XVI

33.4K 2.4K 331
                                    

Neithan

Deposito mais um soco sobre o rosto já coberto pelo sangue e o mesmo gospe uma boa quantidade de sangue, o olho vendo o mesmo continuar sem citar uma palavra e eu me afasto  arremangando a camisa escura.

— Não vai a encontrar. — Ele fala assim que eu o olho no fundo dos olhos — Ele é muito esperto, a escondeu em um lugar que nunca irá achar.

Sorrio da cara do mesmo e deposito mais um soco fazendo que o rosto dele seja arramessado para o lado e a baba dessa cobrindo o peitoral dele, vejo os hematomas que eu causei durante as últimas horas.

— O capo mais temido de todos — Ele gospe o sangue e o dente cai causando um pequeno tilintar no chão — não consegue encontrar uma simples garota sem valor?

Ele sorri sem força e eu sorrio junto o ajudando a confessar, essa é sempre a minha parte favorita. Assasinos sabem quando sua hora está chegando, e sutilmente confessam o que não deveriam. August sabe que não sairia vivo daqui mesmo se me dissesse onde ela está.

— Lorenzo é realmente muito esperto, a escondeu durante todo esse tempo e absolutamente ninguém se lembra da existência dele. — meneio a cabeça olhando o anel de família em minha mão — Nem mesmo os vizinhos a conhecessem, que coincidência.

— Ele é obcecada por aquela puta. — Ele fala com ira e eu encontro o ponto de dor dele — Desde que ela tocou os pés naquela casa, eu sabia que algo havia mudado naquele homem. Ela a enfeitiçou...

O encaro com nojo vendo o que ele queria insinuar e vejo o quão doentio Lorenzo é, ter desejo pela própria sobrinha.

— Então ele a escondeu na tentativa de nenhum homem a encontrar. — Finalizo e ele ergue o rosto.

— Funcionou até você chegar. — Ele anuncia — Mas sua tentativa de à ter é falha, capo, você não tem nada. Nem ao menos sabe de onde a garota saiu.

Ele sorri e eu sorrio junto, gargalho sem humor e pego a lâmina em cima da mesa.

— August, August... — Cantarolo — Sabe por que as passoas insistem em me apelidar como o demônio de olhos claros?

O mesmo desfaz o sorriso e eu o fito com os olhos enquanto bebo uma dose de Bourbon.

— Vai por mim, Lorenzo já está morto e antes que eu termine meu trabalho aqui, eu quero que morra sabendo que eu o encontrei, e acima de tudo. Encontrei Anna. — bato o copo sobre a mesa assim que bebo o último gole do líquido escuro e o homem me olha surpreso — Por que a surpresa? Acha que estou onde estou sem saber do que acontece embaixo do meu nariz?

Avanço nele e bato tão forte que o mesmo despenca para o lado com a cadeira, chuto o mesmo fazendo gritar pelos arames que circulam o corpo dele e eu grito chamando a atenção dele.

— Eu não cheguei onde cheguei para perder para fracotes como você e Lorenzo. — esbravejo e o mesmo geme de dor enquanto continuo meus golpes — O verme do seu amigo pode ter a escondido, mas adivinhe. Ele à perdeu, assim como você vai perder a sua vida miserável.

— Não importa o que você faça, ela nunca irá suportar se aproximar de você. Aquela Vagabunda é frac-...

Aperto minhas mãos ao redor do pescoço dele o sufocando e o mesmo grita tentando respirar.

— Ele a envenenou contra você-... — Ele anuncia quase em um suspiro e eu aperto mais forte.

Foco meus olhos nos olhos negros e me concentro na escuridão deles enquanto preciono minhas mãos com força, entro em um pequeno tranze de prazer por estar causando dor nele, e saio assim que vejo o sangue começar a escorrer da boca dele e o ar se esvair assim que o mesmo fecha os olhos dando seu último suspiro sobre as minhas mãos. Sorrio sentindo aquela sensação de adrenalina e me afasto vendo minhas mãos ensanguentadas.

La famiglia Lucchese - Neithan.Onde histórias criam vida. Descubra agora