VII

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Batuco meus dedos contra a mesa tentando pensar em uma estratégia, mas é quase impossível já que não sei nem ao menos se minha presa realmente existe.

As coisas se mantem complicadas quando não tenho as coisas no meu devido controle, e não é possível que com a aparição se uma desconhecida do nada eu perca o controle. NÃO, eu não aceito isso!

Desde muito novo tive que estabelecer limites ao meu redor para ganhar respeito, Antony e Dylan ambos são um ano mais velhos do que eu, e com isso tive que encontrar maneiras de ser respeitado. Eu não queria ser o caçula que fica com os restos, não, eu queria o poder e agora...

Agora tenho que lidar com essa possível intrusa que me corrompe de curiosidade por eu não saber quem ela é, mas eu vou a achar, nem que seja a última coisa que eu faça na minha vida.

— Ele está aqui. — Ed me tira dos meus devaneios — Ordenei que esperasse na sala de reuniões.

— Certo, já estou indo.

O mesmo fecha a porta e eu arrumo a gravata no lugar, caminho até a sala encontrando o homem sentado e o mesmo se levanta imediante ao me ver.

— Bom dia, Capo. — ele faz uma pequena saudação com a cabeça e eu continuo parado.

— Ed! — aviso e o mesmo limpa a garganta se aproximando do homem.

— Onde o senhor mora, Sr. Fontana?

— Próximo a Catedral, por quê? — O homem pergunta desconfiado.

— Sem perguntas.

— Mora a muito tempo na mesma localização? — Ed pergunta e o mesmo engole em seco.

— Sim, vivo naquela casa desde que nasci, mas não ent-...

— O senhor é casado com Branca Bianchi, correto? — ele assente e Ed continua — Quem são as crianças que moram com o senhor?

O homem paraliza e eu o observo, há algo de errado.

— São... meus sobrinhos.

— Certo, então o casal de crianças são os seus sobrinhos. — Ed me olha e eu assinto para que ele continue jogando verde — Contém mais alguém na casa? Uma babá ou a mãe deles?

— Hm... não! — semicerro os olhos vendo o nervosismo do mesmo — São dois garotos, Vicenso e Ricardo.

— Como o capo, devo o lembrar que é crime de calibre grave mentir para mim e que caso esteja cometendo grave delito eu poderei tomar medidas drásticas. — falo e o mesmo engole em seco — Não queremos medidas drásticas não é?

— Não senhor, estou falando a verdade.  As crianças são órfãs, a mãe morreu logo após o nascimento e o pai foi executado antes mesmo de saber sobre eles. 

Certo, então pode ser que ele os conheça ou não. Mas esse nervosismo, ele está mentindo sobre alguma coisa.

— Me fale mais sobre a vizinhança.

— É uma área muito humilde, senhor. O qu-...

— Gosto de saber o que eu tenho em minha posse, e tudo nessa cidade é meu.

— Bem, é um bairro comum... pouco movimento, poucas crianças, poucos jovens... a maioria familias de soldados da Famíglia.

— Só isso? — pergunto irritado.

— Bem, é o que há.

— Descreva a vizinhança em características.

— Homens de meia idade, algumas estudantes... características... deixe-me ver — ele parece pensar — O normal, loiras, altas, adolescentes, acho que é isso.

La famiglia Lucchese - Neithan.Onde histórias criam vida. Descubra agora