XLIX

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— Você não vai perder sua dignidade se me responder. — falo e a mesma me olha — Quer saber, eu não me importo, pode ficar a vida inteira sem me responder.

— Se não se importa por que ainda está tentando fazer eu falar? — ela questiona e eu sorrio conseguindo o que eu quero.

— Porque eu sempre consigo o que eu quero.

— O mundo não gira ao seu redor, Neithan. Talvez eu só estivesse com preguiça de falar. — ela tenta se desvencilhar dos meus braços e eu seguro o rosto dela.

A mesma me olha irritada e eu sorrio com a visão, ela era mais do que quente quando estava vermelha de raiva. Era como a perfeita combinação de doçura e perigo, é deliciosamente excitante.

— Primeiro, nós sabemos que sua idéia cai por terra já que eu sou a porra do centro de tudo isso aqui. — ela arqueia a sobrancelha e logo franze o cenho — Segundo, tenho problemas demais essa noite e não preciso que você me arrume mais problemas sendo uma garota mimada de merda.

— Eu odeio você! — ela bate no meu peito e eu sorrio segurando mais forte o pescoço dela.

— Nós já passamos dessa fase querida, e descobrimos que é a mais pura mentira. — falo fazendo a mesma ofegar pelo meu toque — E sabemos que sim, você precisa de mim e do meu corpo.

Sussuro no ouvido dela deslizando meus dedos pelas pedras do vestido, a mesma me olha atenta antes de afastar a minha mão.

— Não estou interessada, obrigada.

A olho surpreso e a mesma desvia o olhar olhando pela janela como se minha presença não importasse. A olho catatonico sem entender. Como raios ela não me quer? Ela está me negando com todas as palavras?

Caminho ao lado dela em direção à boate assim que descemos do carro, Anna não disse mais nenhuma palavra. As palavras gritando na minha mente. Certo, minha mulher não me quer...

Não se importe com isso, Neithan.

CAZZO, é óbvio que ela quer... olhe para mim,... ou será que ela não quer?! Cazzo.  

— Fique aqui. — Ordeno assim que passamos pela porta e ela levanta a mão.

— Como? — ela pergunta e eu bufo.

Não posso a soltar, mas também não posso a levar junto. Dio... Anna dá um nó no meu cérebro e eu nunca consigo pensar direito, não com ela presente.

Ela solta um gritinho assim que caminho e a levo de arrasto pela algema, assim que passamos pela terceira porta, o som da péssima música e de mulheres dançando no palco invadiu nossa visão. Passo os olhos pelo local tentando localizar Dylan, mas nem sinal daquele animal.

Assim que entramos no campo de visão das pessoas que frequentam esse local, todos pararam e nós seguiram com os olhos. Homens que estavam lá desviaram o olhar de mulheres nuas para a minha e eu serrei os dentes com a ira tomando conta de mim.

— Que lugar é esse? — ela sussura e se aproxima mais de mim assim que um garçom semi nu passa por nós segurando uma bandeija de bebidas — Oh meu deus, onde estão as roupas dessas pessoas?

Ela se segura em meu braço e eu arqueio a sobrancelha, a mesma se afasta e se recompõe fingindo costume.

Caminhamos pelo local encontrando logo o corredor que levava aos quartos, Anna caminha em uma leve corrida ao meu lado com o visível medo das pessoas que passavam por nós hora ou outra. Assim que chegamos ao andar principal, as batidas e gritos de Antony podiam ser ouvidas. Olho para Dylan que estava na porta gritando para Antony se acalmar e eu rio com a cena.

La famiglia Lucchese - Neithan.Onde histórias criam vida. Descubra agora