XLVI

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O barulho de passos agitados nos fez acordar pela manhã, e assim que descemos, Lua e os gêmeos estavam em casa tomando o seu café da manhã. Logo nos juntamos à eles e para minha surpresa, Neithan foi muito gentil com todos. Nem mesmo parecia ele.

Antonella e Vicenzo foram os encarregados particulares de como as guloseimas da festa estavam boas e do quanto eles explicaram a grande igreja central. Eu apenas sabia rir das palavras mal faladas e do modo como Lua concordava com cada palavra.

— Então, Senhor e senhora Lucchese,  agora? — A voz de Dylan surge e eu me viro para os encontrar.

Dylan se encontrava usando um de seus ternos azul marinho com camisa acompanhando a cor, o mesmo carregava uma expressão mista de frieza e risibilidade. Ao seu lado se encontrava Antony com os braços cruzados em frente ao peito os apertando em um de seus ternos cinza quase preto e camisa branca, como sempre o mesmo carregava uma expressão fria e distinta como sempre.

— Bom dia, meninos. — Os cumprimento.

— Bom dia, Sra. Lucchesse. — os dois respondem em uníssono com um sorriso e eu vejo Neithan arquear a sobrancelha. 

— O que querem à essa hora? — Neithan pergunta e os dois se sentam a mesa fazendo Neithan revirar os olhos.

— Sequestrou a sua noiva em pleno casamento, viemos ver se a coisinha estava viva. — Antony responde atirando um uva para que Dylan pegasse com a boca.

Sinto minhas bochechas corarem por lembrar do motivo de termos fugido e vejo Neithan sorrir contra a xícara de café.

— Eles aparentam estar devidamente bem. — Dylan fala jogando mais uma uva, mas desta vez na direção de Antony — Muito bem, para ser mais explícito. 

— É claro que estamos, eu estou no comando. — Neithan anuncia.

— Nem parecem que irão ter que ir à um milhão de reuniões chatas agora. — Antony fala implicando.

— Organizar festas insuportáveis. — Dylan adiciona.

— Ouvir pessoas dando pitaco em suas vidas.

— E produzirem um herdeiro.

— Já chega, acabaram por hoje? — Neithan perde a paciência e os dois sorriem para mim.

— Acho que está na hora do chazinho do vovô. — Dylan sussura para mim e eu inibo meu riso.

— Vovô? A múmia ambulante aqui é você! — Neithan fala incrédulo e o irmão ri convencido — Estou em perfeitas condições, perfeitamente bem.

— Mas é você que se casou com uma criança.

Ele indada e eu o olho incrédula, eu não sou uma criança! Antonella e Vicenzo são, mas eu não!

— Não sou uma criança, Antony!

— Não se ofenda, coisinha. Isso não foi um insulto.

— Mas você sim, Neithan, adoramos ofender você. — Dylan pisca para o irmão.

— Dio santo, é impossível aguentar vocês.

Neithan anuncia e Lua serve Café para os dois bebês mafiosos, os mesmos levam a xícara aos lábios e os bebem rapidamente. 

— Nós também vi-... — Dylan é cortado por Antony que bate o cotovelo contra o irmão, e Neithan franze o seio antes de se virar para mim.

— O que houve? — Pergunto, mas o telefone toca no mesmo instante.

Neithan leva a mão até a parte interna do paletó em busca do celular e rapidamente atende o aparelho de cor preta.

— Neithan Lucchese. — Ele fala assim que leva o aparelho ao lado do rosto.

La famiglia Lucchese - Neithan.Onde histórias criam vida. Descubra agora