XLVII

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Anna

Eu concordei com o fato de precisar de alguém que me explique mais sobre a máfia hoje pela manhã. Neithan estava um pouco receoso sobre isso, segundo ele não era exatamente necessário, mas como eu não entendo muito sobre o que acontece nesse lugar, eu pedi para ele que aceitasse a proposta da mãe dele em enviar alguém para me ajudar.

No final das contas isso é bom, já que ele passa o dia ocupado com o trabalho e eu fico entendiada nessa grande casa. Lua é sempre muito divertida e cuidar das crianças é divertido, mas eles parecem ter suas vidas também....

- Certo, levem isso lá para cima. - A mulher de cabelos de um loiro quase branco ordena e algumas outras garotas passam por mim na escadaria - Onde está Neithan?

- O senhor Lucchesse já foi! - Lua explica não parecendo gostar muito da mulher.

Termino de descer a escada e vejo a mulher se virar para mim. Ela era alta e esguia com olhos escuros, usava um conjunto de terninho de cor marrom e o batom de cor arrocheada cobria os finos lábios dela.

- Anna. - Ela sorri calorosamente - Posso a chamar assim?

- Claro. - Sorrio e a mesma estende a mão para mim.

- Sou a Safira, serei a encarregada de à ajudar em se tornar um primeira dama. - um garota ruiva se aproxima e entrega a ela um mini caderninho antes de subir as escadas, franzo o cenho tentando entender o que tanto elas fazem lá encima - Clarisse irá se juntar à nós vez ou outra para a conhecer melhor e fazer uma ligação melhor entre... você sabe, espero que não se importe.

- Claro que não, vou adorar à receber aqui. A vi tantas poucas vezes. - Explico e ela não esboça nenhuma reação antes de fazer menção para que fossemos para o andar de cima.

Nós estramos no quarto de hóspedes ao passo que eu vi Lua trancar o quarto de Neithan curiosamente. O quarto do fim do corredor o qual eu utilizei no dia do meu casamento para me arrumar estava com alguns objetos sobre a cama e papeis, haviam roupas também sendo arrumadas pela ruiva de antes.

- Olá. - Sorrio para a moça que baixa a cabeça rapidamente, franzo o cenho tentando entender e ela continuava sem me olhar - Qual o seu nome? O meu é Anna...

- Não seja cordial com os empregados, assim eles não irão à respeitar.

- Não posso nem perguntar o nome? - Pergunto e ela nega.

- Os nomes deles não importam, o seu sim. Não se importe com eles, são apenas pequenas peças aqui e uma primeira dama não se rebaixa à minoria.

- Mas... - Tento falar mas ela ignora.

- Certo, esse poderá ser quarto para você ficar mais à vontade.

- O meu quarto é o out-...

- O capo irá querer sua privacidade depois do fim da lua de mel, isso é comum. E vai por mim - Ela se senta ao meu lado na cama - Não irá querer estar presente no mesmo quarto o qual ele usa e usará com outras mulheres.

Enfescuro o cenho sentindo uma sensação ruim sobre o meu peito e a mesma suspira assentindo.

- Outras mulheres? Neithan é casado... comigo!

- Certo, ainda não a explicaram sobre isso. - ela faz sinal para que a ruiva saia - A nossa mafia não aceita traições no geral, isso é um crime grave com punição de morte. Mas a família Lucchesse como sendo a família fundadora da Famíglia tem o direito à adultério, a existência de Antony Lucchese é uma grande prova disso. Carlos mantia duas mulheres, ainda mantém, e tem à audácia de ter dado poder à um bastardo de filho.

La famiglia Lucchese - Neithan.Onde histórias criam vida. Descubra agora