que continha uma notificação que dizia que o patrocinador havia aceitado a proposta o que a deixou muito feliz e satisfeita, depois da sensação de dever cumprido, ela se deu o luxo e navegou um pouco pelas redes sociais, se distraiu em algumas páginas, até que quando notou a hora já passava da 1:00 da manhã, colocou o celular em modo off line sobre o criado mudo, saiu da cama colocou o roupão saiu do quarto e desceu as escadas. No andar de baixo, ela apaga as luzes da sala que ainda estavam acesas e vai até a sala acústica, vê Rugge em frente ao computador com os fones de ouvido ainda trabalhando, ela entra caminhando sorrateiramente, quando chega ao lado dele puxa o fone fazendo ele olhar pra ela que diz cruzando os braços:
- Rugge já passou da 1:00 da manhã, você nem tomou banho ainda, amanhã temos um dia cheio pela frente!
- Eu tô quase acabando amor, 5 minutinhos! - disse ele voltando a colocar o fone.
Ela ergueu a sobrancelha pra ele, o dizendo com o olhar " 5 minutos e nada mais", ele concordou com a cabeça, ela resolveu ir até a cozinha tomar um copo de água, após bebe-lo, abriu a geladeira tirando duas maçãs para desgelarem para poder comer no caminho pro trabalho no dia seguinte, quando olhou no relógio sobre o armário já haviam passado pouco mais de 5 minutos, então apagou as luzes da cozinha e voltou a sala acústica, quando iria falar novamente, Rugge tirou os fones os pendurado no suporte, quando a viu ao lado disse:
- Está desligando eu já estou indo.
- Conseguiu terminar? - perguntou ela.
- Sim, vou revisar ainda, mas sim. - respondeu ele se levantando e colocando a cadeira no lugar.
Quando ela menos esperou ele já estava com ela nos braços a levando pra cima. Sem demora ele cumpriu com sua higiene, foi para o quarto, se acomodou na cama a abraçando, o que a fez se aninhar junto a ele que disse:
- Alguma notícia do patrocinador?
- Sim! Eles aprovaram a proposta! - respondeu ela animada.
- Viu eu disse que você é incrível! - falou ele lhe dando beijinhos.
Pela manhã os dois tomaram café se despediram de Antonella deixando abraços quentinhos para Lorenza que ficou dormindo ja que não tinha aula, saíram direto ao trabalho, no caminho Rugge colocou a melodia da música completa para Karol ouvir enquanto saboreava sua maçã.
- Uau, ficou muito bom, estou ansiosa para ouvir com a letra!
- Ah essa é um segredo, logo você vai ouvir! - respondeu ele sorrindo.
- Vai me deixar curiosa então senhor Pasquarelli? - questionou Karol.
- Tá eu vou te cantar só um pedacinho - respondeu ele sabendo que ela iria insistir até ele cantar pelo menos um trecho, então cantou:
" Me mostraste que los sueños pueden suceder
Que darnos una oportunidad a nosotros dos fue bueno.
Y que las cosas siempre pasan
Cuando crees..."Ela o sorriu com ternura e lhe perguntou:
- Outra música que fala de nós dois?
- Sempre! O que eu posso fazer se a minha inspiração vive comigo, e vai me pedir pra ir dormir porque sente minha falta? - retornou ele.
- Não vou negar. - respondeu ela rindo.
Em minutos chegaram a empresa, cada um foi por seus afazeres em seus respetivos andares do prédio, se encontraram no almoço, mas retornaram rapidamente aos seus compromissos. O resto do dia ficaram contando as horas para se reencontrarem e irem dali diretamente para a escola de Lorenza para assistir a peça de fim de ano.
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Boomerang - 2 temporada
FanfictionAlguns anos se passaram, Lorenza cresceu, Karol e Rugge seguindo suas carreiras enquanto cuidam da educação e da filha. Muitas surpresas o destino vai trazer e embora eles vão por seus compromissos sempre voltam um para o outro!