VIII

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Neithan.

O carro para em frente a casa, e nós descemos assim que vimos sinal de alguém lá dentro. O que indica que Lorenzo já chegou.

Caminho fechando os botões do meu terno e Ed bate na porta enquanto Conan faz caminha em direção aos fundos da casa, esperamos alguns minutos e batemos novamente já que não houve resposta.

A porta se abre lentamente e Lorenzo sorri sem jeito antes de arrumar a camisa dentro das calças, ele obviamente sabia que o haviamos descoberto já que o medo estava aparente na face dele.

— Não vai nos convidar para entrar? — pergunto e o mesmo engole em seco antes de abrir mais a porta.

— Aconteceu alguma coisa senhor? — ele fala olhando ao redor.

Observo ao redor procurando por algum sinal que me mostrasse que Lua estava certa, Ed faz o mesmo e eu me sento na proltrona da pequena sala, essa casa parece um ninho de passarinho de tão pequena.

Paro meus olhos na boneca com um nome escrito, e olho de volta para o homem a minha frente que suava frio.

— Quando eu entrei no cargo de Capo muitos duvidaram do meu poder por eu ser o mais novo irmão Luchesse, mas logo entenderam o seu lugar e descobriram que não se deve desrespeitar uma lei minha.

— Não tenho duvidas disso, senhor. — ele fala de cabeça baixa.

— Mas com o tempo, muitos descobriram que a pior coisa a ser feita a mim é a mentira. — ele foca os olhos em mim e eu o olho friamente — Quer me dizer algo, Lorenzo?

— Não, senhor.

Olho para Ed e faço sinal para que ele vá, o mesmo se afasta e sobe a escada de poucos degrais.

— Ond-...

— Ora, se não há nada a esconder eu não vejo problemas em meu segurança fazer uma pequena vistoria na casa, não é?

Ele engole em seco e olha ao redor como se procurasse alguém.

Isso, me leve até ela!

— Há mais alguém na casa? — pergunto e ele nega.

— Talvez as crianças... ou...

— Ou?

— Senhor! — Ed grita e eu sigo escada a cima.

— Venha comigo. — Ordeno e ele me segue.

Sigo escada a cima e ele me segue, consigo sentir o nervosismo dele assim que entramos pela segunda porta a direita. Olho para Ed que faz negação com a cabeça e eu bufo sentindo a raiva tomar conta de mim.

— Nada?

— Parece que ele estava falando a verdade, senhor. — Franzo o cenho ouvindo Ed admitir e eu olho para Lorenzo.

— Me mostre cada peça da casa você mesmo!

— Eu não entendo o que estão procurando.

— Sem perguntas, apenas faça o que eu mandei. Agora.

Ele caminha rapidamente assim que eu falo irritado e eu faço sinal para que Ed o siga, entramos em cada peça e nada, nem mesmo um pequeno sinal. Olho ao redor vendo tudo se esvair em cinzas novamente.

— E aqui fica o quarto que minha mulher usa para suas custuras. — ele fala assim que entramos em um último quarto.

A cama coberta por tecidos claro, todos em tons de rosa e branco. Alguns floreados e algumas rodas de linhas, parecia ser tudo feito a mão. A quantidade de cores até um pouco padronizada coloca uma pulga atrás da orelha e eu olho para Ed que parecia confuso também.

La famiglia Lucchese - Neithan.Onde histórias criam vida. Descubra agora