XXII

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Neithan

Sinto meu sangue ferver por cada veia em meu corpo, minha respiração ofegante e o modo como é torturante se anter parado sobre essa poltrona para não caminhar escada a cima e fazer o que eu tanto quero, toca-la, senti-la... cazzo.

Jogo o copo em minha frente contra a porta fechada e o mesmo se desfaz em milhares de partículas antes de cair no chão. Esbravejo irritado e antes que eu quebre mais alguma coisa, meu pai adentra a sala ao lado de Antony e Dylan. Os três me olham confusos e eu Esbravejo irritado me sentando.

O que pode piorar?

— Saiam daqui! — Ordeno.

— Precisamos conversar. — Meu pai anuncia e eu o olho irritado.

Dylan e Antony se sentam e me olham um pouco contra gosto e eu franzo o cenho.

— O que está acontecendo aqui?

— Escute o que ele tem a dizer. — Antony aconcelha.

— O que aconteceu é que seu tempo acabou, Neithan. — Meu pai anuncia.

— Não!

— Sim! — ele contradiz irritado.

— Escute o que ele tem a dizer, Neithan.

— Nem pensar, esse homem só quer entregar o poder da nossa família aos figlio di puttana dos russos e eu não vou permitir.

— Eu disse que você teria um mês, e isso já se passou. Então entregue o cargo, você perdeu Neithan. Aceite. — Meu pai anuncia e eu o olho irritado.

Me sento e toco com o polegar meu anel de família enquanto os olho vendo os três em pleno acordo. Sei que Dylan e Antony não querem isso, já que seria um russo no meu lugar mandando nos dois e obviamente o suposto estranho não iria os aguentar nem dois dias, mas não podem fazer nada por terem renunciado ao cargo a muito tempo.

Antony renunciou no mesmo dia em que nasceu carregando o cargo de filho bastardo, e Dylan se tornou um eterno não no momento que meu pai viu que não podemos confiar nele.

— Não vou renunciar. — Anuncio.

— O que? — Meu pai fala surpreso e os meus irmãos me apoiam com um olhar — Você enloqueceu? Caso não tenha entendido, você é obrigado a deixar o cargo já que não encontrou a primeira dama para ser apresentada a Famíglia.

— E quem disse que eu não encontrei? — falo encontrando os olhos escuros do meu pai.

— Deixe-me adivinhar, vai pegar a primeira Vagabunda que encontrar assim que eu sair pela aquela porta, esse é seu plano meu filho? — ele me olha com desdém — Acha que não o conheço? Sei cada passo seu desde que você nasceu?

— Se isso é verdade, Então suponho que o grande Sr. Lucchese sabe que estou até mesmo com uma data marcada para o meu casamento. 

— E eu devo acreditar nisso? — ele fala com desdém.

— Ora, não vejo motivos para não acreditar, meu pai.

— Vejamos, em nenhum momento vi você com ninguém no último mês. Não sei nem ao menos o nome da mulher e você não se mexeu para comunicar nada ao concelho.

— Pois aí vai um nome. Anna Bianchi — Anúncio com um pequeno sorriso.

Meus irmãos me olham surpresos e eu sorrio contra o copo de Whisck.

Eu sei muito bem o que estou fazendo, juntar o útil ao agradável sempre foi uma coisa muito fácil para mim.

O fato de eu entender o problema de Anna, ela me renega, como se fosse algo errado e contra seus princípios. Sim, ela não irá deixar que eu a toque, não sem uma explícita proposta de casamento. E a forma como meu pai veio me desafiar dentro da minha propia casa, isso tudo só me fez junto o útil ao muito e prazeroso agradável.

La famiglia Lucchese - Neithan.Onde histórias criam vida. Descubra agora