XXVIII

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Anna.

Neithan assim que chegamos foi para o seu escritório e se trancou lá dentro no momento que Antony chegou correndo as pressas, vi Dylan passar também carregando algumas pastas e eu franzi o cenho tentando entender. Almocei com meus irmãos em nosso quarto Assim como carinhosamente Lua sugeriu.

No restante da tarde, Antonella brincou com lua no quarto e Vicenzo se manteve grudado em mim enquanto eu organizava algumas roupas minhas que havia bagunçado, logo depois me deitei na cama e adormessi sentindo a preguiça do dia chuvoso.

Acordo sentindo Vicenzo ser levado por lua de cima da cama de Neithan e abro apenas um olho mesmo que a única luz fosse a que vinha do lado de fora. Olho para a janela ainda com sono e vejo as gotas de chuva descerem por ela, limpo meus olhos e me levanto com dificuldade. Que horas são?

Caminho para fora do quarto sentindo a sensação gelada do piso tocar meus pés e cambaleio ainda sonolenta, desço as escadas e a casa estava um pouco iluminada o que me fez tremer internamente. Vamos Anna, não está ecuro, está um pouco escuro.

Minha barriga ronca e eu vou até a cozinha procurando por algo para comer, pego uma fruta já que não havia  outra coisa pronta e torci mentalmente que a manhã chegasse logo e assim chegasse o café da manhã. Eu adoro cozinhar, é uma coisa que gosto desde sempre, mas nessa casa parece só haver aveias integrais e muita muita proteina.

Caminho de volta segurando minha maçã, mas assim que eu caminho em direção da escada. Um relâmpago estora e eu grito soltando a fruta, as luzes se apagam e eu coloco meus braços ao redor da minha cabeça e apertando meus olhos com força. Outro relâmpago troveja lá fora tão alto quanto o outro e eu solto mais um grito assustada.

Abro os olhos com rapidez assim que meu corpo é puxado e eu deslizo por cima do sofá, meu corpo cai sobre algo duro e meu rosto afunda no peitoral definido.

— Peguei você! — Neithan anuncia me segurando deitado por baixo de mim.

O olho surpresa, mas não respondo nada já que mais um trovão resolveu me calar. Grito assutada e afundo meu rosto contra o peito dele. Sinto as mãos dele apertar minha cintura e eu aperto os olhos ainda respirando contra a carne dele.

O cheiro de perfume amadeirado em uma leve mistura da bebida a qual a vejo desgustar todos os dias — Que descobri por Antony que se chama Whisck — inludibria minha respiração e eu tremo assim que a chuva la fora começa a cair com força. A altura era tanta que parecia chover no lado de dentro, as mãos de Neithan afagam meus cabelos e ficamos alí em um completo silêncio.

Eu gostaria de dizer que sinto medo de Neithan, o medo o qual meu tio supôs que eu teria. Mas eu não tenho. Ele é confuso, irritado, esquentado e impiedoso algumas vezes, mas não posso dizer que ele seja de todo mal ruim para mim. Neithan me causa confusões estranhas...

Depois de alguns minutos, a chuva ainda continuava forte e a ventania soprava contra as janelas. Era se  possível ouvir os assobios causados pelo vento e os galhos lá fora se movendo, aperto a lapela de cor preta da camisa de Neithan e a mão grande com veias salgadas pousa sobre a minha. Movo meu rosto para encontrar o dele, e o mesmo já se encontrava me olhando com os olhos escuros da noite.

— Minha maçã caiu... — Sussuro e o mesmo sorri.

— Está com fome? — ele pergunta e eu nego — Medo? — Assinto que sim e o mesmo se senta me colando em seu colo.

— Sinto muito... — Sussuro e mantenho minhas mãos afastada dele — não queria acordar você...

— Eu estava acordado. — ele anuncia colocando o paletó dele ao redor do meu corpo com cuidado.

La famiglia Lucchese - Neithan.Onde histórias criam vida. Descubra agora