XL

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Neithan

Eu não acredito que fiz isso.

Cazzo.

Onde eu estava com a cabeça quando decidi trazer Anna para uma boate da Famíglia cheia de homens babando nela, Dio, eu ainda vou enlouquecer por causa dessa mulher.

Mantenho minha atenção nela o tempo inteiro sentada com Ed no bar em frente aos sofás onde eu me encontro em reunião com o concelho, Dylan e Antony estão a cuidando também mesmo que eles não assumam isso, eu consigo ver.

- Então? Ele apenas será exonerado? - Um dos homens perguntam chamando minha atenção.

- É o que parece. - falo bebendo o Whisky de olho na pequena que sorria conversando com Ed.

- Mattheo sempre foi um bom membro, não pode ser exonerado por nada. - Travo o maxilar e me viro encontrando Fagner me olhando incrédulo.

- Ouvimos boatos que o exílio seria sobre uma suposta traição. - Ouço Lanir cochichar.

Sinto a raiva tomar conta de mim e antes que eu possar fazer o que eu queria, Antony se aproxima e estende a mão para a mulher o servir de conhaque.

- Se ele está em exílio é porque fez algo, isso é óbvio, mas também é óbvio que não é da conta de vocês. - Ele fala bebendo o líquido amarronzado.

Antony ficou sabendo sobre o ocorrido da festa, inclusive foi ele o responsável por achar homens que quisessem "usufruir" do corpo de Mattheo como uma puta. Mas ele também sabe que se o conselho souber o que aconteceu, Anna seria vista com maus olhos e colocariam a culpa sobre ela.

Outro ponto importante, é que eu nunca tive sequer um ponto fraco em minhas costas assim como todo Lucchesse, a família sempre se casou por puro poder. Sinal disso é que nunca existiu amor no casamento dos meus pais, nem entre eles e nem ao nos criar.

Se o concelho souber que me preocupo, - sim, isso é novo, mas eu me preocupo com Anna - Se eles descobrirem isso, à usarão como uma arma contra mim e contra minha família, eles sempre procuram algo para nos derrubar, mesmo que nunca consigam. Afinal, sou eu que mando nessa merda e ninguém irá passar por cima de mim.

Volto à mim assim que vejo três dos homens com o cenho franzido olhando Anna. - Droga, ela está "feliz" demais para uma futura Lucchese.

- Por que ela está aqui? - eles conversam entre si.

- Estou atrapalhando o estranho interesse na minha noiva? - Arqueio a sobrancelha para o pequeno grupo.

- Não, senhor. - eles assentem rapidamente.

- Ótimo! - assinto sem humor.

Eles voltam à depater sobre outros tópicos e eu volto a focar minha atenção em Anna. Ela continuava conversando com Ed enquanto apontava com certo interesse para o andar de baixo da boate, mas minha atenção só conseguia ser capiturada pelo belo corpo no vestido claro de seda, justo no quadril me dando a perfeita visão daquela bunda grande e redonda.

Ela se levanta e caminha até o pilar que havia no limite do andar em que estamos, dava para ver as pessoas dançando lá embaixo, o braço dela circula o pilar branco e eu sorrio vendo o corpo dela agora de um ângulo melhor. Céus, essa mulher é uma perdição.

As pernas torneadas, cabelos longos formando ondas pelas costas, a cintura que eu consigo capturar com apenas uma única mão... Céus, preciso a ter logo, preciso a tornar minha e acima de tudo, a minha senhora Lucchese.

Esse casamento precisa ser logo.

Anna

O local parecia igual à boate a qual eu fui com Louise,... foi depois daquilo que tudo pareceu ficar turbulento demais, eu não me lembro do que aconteceu naquele lugar, minha última memória era de Théo um amigo de Louise, ele era um pouco esquisito mas engraçado.

La famiglia Lucchese - Neithan.Onde histórias criam vida. Descubra agora