XLIII

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Neithan

Nada nessa vida poderia superar a cara dela quando viu o envelope. Tratei de dar um jeito rápido em tudo, perdi uma tarde inteira assinando a papelada por Anna, mas com certeza valerá à pena.

Não importa meus esforços, eu à terei para sempre. Minha, apenas minha.

Passo as mãos no rosto ao passo que a água do chuveiro cai sobre meu corpo.

Podem me chamar de rancoroso, mas a tratei exatamente da mesma maneira que ela nos últimos dias. Apesar da hora de dormir. Nos oficialmente temos um modo de dormir, o que é realmente estranho já que nunca dormi com ninguém.

Saio do banho e caminho até o meu terno pronto sobre à cama. O visto e o arrumo sobre meu corpo, mas antes que eu feche meu paletó, Antony aparece abrindo a porta com tudo.

- Eu que sou o bastardo e você que faz merda. - Ela fala cruzando os braços no terno preto também e com uma flor ridícula em tom de rosa.

- O que foi dessa vez? - Falo arrumando a gravata borboleta.

- Eu nunca me casei, ainda bem. Mas Santo dio, você já vai querer começar brigado com sua esposa?

Dylan!

- Nós Não estamos brigados... só não nos falamos muito. - ele arqueia a sobrancelha - Ela é a culpada, só estou fazendo o que ela fez primeiro.

- Vejam só, olhem como o capo é adulto senhoras e senhores. - ele anuncia sarcástico.

- Não me julgue, estou apenas jogando o jogo dela. - Dou de ombros - Vamos ver quem cederá primeira!

- É o seu casamento, Neithan! Toda Famíglia está na porra daquela igreja idiota, e você fazendo birra porque sua mulher o ignorou. Qual foi, ela conseguiu machucar o seu ego?

Ele pergunta e eu o olho irritado.

- Oh sim, ela conseguiu. - ele ri e bate nas minhas costas - Está certo, vá la e se case logo, é ela mesmo.

- Vai al diavolo, stronzo! - Praguejo e ele ri me olhando no espelho.

- Senhor! - lua entra no quarto assustada - temos um problema.

Ela anuncia e nós dois a olhamos rápidamente.

- Não enrole, fale logo!

- Não é um grande problema, mas... Anna. - ela engole em seco - Não quer descer.

- Como não?

- Ela está tendo uma pequena crise e não quer descer.

- Onde ela está? - pergunto preocupado.

Não, não, não, ela precisa estar bem. Merda, não pode dar errado justo agora.

- Não pode a ver antes do casamento, senhor. Isso da azar.

- Olhe para nos, Lua, somos o próprio azar. - Antony anuncia e eu concordo.

- Mesmo assim.

- Ok, eu falo com ela. - Antony se afasta.

- O que vai dizer?

- Não sei, não pensei nisso. Nunca me casei, não sei o que dizer. - ele fala pensativo.

- fotarsi, eu mesmo vou lá. - Falo e saio rapidamente do meu quarto.

Atravesso o corredor procurando por ela, uma sensação estranha me invade, como se ouvesse algo dentro de mim se mexendo, em meu estômago mais precisamente, como a porra de algumas borboletas. Franzo o cenho com a sensação, mas paralizo assim que a encontro.

La famiglia Lucchese - Neithan.Onde histórias criam vida. Descubra agora