61 - Really?

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— Vem senão vamos nos atrasar. — Eu sorrio e ela enruga as sobrancelhas.

— Ah?

— Bem, estava nos meus planos a gente a foder mais tarde e não agora, se bem que sempre se pode repetir. — Eu rio com ela, que se levanta e se veste assim como eu.

— Vamos juntar... — Ela se inclina e eu puxo dela.

— Deixa ai. — Ela olha desconfiada, mas me segue. Eu praticamente tive que carregar ela durante todo o caminho até o fim da casa abandonada com o corpo dela a tremer de medo.

— Relaxa, babe.

Emily on

Relaxa, babe? Por acaso ele faz alguma idéia de que estamos em uma casa abandonada no meio do nada? Assim que saio pela porta, respiro fundo e ele me puxa até o caminho para o carro.

Quando nos sentamos suspiro aliviada. Não que eu seja o tipo de menina estúpida que não gosta de natureza. Só acho lugares abandonados meio... Assustadores?

— Aonde vamos?

— Pra sua casa. — Ele pisca o olho e eu continuo a estranhar, porém esse dia com o Zayn anda a ser tão maravilhoso que eu não quero o estragar por nada. A nossa conversa no terraço foi tão importante para mim, porque realmente conhecemos uma parte um do outro que a maioria das pessoas não conhece e sinto que agora não há mais segredos ou dúvidas entre nós.

— Obrigada pela tarde de hoje. Está a ser maravilhosa. — Ele sorri para mim, cruzando os nossos dedos.

— Aproveita porque é uma vez em meses que tu vai ter um encontro e que eu vou te deixar ficar por cima ou ser romântico. — Eu mostro a língua para ele, que para em uma sinaleira já perto da cidade e o carro do meu lado abre a porta rápido demais, batendo na minha porta. O Zayn assim que escuta o barulho gira a cabeça olhando para o vidro do meu lado e eu engulo um seco. Ele cerra os punhos estacionando na frente do carro assim que a sinaleira abre. Por que acho que ele vai esganar o motorista? — Tu, fica no carro. — Ele fala furioso e eu como nada obediente ,tiro o cinto saindo atrás dele.

Vejo um menino que provavelmente deve ser ou menor de idade ou tem 18 anos a olhar nervoso para o Zayn, e quando olha para mim suaviza.

— Zayn... — Chamo quando noto que ele fica mais furioso ainda.

— Além de arranhar meu carro, ainda olha pra minha namorada, foda-se. — O Zayn ia avançar nele e eu seguro o braço dele, que se solta. Ele se aproxima do menino bem próximo e cerra os olhos.

No momento não existia Zayn, somente Malik.

E parece que realmente alguém conseguiu estragar essa tarde que andava a ser boa demais.

— Vem aqui o filho da puta. — O Zayn segura o menino pelo braço com força desnecessária, puxando ele até o carro em que estávamos. — Ta vendo isso? — O Zayn chuta o joelho do menino, fazendo ele cair de joelho para frente da lateral do carro e ver um belo arranhão na pintura preta do carro.

—Eu... Desculpa, eu juro que...

— Tuas desculpas o cacete. — O Zayn solta o braço dele bruscamente, dando um passo pra trás e eu tento segurar a mão dele para acalmá-lo, se bem que nesse momento nada parecia dar certo.

— Olha cara... — O menino levanta agora com uma postura melhor e as pessoas na rua parecem não dar a mínima para o que estava a passar aqui.

— Cara o que? Sabe que vai pagar né? P arranhão e eu ainda posso te processar por danos morais, filho da puta! — Sério Malik? Danos morais?

Say Something (Em correção)Onde histórias criam vida. Descubra agora