XXX

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Vejo o dedo de Susan ser cortado e grudado com o do homem de cabelos grisalhos, suspiro com pena dos soluços que ela emetia. Ela parecia estar com medo. Me lembro dela me ajudar a fugir, e me pego pensando se fosse eu, talvez eu estaria no mesmo estado ou até mesmo pior.

O homem a beija friamente e se afasta, ambos levantam de seus joelhos e Neithan faz uma mensura de cabeça e eu Suspiro aliviada que acabou, as pessoas na sala fazem uma pequena vaia de "viva os noivos" e eu sorrio levamente, aquilo parecia uma cena de filme.

Desfaço o sorisso assim que o casal recém casado se aproxima de nós, e Susan parece querer cozinhar Neithan vivo como uma lagosta, ao passo que o homem o qual não me recordo do nome  me fita com os olhos, ele parecia sério como Neithan, seus olhos escuros eram uma versão de frieza assim como os do capo atrás de mim.

— Senhor! — Os dois fazem uma pequena reverência e logo se mantém eretos novamente.

— Achei que iria desistir de ir e o antigo capo tivesse que dar a bênção. Seria uma pena o casamento já começar com má sorte. — O homem anuncia e baixa o olhar para mim — Hora, desculpe me minha falta de educação, sou Hector Brafta.

Ele estende a mão para pegar a minha e eu olho para baixo vendo Neithan precionar minhar própria não contra meu corpo não me deixando o cumprimentar.

— Mantenha seu pau dentro das calças, Hector, e o tire apenas para a sua mulher! — Neithan anuncia de forma fria. Parecia mais um ranger de dentes.

— Claro, não sou um Lucchese então não tenho passe livre para a traição. — Ele sugere com uma risada — sabe que é brincadeira meu amigo.

Amigo? Santo dio, isso é uma amizade?

— Está avisado, sabe que não sou homem de repetir.

— Claro que sei. — ele parece falar com magoa e Neithan me carrega para longe.

Passamos pelo salão onde todos nos olhavam, e eu me pergunto por que a atenção deles não está nos noivos. Neithan não parece ser um tipo de pessoa muito sociável já que ignora à todos os chamados do seu nome e aos cumprimentos, ele realmente se portava como superior.

— Ai estão vocês! — Dylan para na nossa frente e eu sorrio para o mesmo — Nosso pai quer a conhecer. 

— E querer não é poder.

— Olá, baixinha. — Antony surge e eu o cumprimento.

Minha convivência com os dois é bem pequena, na maioria das vezes eu apenas permaneço no lugar ouvindo os dois atazanarem a vida de Neithan. Também acho engraçado o modo como eles brigam feito crianças, suponho que seria um grande choque se as pessoas descobrissem que o trio Lucchesse é uma conjunção de bebês irritados e debochados.

— Tarde demais. Anna, sinto muito. — Antony fala pegando uma bebida e se afastando.

Um casal se aproxima e eu me encolho contra Neithan, o mesmo continua com a mão em meu ventre e bem próximo à mim.

— Olha como você é adorável, e de verdade. — Ela pega minhas mãos antes de apertar minhas bochechas — Achei que esse dia nunca chegaria.

Ouço Neithan bufar e havia um sorriso debochado no rosto de Dylan, ele parecia estar se divertindo.

— Sou Clarisse Lucchesse, a responsável por dar a vida a esse menino engrato. — ela me abraça com força e eu retribuo o mesmo ficando quase sem ar.

— Chega. — Neithan fala friamente.

— Ora, está ficando rabugente nessa idade já? — Ela sorri para Neithan mas ele não faz o mesmo.

La famiglia Lucchese - Neithan.Onde histórias criam vida. Descubra agora