Capítulo 68

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Nos dia seguinte, uma quarta-feira, acordei junto como sol. Tomei banho calmamente observando os raios solares refletirem nos vidros da janela, as luzes refletidas tinham reflexos das cores do arco-íris. Saí do banho me enrolando na toalha, caminhei até o quarto esfregando meus cabelos em outra toalha na tentativa de deixa-los secos. Separei uma calça jeans skinny escura, camiseta listrada – nas cores branco e preto – com um bolso, vesti-me rapidamente. Calcei meu par de converse rosa e peguei meus óculos escuros. Ao chegar na sala, ouvi a campainha tocar alegremente e logo soube que era Tiara.

Ao chegarmos no aeroporto fomos direto para a sala de embarque, a cada minuto na sala de espera a minha ansiedade aumentava. Era como se eu soubesse o que ira acontecer, estava me preparando para algo que eu não imaginava o que poderia ser. Eu sentia necessidade de desligar a minha mente.

As dez horas de voo foram cansativas e turbulentas, fizemos uma conexão no Texas e quando finalmente chegamos em Honolulu, eu estava um caco. Estava tão cansada que não sentia meu corpo se amolecer lentamente e ao chegar na casa de Bernie, ela logo me levou à um quarto para que eu pudesse descansar. Dormir durante horas repondo minhas energias. Acordei achando que o sol fosse estar se pondo, não passava das onze da manhã – no Havaí –, mas meu relógio biológico estava programado de acordo com o fuso-horário de Nova York – seis horas a mais que onde eu estava. Fui para o banheiro me despindo e entrando no chuveiro, enquanto a água caia sobre meu corpo, pensava na última vez que estive ali tomando banho junto com Bruno – logo espantei esses pensamentos terminando meu banho. Vesti um macaquinho preto e fresco – para aguentar o calor daquele lugar – e desci as escadas em busca de alguém. Atravessei a cozinha fazendo um coque no cabelo deixando minha nuca a mostra.

Ao entrar na sala ouvi vozes alegres, pareciam estar falando sobre a festa que aconteceria na sexta-feira. Varri a sala com os olhos quando me deparei com Bruno, no mesmo instante meu coração derreteu e eu perdi o chão olhei para Tiara suplicando pro uma explicação. Sufocada, saí correndo para o quintal. Eu queria vê-lo, mas não estava preparada para isso. Olhava para o céu absorvendo sua imensidão, enquanto esperava pela aproximação de Bruno.

(POV Bruno) Estava na sala da casa da minha mãe conversando com minhas irmãs que estavam radiantes, Tiara havia conseguido levar Ashley para lá e ao saber disso me alegrei verdadeiramente. Tahiti e Presley me disseram que nossa mãe estava organizando uma surpresa para mim e Ash, mas ninguém iria me dizer o que era mesmo eu demonstrando minha curiosidade. Enquanto falávamos, freneticamente, meus olhos cruzaram os dela – da minha garota – que parecia assustada ao me ver.

Antes que eu pudesse dizer algo, Ash saiu correndo assustada, ela não esperava me encontrar ali e se surpreendeu ao me ver. Assim que ela saiu correndo, fui atrás dela, deixei minha mochila no chão e a segui pelo quintal. Observei-a por alguns minutos, ela inspirava a espirava profundamente olhando o céu. Me aproximei dela com cautela, sentia meu coração disparado – parecia que saltaria da boca –, na expectativa de que ela me perdoassem.

Bruno – Sei que você não queria me ver, me ouvir... Mas preciso te dizer tudo que se passa na minha cabeça e se depois você disser que não me quer por perto eu vou respeitar isso. – Falei sentindo meu peito queimar.

Ashley – Já estou aqui. – Suspirou e me olhou nos olhos. – Fala!

Bruno – Vem comigo!

Estiquei a mão para ela que segurou relutante, caminhamos até a praia e nos sentamos na areia. Havia poucas pessoas ali, o que nos deu privacidade para conversarmos abertamente sem que fossemos interrompidos. Ashley olhava pro nada, parecia organizar seu pensamento antes de me dizer algo e eu estava lhe dando espaço para pensar antes de lhe dizer tudo que se passava nos meus pensamentos. Ela estava linda, seu corpo ainda mais atraente, o desejo em meu peito era pulsante e atordoante. Quando nossos olhos se encontraram, em uma comunicação muda, ela me permitiu falar.

Somewhere in BrooklynOnde histórias criam vida. Descubra agora