Capítulo 18

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Ashley – Bom, esse é meu quarto.

Bruno – É diferente do que imaginei. – Admitiu.

Ashley – E como você imaginou que fosse?

Bruno – Sei lá… - Pensou um pouco. – Mais feminino. – Sorriu.

Ashley – Ah… – Sorri. – Não sou muito previsível.

Bruno – E é essa sua imprevisibilidade que me encanta. Gostei disso. – Apontou o painel de fotos da minha parede.

Ashley – Coloco as fotos especiais aqui. – Disse me aproximando dele.

Bruno – São seus pais. – Falou pegando uma das fotos.

Ashley – Sim, minha mãe Paola, meu pai Michael, minha irmã que você já conhece, eu e Taylor, meu irmão mais velho. – Apontei um a um dos rostos na foto.

Bruno – Parecem tão felizes.

Ashley – Sim, nós somos. – Sorri largamente.

Bruno – Me conta mais sobre sua família!

Ashley – Hum… – Pensei um pouco antes de começar. – Mamãe é brasileira, a típica garota de Ipanema, - Sorri. - e papai americano do Arizona, de Phoenix, eles se conheceram em uma viagem que o ele fez ao Brasil. Se apaixonaram e ficaram durante o tempo que ele permaneceu lá, quando ele voltou pra casa e os dois continuaram mantendo contato até que minha mãe descobriu que tava grávida de Taylor. Por fim ela veio morar com meu pai na casa dos meus avós e se casaram meses depois que eu irmão nasceu.

Bruno – Eles devem ser pessoas incríveis. Estão juntos há quanto tempo?

Ashley – E são. Estão juntos a vinte e oito anos. Mesma idade do Taylor. – Sorri orgulhosa.

Bruno – Nossa. – Falou surpreso. – É tão raro ver isso nos dias de hoje.

Ashley – Muito, espero algo assim futuramente. E seus pais?

Bruno – É só acreditar. Meus pais se separaram quando eu era adolescente, mas se dão bem até hoje. Acho que descobriram que eram mais amigos do que marido e mulher. – Sorri timidamente.

Sorri para Bruno que me abraçou respirando profundamente sobre meu pescoço inalando meu perfume. Continuei mostrando algumas das fotos para ele contando histórias e quem era cada uma das pessoas que estavam comigo.

As horas passaram rápidas ao lado dele, sua presença era tão agradável que me espantava, assim como a primeira ver que o vi me sentia a vontade com ele, podíamos falar de qualquer assunto que era agradável. Já passava das dez da noite quando percebemos. Antes de ele ir embora o chamei para ir a um lugar especial pra mim. Bruno se despediu de Lois e Sandy como se fossem velhos amigos.

Levei Bruno à ponte do Brooklyn, eu adorava ir ali pra pensar. Toda vez que me sentia mal, triste, e nos últimos meses depois que terminei com John, ia ali pra pensar. Eu sempre ia sozinha, era um lugar meu, não gostava de ir acompanhada até lá, era a primeira vez que levava alguém ali. Por algum motivo desconhecido quis levar Bruno comigo.

Bruno – Ponte do Brooklyn. – Disse assim que estacionamos o carro.

Ashley – Sim. Eu gosto daqui.

Bruno – A vista daqui é bonita.

Ashley – Sim. Eu gosto de vir aqui pra pensar.

Bruno – Pensar em que?

Ashley – Em tudo. Na vida, nos problemas… É um lugar de reflexão, eu comigo mesma.

Bruno – É romântico aqui.

Somewhere in BrooklynOnde histórias criam vida. Descubra agora