9 - Go away.

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— Emily, da para ir mais devagar? — Ignoro ele e os calafrios percorrem o meu corpo. Continuo andando na rua deserta, eu não aguento nem sequer olhar pra cara dele! Ainda não acredito que ele foi capaz! E aonde o Louis se meteu? Seu eu contasse ao meu pai e ao John o que aconteceu, tenho certeza que... Que ele ficaria sem as bolas dele! Logo depois eu chego em uma esquina qualquer e percebo que não fazia a mínima ideia de onde eu estava.

— Me perdi. — Saiu mais como um choro.

— Eu sei. — O inútil fala, fazendo eu me virar para ele, que continuava atrás de mim.

— Ainda aqui, Malik? — O ignoro e sigo na rua.

— É por aqui. — Ele segura o meu braço e dou um tapa no mesmo.

— Me solta! — Viro pro lado oposto e sigo até achar a minha casa.

— Em....

— Não. — Estou indo girar a maçaneta da porta, mas ele me puxa para trás

— O que quer que eu diga pra você não ficar chata como o caralho? O que eu tenho que fazer?

— O que você tem que fazer... — Eu rio. — Você tem que desaparecer da minha vida! Eu te odeio! Você não tem noção de quantas vezes já me machucou e eu não cheguei em Londres nem sequer á um mês! Vai por favor incomodar outra pessoa, porque sinceramente, eu acho que ser meia-irmã do Louis já é castigo mais do que suficiente.

— Eu...

— Desaparece! Eu nunca fui... — O nó na minha garganta aumentava e eu não sei por que motivo ridículo, mas o que eu mais queria fazer agora, era abraça-lo. — Eu nunca fui comparada a algo tão baixo como o que você fez comigo, eu não quero olhar para a sua cara, não quero ver você, não... Quero saber nada de você! — Eu crio coragem e olho pra ele, que até então estava boquiaberto, mas na mesma hora volta a sua postura de durão e cerra os punhos.

— Quer que eu desapareça? ESTÁ BEM ENTÃO! — Ele berra na minha cara e sai com passos firmes e fortes, eu só quero entrar e me jogar na minha cama. Abro a fechadura com os olhos já encharcados e assim que abro a porta suspiro de alívio por ver que todos já foram dormir. Solto os saltos no chão e subo correndo, travando a porta logo de seguida. Suspiro alto e respiro fundo, decido que uma única pessoa podia me ajudar agora, e não ligo para o fuso-horário ou na do gênero, eu pego o celular e ligo pra Bruna.

— Alô? — Ela fala com a voz de quem acabou de ser acordada.

— Br...runa.

—Oh meu Deus Emie, o que aconteceu?

— Eu... Ele... Ai... — Contei tudo pra ela a cerca dos últimos acontecimentos e ela me dá o conselho, ou melhor, manda que eu não fale com nenhum deles, porque eles só trarão coisas negativas para a minha vida, e eu acabo por concordar, porque desde que os conheci, a única coisa que sei fazer é chorar...

Acordo com o meu despertador irritante de sempre. Já se passaram dois dias do ocorrido e não preciso dizer que o Louis ficou batendo na minha porta dia e noite pra tentar falar comigo, o que eu não deixei acontecer. Fiquei trancada no quarto sem fazer absolutamente nada, sem ser tomar banho e dormir, e não estudei nada ou pratiquei algum instrumento ou nem sequer fui nadar. Estou me sentindo realmente culpada por isso, mas a minha vontade de sair era nula.

Após arrumar as minhas coisas para a aula, me apresso a sair pegando uma maçã e indo a pé para o colégio, depois de me perder 4 vezes e perder o primeiro período, eu chego. Mas nada disso é pior do que ter que estar trancada com o Louis dentro do carro.

— AONDE ESTAVA? PENSEI QUE TINHA SIDO ESTUPRADA OU SEI LÁ QUE PORRA! — Sinto o Louis me puxar e chamar a atenção das pessoas que caminham a nossa volta, para pegar seus materiais e se dirigirem á próxima aula, me solto lentamente dele e sigo andando.

Say Something (Em correção)Onde histórias criam vida. Descubra agora