Capítulo 73

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Lanchamos sentados na toalha, – um de frente para o outro – Bruno havia levado sanduíches, sucos, frutas e alguns doces além de muita água. Eu me deliciava com aquilo tudo, e principalmente com as brincadeiras que fazíamos um com o outro. Eu sentia seu olha inquisidor sobre meu corpo fazendo minhas bochechas esquentavam de vergonha, ele já havia me visto sem roupa diversas vezes e eu ainda me sentia como se fosse a primeira vez a cada novo toque e olhar.

Ashley – Porque está me olhando assim? – Perguntei enchendo meu copo com suco de pêssego.

Bruno – Seu biquíni é tão pequeno! – Mordeu seu sanduíche. – Não cobre quase nada, se tivesse mais pessoas aqui eu estaria louco da vida!

Ashley – Você nunca viu os biquínis brasileiros né? – Ele negou com a cabeça. – Então você nunca viu biquínis pequenos!

Bruno – Já vi que vou ter que verificar suas roupas. – Sorri achando graça de seu comentário. – Não ri que é sério! Quero que vejam o quão bonita você é, mas não quero que vejam mais do que devem.

Ashley – Não se preocupe meu ciumento, - Beijei a ponta de seu nariz. – Sou só sua!

Terminamos de lanchar e então juntamos nossas coisas, Bruno cantava o tempo todo e me fazia cantar junto com ele. Seus gestos me faziam querer e precisar estar ali, éramos um só espiritualmente e não havia como negar – nossa conexão era sem explicações lógicas. Colocamos nossas coisas no porta-malas do carro e os trancamos, andamos por entre as plantas até chegarmos ao ponto mais alto daquele lugar. Podíamos ver a queda d'água e o arco-íris que o sol formava junto à ela, o local estava deserto o que nos dava mais privacidade do que estávamos esperando ter.

Entramos e uma piscina natural e ficamos ali admirando a paisagem e um ao outro, senti as mãos de Bruno acariciarem meu ventre de forma despreocupada e vagarosa. Suas pernas envolviam meus quadris, meus braços estavam apoiados em suas coxas, eu o via de uma forma inexplicável. Eu o amava com todo meu ser. Vimos o por do sol abraçados, a cor alaranjada no céu se fundia com o azul da água, era um espetáculo da natureza que eu estava presenciando com o meu amor.

Quando chegamos em casa estávamos exaustos, Bruno dormiu logo que entrou no quarto e dormia como um bebê. Aproveitei enquanto ele dormia para cozinhar algo especial para ele, eu sabia que Bruno gostava de comida brasileira e por isso decidi fazer salpicão, pão de queijo e cocada. Liguei o rádio baixinho e comecei a cozinhar, lembrava da minha avó enquanto eu separava os ingrediente – ela sempre cozinhava com um sorriso no rosto, era o seu grande prazer – cantarolei mexendo nas panelas, eu dançava timidamente durante o período que passei ali. Fiz o salpicão e coloquei na geladeira, pus os pães de queijo e as cocadas no forno. Enquanto eu esperava a tudo ficar pronto, liguei para casa para falar com Sandy e a colocar a par dos últimos acontecimentos.

Ashley – Ruiva! – Falei animada.

Sandy – Sua vaca, até que enfim ligou. Já ia mandar a swat te procurar!

Ashley – Para de drama e deixa eu te contar tudo que aconteceu. – Me sentei próximo a janela.

Sandy – Ok, sou toda ouvidos. Você e aquele anão se acertaram né? – Perguntou receosa.

Ashley – Nós casamos! – Soltei de uma vez só.

Sandy – O QUÊ? – Ficou muda por alguns minutos. – Se explique!

Ashley – A mãe de Bruno preparou um casamento simbólico pra nós dois. Foi tão lindo! – Suspirei apaixonada. – Fui pega de surpresa!

Sandy – E ele sabia?

Ashley – Soube um pouco antes de mim. Agora estamos em plena lua de mel! – Sorri boba.

Sandy – Vocês são melosos. – Resmungou e eu pude imaginar a careta que ela estava fazendo do outro lado da linha. – E quando você volta pra casa? Você volta pra cá né? – Falou alarmada.

Somewhere in BrooklynOnde histórias criam vida. Descubra agora