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Caminho de um lado para o outro tentando me controlar com esses imbecis, estou a mais de uma hora nesse lugar e eles ainda não trouxeram uma notícia concreta. Ao passo que Dylan e Antony só sabem me interrogar sobre Anna.

- Então não sabem nada? - pergunto irritado.

- Não senhor. Sabemos que ele é filho do capo grego Jonathan Ricciardo

- Ou seja, não vale a pena. São tão pequenos quanto o mosquito que está rondando meu ouvido. - Antony da de ombros.

- Coisas pequenas devem ser cortadas desde o início, Fratello. - Anúncio - O calo pode não doer hoje, mas e se ele impossibilitar a caminhada pela manhã?

- O que um garoto vai atrapalhar você? - Antony pergunta - Ele tem o que? Dezoito, dezenove? É praticamente um recém nascido.

- Com essa idade já haviamos matado metade de Nápoles. - Dylan da de ombros e Antony revira os olhos.

- Santo dio. Esta bem, matem o garoto, façam o que quiser. - Antony se levanta arrumando a gravata de cor preta - Mas me chame para a guerra depois, porque certamente haverá.

- Certo. Próximo tópico... - Hemmer fala virando a página e todos bufam negando.

- Nem pensar, preciso de uma pausa. - Dylan se levanta também - Tem café nesse lugar Neithan, ou só whisck e puta?

Reviro os olhos para o sorriso convencido de Dylan e me levanto também dando as costas para o grupo de homens do concelho.

- Vamos para a mansão, Lua já deve ter preparado o café.

Saio da sala com os dois me seguindo e logo atravessamos o campo que havia entre o Paradise e a mansão. Agradeço internamente que os dois calaram a boca e logo lua aparece no nosso campo de visão, ainda arrumando o grande mesa.

- Bom dia, garotos. - Ela fala colocando uma grande quantidade de comida sobre a mesa.

- Bom dia, Lua. - os dois a respondem em unisson.

Olho ao redor vendo que Lua respeitou minha ordem e não a deixou sair do quarto, a mesma me olha com um olhar contra gosto e serve o café para os meus irmãos. Os dois começam a tagarelar novamente e Lua se aproxima de mim com o café.

- Taylor arrumou o sistema de câmeras novamente, senhor. - a mais velha pisca para mim e sai rápidamente em direção a cozinha.

Franzo o cenho e ignoro o assunto dos dois enquanto busco meu celular no paletó preto do meu termo. Pego o mesmo em mãos e o ligo vendo as filmagens da casa, vejo a câmera do meu quarto a qual apenas eu tenho acesso. E engulo em seco ao ver a porta entreaberta do banheiro, onde o corpo da pequena aparece de relance para o meu pesadelo, complementa nu apesar de não ser possível ver tudo nitidamente.

Sinto meu membro doer e praguejo lua por possívelmente ter feito isso de propósito.

Sigo com os olhos a toalha ser enrolada ao redor do corpo dela, e eu imploro mentalmente que ela se vire de frente, mas a mesma continua de costas. Respiro frustrado e meu corpo toma vida no momento em que a pequena sai do banheiro apenas usando a toalha.

Me levanto rapidamente deixando os dois sem entender nada e corro escada à cima. Cazzo, pensar nela nua em meu quarto faz meu subconsciente entrar em uma enorme combustão, sinto minha respiração ofegar e me desfaço da gravata que está me sufocando. Adentro o quarto com rapidez e a mesma se encolhe contra a janela, mas para a minha infelicidade um vestido de cor clara já cobria o corpo dela.

Foco meus olhos nas pernas torneadas e grossas subindo lentamente pela cintura fina que mais parecia um desenho, encontro por fim os olhos dela que estavam um pouco mais claros e a mesma parecia assustada. Me recomponho e limpo a garganta.

La famiglia Lucchese - Neithan.Onde histórias criam vida. Descubra agora