Ed desceu ao meu lado sobre o carro assim que passamos pela entrada escura do prédio cinza que parecia não ter vida. Ele fica afastado a alguns bons quilômetros da cidade, mas o que é mais estranho é que aqui parece tão triste.
— Tem certeza que crianças vivem aqui? — Sussuro para Ed, ele sorri arrumando o laço em meu cabelo que quase fugia pelo vento e assente que sim.
— Só precisa de algumas reformas. Talvez peçam dinheiro para você em relação a isso. — ele fala me ajudando a subir as escadas.
— Posso dizer sim? — pergunto, mas antes que ele responda um homem de cabelos grisalhos e pele morena pelo sol aparece em nossa frente.
Ele parecia ter um pouco mais de idade que Ed, e seu sorriso era algo bem agradável.
— Senhora Lucchese. — ele suspirou aliviado — Que honra à tê-la aqui!
Sorrio para o mesmo e ele faz um pequeno aceno com a cabeça.
— Posso mostrar nosso humilde prédio? As crianças estão loucas para conhecê-la. — ele fala em expectativa — A propósito, me chamo Michael e sou o diretor responsável pelo local.
— Eu adoraria! — Sorrio para o mesmo e Ed passa os olhos pelo local antes de nos seguir.
Presto atenção pelo local enquanto Michael nos conta a história do local e como eles vivem de doações e mesadas das famílias fundadoras. Passo meus olhos pelo refeitório onde havia algumas crianças e franzo o cenho assim que encontro cabelos loiros que eu já havia visto antes, presto atenção tentando ver se era mesmo quem eu pensava ser, mas Michael me chama.
— A senhora deseja beber algo? Um café? Uma água? Um suco? — Ele pergunta e eu nego agradecidamente — A essa hora as crianças fazem o café da manhã antes de irem para a aula.
Ele fala e continua andando.
— Acho que Blake, está aqui... — Sussuro para Ed.
— Quem?
— Blake, a garotinha que nos atendeu no café. — Explico e Ed olha ao redor a procurando.
— Tem certeza? — ele pergunta e eu assinto.
Michael continua falando, mas a única coisa que conseguia fazer era procurar por ela. Nunca pensei que a veria de novo, e também não consigo pensar que aqui é um lugar muito legal de se morar.
— E a noite fazemos orações, normalmente com um grupo menor de órfãos. — Ele fala parando em nossa frente — Gostaria de dizer que só à crianças boas aqui, mas à alguns que só com muita oração para seu coração se redimir.
— Só há crianças aqui? — pergunto curiosa e ele nega.
— Bom, cuidamos de todos até que completem a maior idade e infelizmente depois disso eles partem.
— E vão para onde?
Ele não me responde, apenas arruma o terno em seu corpo. Olho para Ed e o mesmo limpa a garganta antes de apontar para o corredor próximo à nós.
— Vamos explorar o local, espero que não se importe.
— Oh, claro que não. — ele sorri — Posso mostrar a abadia que fica d-...
— Vamos sozinhos, obrigado. — Ed responde por mim.
Caminhamos em direção ao corredor onde haviam muitas janelas que davam visão para o jardim lá fora, mas não haviam flores.
— Sabe,... Sei que não está fácil e... — Ed parece pensar antes de falar mas eu o paro no mesmo momento.
— Não precisa fazer isso Ed. — Sussuro negando e o mesmo mesmo me olha confuso — Antony faz isso o tempo todo, ele fica pisando em ovos comigo e Dylan nem ao menos pronuncia a palavra "capo" ou Neithan perto de mim. Não faça isso também, você não.
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La famiglia Lucchese - Neithan.
ActionLivro 1 da trilogia Famíglia Lucchese. NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES DAS MINHAS HISTÓRIAS, ELAS SÃO DE TOTAL AUTORIA MINHA E QUALQUER PLÁGIO SERÁ LEVADO A MEIOS LEGAIS. Após ser o escolhido para ser o novo capo da Famíglia Lucchese a Família mais poderosa...