Toco o peito dele e o mesmo trava o maxilar olhando em meus olhos, me aproximo um passo e coloco minha outra mão sobre ele prestando atenção em cada detalhe do rosto dele. Não consigo sentir que seja errado ou ter medo dele, é estranho, como se eu o conhecesse.
Ele meneia a cabeça para mim e eu o empurro na cadeira o fazendo sentar, o mesmo me olha parecendo irritado e bufa me olhando.
— Não posso cuidar de você se estiver de pé. — Explico — Você é muito... grande.
— De acordo. — ele fala contra gosto e eu dou as costas para ele indo até a pia.
Pego uma pequena toalha e a molho para tirar o sangue do rosto dele. Me viro para ele novamente, mas paro assim que vejo a camisa dele aberta, parecia até mesmo uma pintura cheia de ondulações e músculos muito bem detalhados. Havia um pouco de pelos no peitoral dele e logo abaixo estava um pequeno corte, franzo o cenho tentando entender como não sujou a camisa de sangue e ele me olha colocando o braço sobre a mesa como se mostrasse para mim. Apesar do lado direito parecer estar sendo escondido de propósito pela camisa.
Afasto essa idéia impossível e o mesmo me segue com os olhos enquanto não consigo tirar meus olhos do peitoral dele.
— Qual o seu nome? — Pergunto tirando o excesso de água da toalha.
— Qual o seu? — Ele pergunta e eu o olho confusa.
— Eu perguntei primeiro!
— Mas eu que sou o ferido aqui. — ele sorri de canto — Você deveria fazer tudo que eu pedir, é isso que fazemos com alguém machucado.
Entreabro os lábios sem saber o que responder. Eu nunca cuidei de ninguém além dos meus irmãos e de mim mesma, na verdade sou péssima nisso...
— Eu... não sabia... — O olho envergonhada, e volto a passar o pano sobre o rosto dele.
Limpo boa parte do sangue que alí estava e foco meus olhos nele, cada detalhe que estava coberto pelo sangue aos poucos ia aparecendo e o tornando — mesmo que pareça impossível — mais bonito. Desvio os olhos assim que ele não desvia e pego um algodão procurando por machucados, mas alí não havia nada.
— O que estava fazendo na floresta? — Pergunto.
— Caçando! — O olho surpresa e o mesmo continua prestando atenção em mim.
— Foi um animal que fez isso?
— Você devia ver como ele ficou. — ele sorri orgulhoso e pega o algodão que estava na minha mão — E o que você está fazendo aqui no meio do nada?
Engulo em seco e derrubo o vidro de remédio da minha mão sem querer, o olho nervosa e me abaixo para pegar antes que o mesmo derrame. O olho ainda abaixada e foco meus olhos no ferimento dele no peitoral.
— Preciso higienizar isso antes de colocar a atadura... — Falo nervosa só de pensar no porquê de estarmos aqui.
Se aquele homem nos encontrar eu nem sei o que ele pode fazer conosco.
— Da primeira vez que cuidei de um corte e fiz o curativo sem higienizar demorou tanto tempo para curar que... — Sorrio fraca — eu já estava m-....
— Como sabe tanto sobre isso? — ele pergunta puxando meu rosto para ele me fazendo ficar mais próximo dele, o mesmo se inclina para frente na cadeira já que ainda estou próxima ao chão.
— Não está doendo? Acho melhor você não ficar assim se n-...
— Responda, florzinha! — ele fala frio apesar do apelido e eu olho para as minhas mãos, mas ele puxa meu rosto novamente me fazendo o olhar.
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La famiglia Lucchese - Neithan.
ActionLivro 1 da trilogia Famíglia Lucchese. NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES DAS MINHAS HISTÓRIAS, ELAS SÃO DE TOTAL AUTORIA MINHA E QUALQUER PLÁGIO SERÁ LEVADO A MEIOS LEGAIS. Após ser o escolhido para ser o novo capo da Famíglia Lucchese a Família mais poderosa...