XXXI

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Caminho com Anna em meus braços em direção a mansão, assim que ultrapassamos o limite das árvores, consegui avistar Lua à alguns passos da porta com as mãos na cabeça apavorada, sinal que os seguranças novos que guardam o topo da casa haviam alertado sobre nosso "desaparecimento".

A pequena tremia em meus braços aos passo que se mantia grudada a mim, suas pernas desnudas pelo vestido que havia se partido na queda fazendo que o tecido pesado pela água agora pairava sobre as coxas dela que circulando minha cintura e suas mãos segurando com força meu pescoço. — O medo dela que eu à soltasse era palpável.

Caminho mais rápido pelo gramado para que pudéssemos tirar essa roupa gelada e fugissemos desse vento insistente da primavera. Séria horrível se além de tudo uma gripe assobrasse essa casa nessa altura do campeonato.

— Oh meu Deus, o que aconteceu com vocês? — Lua exclamou nervosa e eu continuei andando.

— Sem perguntas agora e prepare um banho!

— Apenas um? — a velha franziu o cenho.

— Rápido Lua, agora! — Ordeno e a mesma corre e no caminho puxando uma das empregadas para ajudar.

Caminho na mesma direção e Anna tilita de frio, eu conseguia sentir os lábios dela tremendo perto do meu pescoço. Apesar de estar presa à mim, meu corpo também se encontra encharcado, o que significa que produzimos juntos ainda mais frio. E temperatura de 15° gráus característica da nossa Primavera não nos ajuda muito.

Se ela fosse menos teimosa!

— Está congelando... — ela sussura em um som quase inaudível.

— Já vai passar. — Falo próximo ao ouvido dela — Lua vai te ajudar.

Passo as mãos pelas costas nuas dela e a mesma estava tão fria como um gelo e se encontrava mais do que arrepiada.

A coloco no chão assim que adentramos  o banheiro do meu quarto, o vestido longo se encontrava encharcado enquanto tocava o chão, a fenda criada pela queda me proporcionava a visão da perna torneada dela. Passo meus olhos pela mesma e subo para o rosto pálido onde o batom vermelho que cobria seus lábios carnudos ainda se encontrava intactos.

Os olhos de filhotinhos me encontram e Lua desliga a torneira da banheira terminando de preparar o banho.

— deixei uma toalha quente e um roupão alí. — Ela aponta para onde os dois estavam pindurados.

— Obrigada... — Foi a única coisa que saiu dos lábios trêmulos de Anna.

— preciso de um banho também. — Anuncio e ela pisca rapidamente — Vou até o outro quarto.

— Neithan? — Ela sussura assim que eu me viro de costas para ir embora.

— Sim?

— Eu não alcanço o botãozinho do vestido...

Me viro de volta e a mesma se encontrava de costas me olhando por cima do ombro e tentando tocar o meio das costas. Engulo em seco e caminho até a mesma, delizo meus dedos pela pele nua a sentindo arquear as costas pela aflição e toco por fim a mini peça que mantia as costas dela presa e a solto em um movimento só.  Vejo pelo espelho as mãos dela sobirem até os seios dela e manter o tecido os cobrindo.

Mantenho o tecido próximo ao quadril dela entre meus dois dedos e tento me conter. A vontade de o arrancar e o tranformar em trapos toma minha mente. Quem iria me impedir? Estamos sozinhos nesse banheiro. Lua não faria nada, aliás, ninguém faria nada, ninguém em sã consciência iria contra o desejo de um capo, ainda mais aqueles que conhecem e sabem do que eu sou capaz.

La famiglia Lucchese - Neithan.Onde histórias criam vida. Descubra agora