XXXIV

30.4K 2.2K 360
                                    

— Me alcance o azul, por favor. — Lua fala e Vicenzo sorri a entregando o pacote.

O mesmo corre ao meu redor e eu rio fazendo carinho no cabelo dele. Antonella continuava de mãos dadas com Lua e eu olhava ao redor do grande mercado.

Aqui era muito grande, diferente dos mercados que eu costumava ir com tio Lorenzo. Ajudo lua com o carrinho e a mesma coloca um pacote de uma espécie de farinha cinza, entorto o nariz e a olho curiosa.

— Lua.

— Sim querida? — ela me responde olhando as prateleiras.

— Sei que não é da minha conta, mas... por que Neithan só deixa comprar assim? — Aponto para as comidas estranhas — Ele não come comidas normais...

Ela para e arruma a armação dos óculos nos olhos, a mesma reluta e arruma o cabelo curto.

— É complicado...

— Tem... haver com as cicatrizes? — Pergunto curiosa.

— Você as viu? — ela me olha espantada — oh meu deus — ela parece esboçar um pequeno sorriso — Neithan deixou.

— Eu as vi sem querer... mas ele ainda as esconde de mim.

Falo sem jeito e a mesma se aproxima tirando os óculos.

— É difícil para ele, piccola. — ela suspira — Não posso contar sobre as cicatrizes, é um assunto delicado o qual Neithan nunca gosta de mencionar, em hipótese alguma, mas... ele nunca me disse que eu estava proibida de falar sobre a comida. 

Ela pisca para mim e voltamos a caminhar pelo corredor.

— Bem, existe uma iniciação na máfia. Isso ocorre lá perto dos quinze anos de idade de todos os garotos, mas Carlos começou antes. — ela suspira — Ele treinou os três desde muito novos, Antony, Dylan e Neithan inciaram com pequenas coisas em seu treinamento pela pouca idade. Imagine só, sete e seis anos de idade respectivamente...

O olho assustada e olho para vicenzo, eles tinham pouco mais que a idade dele...

— Como eu disse, eles eram novos demais para treinamento pesados, então carlos iniciou apenas com rotinas pesada. Acordar antes do amanhecer, corridas extensas, sobrevivência na mata... e bem, eles nunca chegaram a comer nada que crianças normais comem, você deve imaginar. Como açúcar e essas coisas...

— Nunca? — Franzo o cenho.

— Na cabeça de Carlos, se eles não conhecessem os prazeres da vida seriam mais fáceis de manipular. E também com a falta de luxo alimentar, eles se acostumaram a viver com pouco mata a dentro. — ela faz negação com a cabeça — Obviamente ele não conhecia os próprios filhos, os três são predadores natos, não podem ser controlados.

Ela me olha e sorri.

— Bem, até agora. — Ela pisca para mim sugestiva.

— Então Neithan nunca comeu comida de verdade... e nem ao menos um doce. — Falo surpresa — Ele não sabe o que está perdendo.

— E não foi por falta de tentativa, tentei várias vezes cozinhar coisas diferentes depois que ele foi para a mansão e me levou como sua governanta e cozinheira, mas ele jogou fora. Uma refeição inteira jogada na lata de lixo. — Ela franze o cenho irritada — Quis dar duas bofetadas naquele garoto, mas infelizmente não posso.

Rio da declaração e ela me acompanha rindo.

— Chocolate! — Antonela e Vicenzo gritam e saem correndo no mesmo momento.

— Não, voltem aqui... — grito com os dois que correm ainda mais rápido e lua gargalha dos dois.

Corro até os dois e os mesmos dobram passando pelas pessoas que passavam por alí, assim que eu consegui passar pelas pessoas, tropeço no carrinho desengonçado do senhor de idade e antes que eu provoque um assidente, as mãos grandes me pegam com força fazendo minhas costas baterem no muro de músculos.

La famiglia Lucchese - Neithan.Onde histórias criam vida. Descubra agora