XIII

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Neithan.

Observo Anthony terminar o serviço enquanto Dylan sorri vendo o homem a nossa frente terminar de dar seus últimos suspiros. O homem cai por completo no chão assim que Dylan atira no meio da sua testa e Antony bufa para ele.

- Eu estava terminando, Cazzo. - Ele fala se afastando irritado.

- Estava com pressa, irmãozinho. - Dylan fala debochado e Antony o encara com raiva.

- Então faça sozinho da próxima vez.

- Cazzo, todos aqui sabemos que não gostaríamos de estar aqui, mas não vai mudar nada vocês se matarem. - grito com os dois.

- Tanto faz. - Dylan se afasta caminhando até o outro lado da sala.

- O dia que você se importar com alguma coisa o mundo para. - Antony o retruca.

- Diz o homem que vive sempre nas montanhas. - Dylan fala contra o rosto do loiro - Volte para sua ovelhas e vacas logo e me deixe em paz, Sparisci!

Olho os dois agindo como crianças e abomino o Figlio di puttana do meu pai por ter nos predido nessa missão como quando eramos crianças e aprontavamos. Obviamente ele ficou sabendo da briga da noite passada na boate, e para que não aja briga entre nós três ele nos mandou para fazermos o que fazemos de melhor nesse mundo. Matar.

- Tem outro vindo, senhores. - Ed anuncia sabendo que não pode ajudar.

- Não tem mais. - Antony fala jogando o cadáver no chão.

Acho que devo o irritar mais vezes.

- Certo vamos para casa. - Chama a atenção dos dois.

- O velho não vai permitir que nos deixem sair daqui. - Dylan fala olhando pelo vidro coberto de sangue.

- O velho não, mas não conheço ninguém que diga não ao capo. - fala pegando meu paletó de onde eu havia deixado.

Antony e Dylan se olham concordando e eu paro em frente de uns dos homens mortos no chão, prendo minha mão ao redo do colar de batalha e o arranco antes de sair da sala. Abrimos a porta e os seguranças do meu pai baixam a cabeça assim que eu os encaro friamente.

- Não poderia ter feito isso a umas duas horas atrás?

- Não, estava me divertindo vendo vocês brigarem como dois bebês. - Rio e logo os dois soltam uma gargalhada em unisson.

- Senhor. - O segurança do meu pai se aproxima - O Sr. Luchesse deseja falar com o senhor.

Dylan e Antony se olham e logo caminham para seus respectivos carros, caminho até o carro blindado que baixava o vidro de forma lenta. Jogo a corrente que eu carreguei em minha mão no colo dele e o mesmo me encara por ter sujado o terno dele de sangue.

- Não finja que nunca viu sangue em sua frente. - falo vendo a camisa branca dele manchada pelo sangue - Não faz tanto tempo assim desde que você teve o meu sangue em suas mãos, faz?!

Pergunto sorrindo ironicamente e o mesmo nega com a cabeça. Me afasto dele assim que o mesmo começa a falar e caminho até onde Ed conversava com um outro segurança que parecia a beira do precipício.

Me aproximo dos dois e paro assim que os dois se entre olham e Ed mantia o semblante calmo.

- Alguém além dos doze lá dentro morreu? - pergunto.

- Não, senhor.

- Então por que estão parecendo que fizeram cagada?

- A garota, senhor. - O garoto começa e eu o encaro atentamente.

La famiglia Lucchese - Neithan.Onde histórias criam vida. Descubra agora