La famiglia Lucchese - Neithan.

III

Neithan.

Passo as mãos pelo meu corpo a procura do meu celular e bufo assim que não o encontro, não é possível que esse dia só possa ficar cada vez pior.

- De meia volta, preciso voltar para pegar algo. - digo e ed assente dando meia volta na avenida, o carro volta todo o percurso e eu desço sentindo o sangue que estava no meu corpo secar.

Caminho até a empresa vendo as pessoas me olharem estranho antes de encareram o chão, continuo meu caminho até que ouço meu nome ser chamado por algum deseperado.

- Desculpe incomodar. - O homem de cabelos acinzentados grita se aproximando e eu o olho com tédio - O senhor me chamou para uma reunião, estou aqui. Podemos?

- Estou ocupado.

- Eu vejo, sinto muito. Estou aqui caso o senhor necessite de ajuda em certas coisas sobre a Famiglia. - encaro o bajulador tentando me lembrar quem ele era e o mesmo sorri convencido.

- Quem é você? - pergunto e o mesmo sorri convencido.

- Lorenzo Fontana.

- Diga-me Lorenzo, como um verme como você poderia me ajudar? - pergunto e ele me olha surpreso antes que eu dê as costas a ele.

- Estarei aqui caso o s-...

Desço as mesmas escadas e vejo Ed me acompanhar até metade do caminho antes de eu entrar na sala onde eu estava mais cedo e vejo que o corpo já não se encontrava alí, Theo já havia vindo limpar a minha bagunça, o sangue cobrindo o chão e a luz que vinha de um ponto específico dos vidros davam uma atmosfera diferente ao cômodo.

Esse pequeno caos fez com que eu me acalmasse um pouco, esse extresse excessivo está me matando.

Caminho até a mesa onde estavam as minhas facas e alguns utensílios que me acalmavam, meu celular não se encontrava alí como eu pensei para a minha má sorte.

- cazzo. - praguejo olhando ao redor e não o vejo.

Onde essa Merda foi parar?

- É loxo, não azul. - a voz de uma criança chama minha atenção e eu olho ao redor tentando saber de quem se tratava.

- Diga a ela nãna, é azul.

- É um lírio azul, ele não são exatamente uma cor só. São ambas as cores, então vocês dois estão certos. - A mulher de costas para o vidro fala com uma voz doce para as crianças.

- Então quem está certo? - O garoto pergunta confuso e a garota se levanta pulando.

- Sou eu, sou eu.

- Vocês dois estão certos. - a mulher fala rindo - Querem levar para casa? Podemos o guardar para quando nossa tia voltar.

As crianças assentem e mexem nas plantas que estavam no chão.

Me aproximo do vidro analizando melhor a mulher, um corpo muito bem desenhado apesar das roupas um tanto pouco infantis. A mesma se vira e eu foco os meus olhos nas orbes castanhas, o rosto com formato angelical e bochechas rosadas, a boca carnuda em um vermelho natural em conjunto com a pele alva e os cabelos castanho claros com algumas nuances de cores.

Ela não é exatamente o meu tipo, mas porra, ela é linda, até mais do que linda. É como se eu estivesse na presença de um anjo sem ao menos merecer, os movimentos lentos e delicados dela como se fisesse um feitiço de encantamento que me mantia paralisado a observando fazer coisas tão simplórias como respirar.

A mesma limpa os olhos avermelhados e entreabre os lábios, me mantive parado observando ela alí por alguns segundos mesmo sem saber o porquê, mas o que me chama mais a atenção é até onde a mão dela desliza de um modo natural e atraente.