La famiglia Lucchese - Neithan.

XXVI

Neithan

A porta do quarto se abre lentamente e o barulho de saltos ecoam no silêncio escuro do cômodo. Aperto a ânsia e raiva contra a poltrona que estou sentado, e assim que a loira liga a luz ela solta um grito assustado.

- Senhor... - ela leva a mão até o peito e depois sorri ofegante - Me assustou.

- Jura? - pergunto me levantando.

- Estava com saudades. - ela balbucia com um voz irritante.

- Eu sei! - baixo uma das persianas.

- O senhor vai ficar? Eu posso descer e preparar algo... talvez alguma sobremesa. - ela sorri e eu a olho ainda sério.

- Sabe que não como essas porcarias.

- Será algo saudável, eu prometo. - ela pisca lentamente e eu sorrio de escaneo.

- Susam, susam... - Faço um tilitar com a língua fechando persiana por persinana - gosta de brincar com o fogo, não gosta?

- Gosto de brincar com o senhor...

- Engraçado porque eu ODEIO brincar!

Paro na frente da mesma que se aproxima, mas antes que ela toque a mim, minha mão corre até o pescoço dela e preciono minha raiva no mesmo. Susan arregala os olhos e se debate pela força.

- O que eu disse na última vez que à vi? - esbravejo irritado - Não se meta no meu caminho, eu não tenho pena de você.

Esbravejo e aperto cada vez mais, a mesma continua se debatendo, mas a cada ponto que eu sentia ser o fim eu largava um pouco para a não matar assim facilmente.

- N-neit-...

- Oh, não. Você não podia simplesmente sumir não é? - digo entredentes - você não podia se contentar com a merda que você fez e ainda queria tentar de novo? Porra, você não é nada.

Ela bate no meu braço implorando para soltar e eu a bato contra a parede.

- Eu não sei o que se passou na sua cabeça de vadia iludida, mas eu vou explicar só uma vez. Você não é nada para mim, eu tenho nojo de você e a se eu a ver próxima da minha mulher eu juro que a enforco em praça pública com um emblema de vadia costurado na sua testa. - falo irritado e a solto deixando o corpo dela cair no chão.

- Eu não fiz nada... - ela sussura com dificuldade e eu caminho de volta a poltrona.

- Claro que não, você nunca faz nada. Não é isso que você diz para o tapado do seu pai?

Ela me olha assustada e tosse gospindo sangue.

- Você não pode contar a ele que não sou mais virgem...

- Claro que não, e é por isso que você irá se casar com Hector. - pego minhas chaves em cima da mesa de centro - E isso não é negociável.

- Não,... Você não vai fazer isso, você não teria coragem! - o olhar dela era de raiva e medo, os cabelos desgrenhados e a marca da minha mão marcando a pele dela.

- Acha que eu não tenho? Acha mesmo? - me aproximo e me agacho perto dela a fazendo me olhar assustado.

- Não pode me casar com aquele homem nojento. - ela nega - Você não sente nada por mim? Eu sei que sente.

- Ainda não entendeu que eu não sinto nada por você? Você não significa nada e nunca significou. - Anuncio e tiro a mão dela de minha perna.

- Eu o amo... - ela sussura e eu a olho com raiva.