Na manhã seguinte fui acordado cedo por um dos carcereiros me chamando dizendo que eu estava livre. Sorri grandemente ao sair daquele lugar, prometi a mim mesmo que não mais aceitaria drogas de alguém, que não seria tão fraco novamente.
Do lado de fora da prisão Ryan e Phil me esperavam junto com minha mãe e Eric. Abaixei a cabeça envergonhado com a situação. Ao chegar ao lado deles os cumprimentei deixando minha mãe por último.
Bernadette - Peter nós temos que conversar. Seriamente! - Disse autoritária.
Bruno - Eu sei. - Falei cabisbaixo.
Ryan - Vamos, entrem no carro antes que os jornalistas cheguem.
Bruno - Jornalistas? - Perguntei estranhando.
Eric - Agora você é famoso meu irmão.
Bruno - Ual...
Bernadette - E saiu nota sobre essa encrenca inclusive.
Entramos no carro e fomos para minha casa, durante o caminho minha mãe perguntou se eu havia me alimentado direito, se haviam me tratado bem, disse a verdade, havia sido angustiante minha estadia na prisão.
Assim que cheguei a minha casa fui diretamente para o quarto, deitei do jeito que eu estava dormindo pouco tempo depois. Havia esquecido como minha cama era gostosa, estava tão relaxado que cheguei a sonhar, sonhei com a "miss-perfeição" e ela estava obviamente e irritantemente linda.
Acordei sentindo uma leve cócega em minha bochecha, abri os olhos lentamente e vi minha irmã mais nova beijando meu rosto. Me levantei e retribuí o gesto com um abraço, ao me afastar vi seu olhar entristecido, sorri fraco sabendo o motivo até que ela começou a falar.
Presley - Que ideia é essa de se drogar? Isso é coisa de gente fraca, gente burra... Você não é nada disso.
Bruno - Eu sei disso. - Abaixei a cabeça envergonhado. - Me desculpe.
Presley - Você sabe que não é a mim que deve desculpas.
Bruno - Já vou falar com a mamãe. Me conta como o pessoal lá em casa recebeu a notícia.
Presley - Foi uma loucura. O Ryan ligou lá pra casa e contou pra Tiara que contou pro resto de nós.
Bruno - E o papai? Por que ele não veio?
Presley - Ele ficou muito desapontado. Não teve coragem de vir aqui e ter que te ver na cadeia.
Bruno - É incrível como um ato impensado afeta tantas pessoas. - Uma lágrima escapuliu de meus olhos. - Não quero passar por isso de novo!
Presley - Isso só depende de você. - Beijou meu rosto. - Vou te esperar lá em baixo.
Bruno - Tá bem.
Presley saiu do quarto, quando ia fechar a porta a chamei fazendo com que ela parasse e me olhasse.
Bruno - Pres! - Ela me olhou. - Te amo!
Presley - Eu também baixinho!
Minha irmã saiu do quarto fechando a porta atrás de si, fiquei mais alguns segundos pensando em como encararia minha mãe. Decidi tomar banho enquanto me encorajava para fazer isso.
Ao chegar na sala vi todos sentados ali conversando calmamente. Eric, Ryan, mamãe, Presley e Jaime. Dei um beijo no rosto de Jaime e me sentei entre ela e Presley. Eu apenas observava todos conversarem calmamente e eu apenas observava, não tinha o q dizer e se tivesse não diria, preferi apenas ouvir tudo que foi dito.
Após algum tempo ao lado de minha família (isso incluía Ryan que era um dos meus melhores amigos), resolvi ir até o quarto. Ao chegar ao cômodo notei que fui seguido por minha mãe, que estrou e trancou a porta para poder conversar comigo. Pensei em tudo que poderia dizer a ela, mas preferi deixar que ela me dissesse o que tinha a ser dito antes.
Bernadette - Sabe que precisamos conversar?! - Assenti com a cabeça. - Ótimo. Que ideia é essa de se drogar? Onde você tava com a cabeça?
Bruno - Desculpa! - Eu não tinha nenhum argumento, só conseguia pedir desculpas a ela. - Fui um tolo!
Bernadette - Não tô te julgando, até porque isso não combina comigo. Mas queria entender o que te levou a fazer isso. Será que a educação que te dei foi falha?
Bruno - Não! Eu não poderia ter sido criado por pessoa melhor. O que aconteceu é culpa minha e não sua!
Bernadette - Então me explica! - Ela respirou profundamente. - Me diz o que te levou a fazer o que fez?
Bruno - Eu não pensei. Me deixei levar pela cituação...
Bernadette - Que situação? - Falou me interrompendo.
Bruno - Eu tava ficando com uma garota e ela tava usando. Eu vi e quis experimentar. Fui fraco.
Bernadette - Por Deus Bruno... Nunca impliquei com nada que você fez ou faz, mas isso extrapolou todos os limites.
Bruno - Eu sei. Nunca mais vou usar isso de novo.
Bernadette - Aprendeu a lição?
Bruno - Com toda certeza!
Bernadette - Então vem cá!
Fui até minha mãe que me abraçou, quis não sair dali nunca mais. Era aconchegante estar nos braços dela, por mais independente que eu fosse ali eu me sentia em paz e seguro. Após alguns segundos abraçados nos afastamos, ela me deu um beijo no rosto, retribuí o gesto delicadamente.
Bernadette - Liga pro seu pai. Ele te ligou mais cedo, está preocupado com você.
Bruno - Vou ligar.
Minha mãe saiu do quarto e eu liguei para meu pai, contei tudo que aconteceu e ele me deu um leve puxão de orelha.
Dias depois minha mãe e Presley voltaram para o Havaí. A poeira havia baixado, porém ainda devia satisfações à justiça. Estava com uma ordem de restrição, não podia viajar para outro estado sem avisar às autoridades, isso estava me deixando aborrecido, mas era uma das consequências dos meus atos e eu teria que pagar.
Estava a caminho do tribunal de Los Angeles para pedir permissão para viajar para Nova York onde tinha alguns shows e entrevistas marcadas. Após muitas explicações me permitiram viajar, com a condição de voltar em 10 dias. Viajaria na manhã seguinte, já estava tudo arrumado, esperava que essa viagem fosse produtiva.
(POV Ashley) Sandy já havia se mudado para minha casa há alguns dias, ainda estávamos arrumando as coisas dela em seu quarto. Eu não sabia, e aposto que nem ela, o quanto de coisas ela tinha acumulado.
Pela tarde eu iria buscar minha irmã no aeroporto. Deixei Sandy fazendo o almoço enquanto me arrumava. Estava tomando banho tranquilamente sem pensar em nada. Queria apenas buscar minha irmã e compensar o tempo que ficamos longe uma da outra.
Me arrumei tranquilamente no quarto, estava algumas horas adiantada. Ao me olhar no espelho sentindo algo estranho em minha aparência. Deduzi que minha tristeza estava refletindo em meu exterior. Queria me manter alegre, mas coisas estava me faltando, eu só tinha que descobrir o que era. Segundo Alex e Sandy eu havia ficado assim desde a descoberta de que eu descobri que Bruno Mars era o cara da estação de trem, eu não havia percebido isso.
Após meia hora cheguei ao aeroporto, minha irmã já me esperava na sala de desembarque, a chamei e nos abraçamos aos prantos. Sorri quebrando o abraço a beijando no rosto e seguida.
Ashley - Senti sua falta.
Lois - Também!
Ashley - Está com fome?
Lois - Muita. - Sorriu fraco.
Ashley - Deixei a Sandy fazendo o almoço pra nós. Vamos, no meio do caminho compro algo pra você.
Lois - Tá bem.
Segui com minha irmã até a frente do aeroporto onde pegamos um táxi. Devido ao horário pegamos pouco trânsito, em poucos minutos estávamos perto de minha casa. Paramos em um mercadinho, que ficava na esquina do meu quarteirão, compramos algumas coisas e seguimos para minha casa.
Ao entrar em casa vi a mesa de jantar, que ficava na sala, arrumada para quatro pessoas, estranhei até que vi Alex sair da cozinha com uma travessa de salada na mão. Eu o cumprimentei e fui até meu quarto deixar as malas de minha irmã logo em seguida.
Quando voltei à sala Lois, Alex e Sandy conversando entrosadamente. Me juntei a eles, me sentando ao lado de minha irmã que apoiou sua cabeça em meu ombro, passei meu braço por seu ombro a envolvendo em um abraço aconchegante.
Continua
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Somewhere in Brooklyn
RomanceAshley, uma bela moça de 21 anos natural de San Diego/CA e vive em Nova York onde estuda e trabalha em uma rádio. Tem dois amigos inseparáveis, Alex e Sandy que trabalham junto com ela. Ela é descrente no amor, acha que nunca encontrará alguém que a...