Somewhere in Brooklyn

Capítulo 101

(POV Bruno) Havíamos chegado no Brasil a pouco tempo e desde já eu estava amando aquele lugar. As fãs eram apaixonadas, o lugar bonito e o sol brilhava forte. Eu precisava conhecer aquele lugar, esperava ter tempo para isso.

Entramos no hotel pelos fundos, pois haviam várias fãs nos esperando na entrada principal. Aquilo me assustou, a aglomeração das fãs em frente ao hotel foi algo inesperado e inédito para mim. Eu estava acostumado com o assédio dos fãs, mas nada se comparava ao assédio dos fãs brasileiros, aquilo era incrível!

Lois – Ryan! – Lola correu ao encontro de seu namorado assim que nos viu.

Ok! Eu entendia que os dois estavam sentindo alta um do outro, porém a cena era muito melosa. Principalmente pro Ryan.

Lois – Oi Bruno! – Me abraçou. – Como vocês estão? A viagem foi tranquila?

Bruno – Sim. Só tô assustado com o assédio das fãs que estão lá fora. – Arregalei os olhos. – Nunca vi tanta fã junto sem ser em um show.

Ryan – Elas são animadas! – Sorriu enquanto abraçou Lola.

Lois – Um tanto exageradas.

Os outros caras da banda se aproximaram e nós entramos no hotel, conversando sobre a recepção calorosa das fãs. Assim como eu, os caras estavam impressionados com o comportamento daquelas garotas. Ao que tudo indicava, teríamos um público fantástico em nossos shows.

O quarto em que eu estava hospedado era bem espaçoso, branco, assim como o quarto da minha casa, e tinha uma varanda com vista para um parque. Me deitei na cama fiquei pensando em tudo e nada, estava cansado da viagem, e agitado com a recepção das fãs. Pensei em tudo que passei para estar onde eu estava, todos os "nãos" que recebi, as dificuldades e vi que tudo valeu a pena. Todos os sacrifícios me fizeram chegar onde eu tanto sonhei e me fez conquistar o que estava além dos sonhos. No meio desses pensamentos, lembrei o dia que vi Ash pela primeira vez – ver Lola me fez relembrar da minha garota e desejar tê-la em meus braços novamente. Eu não sabia até quando essa situação e meu sentimento continuariam assim, mas eu sabia que enlouqueceria a qualquer momento!

À noite, decidi me aventurar pela cidade quis aproveitar o momento mais calmo para conhecer a cultura da cidade, resolvi me aventurar. Phil, Eric e Ryan foram comigo, e por recomendação de Lola – e insistência dos caras – levamos Dre. Lola seria nossa guia, ela nos levaria aos lugares conhecidos da cidade.

Durante o dia, o calor tomou conta da temperatura, entretanto durante a noite o tempo havia esfriado. Achei estranho aquela mudança repentina de temperatura, porém Lola disse que isso era comum no Brasil. Passamos pela cidade, conhecemos alguns pontos turísticos e no final, Lola nos levou a uma lanchonete próximo ao MASP. Pedi uma coxinha, um "dogão" e um guaraná antártica era um lanche simples que me fazia lembrar a Ash – ela fazia esse lanche para mim, quando eu chegava de viagem. Acho que eu sofria de memória "degustativa".

Fazendo um rápido resumo do meu primeiro dia no Brasil, eu pude conhecer um pouco – bem pouco – da cidade paulista e consegui notar certas semelhanças com Nova York. São Paulo era uma cidade agitada e parecia nunca dormir, eu arriscaria dizer que aquela era a Nova York brasileira. A vida, ali, deveria ser corrida, porém as pessoas que viviam na cidade estavam sendo simpáticas comigo, e não pareciam sofrer de estresse como a maioria dos Nova yorkinos.

Na manhã seguinte, acordei animado, ansiando pela hora do show. Conhecemos o local do show e fizemos um pequeno ensaio antes da hora do almoço, o local d que nos apresentaríamos era grande com um palco bastante espaçoso. No lado de fora, havia uma fila de pessoas esperando para a hora do show, isso era inacreditável. Faltavam horas e horas para o começo do festival, e mesmo assim aquelas pessoas estavam esperando na fila. Eu nunca imaginei que isso fosse capaz de acontecer, agora entendia quando diziam "os fãs brasileiros são os mais apaixonados", de fatos eles eram.