28 - Killer.

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Depois de vermos o filme, meu pai e o John avisam que no ano novo iremos para a casa dos avós do Louis e eu fico até que contente por não ter que o passar em casa.

— Boa noite, crianças. — O John sobe e eu olho para o meu pai.

— Por favor pai, me devolve o celular?

— Boa noite filha, boa noite Louis. — Ele me ignora, subindo escada a cima e eu bufo. Levanto e levo os potes já sem pipoca para a cozinha, desligo a luz da sala e subo para ir dormir, tomo mais um banho, e já aproveito para secar meus cabelos como estava sem sono, escovo meus dentes e deito na cama começando a ler o gibi do batman que eu roubei do Louis, espero que ele não note pelo menos que eu peguei.

— Caralho, já entendi, já vou passar pra ela! Dude, tu ta muito irritante. — O Louis entra com o celular na mão e eu escondo o gibi embaixo da coberta, logo ele me estende o celular e eu não entendo. — A próxima vez que o "papai" te botar de castigo, avisa o teu namorado, pra ele não ficar me ligando ás 3h da manhã pensando que tu foi seqüestrada! — Ele berra e eu rio.

— Eu largo o celular no seu quarto quando eu acabar, Louis. — Ele levanta o dedo do meio, logo fechando a porta e sumindo atrás dela.

— Alô?

— Porra Emily! Tava quase indo pegar o carro e ir para ai, ver se tu tava viva.

— É bom falar com você também, Zaza. — Me encosto mais na almofada e ele solta um riso abafado.

— Então, a minha menina está de castigo?

— Sim. E adivinha de quem é a culpa ?

— Eu bato no Louis depois por isso Babe, mas essa porra de castigo dura até quando? — Pelo tom da sua voz, eu tenho certeza que ele está com os dedos na boca, mordendo os cantos da unha.

— Até o ano novo.

— Sério? Só por que mentiu? Nossa, teu pai é meio vingativo.

— Eu não menti! Eu não avisei, é diferente.

— Dá na mesma, e como vamos nos falar?

— Bem eu não posso sair de casa, então espero que meu namorado fofo e romântico venha me visitar. — Sorrio, mesmo sabendo que ele não podia ver.

— Tira esse sorriso besta da cara e não me chama de fofo e romântico.

— Tudo bem bad boy, mas bem, te espero amanhã pode ser? Isso quer dizer, se a sua mãe já tiver ido.

— Ela vai amanhã de manhã, largo ela no rodoviária e passo ai, sweet.

— Podia trazer uns donauts para mim, to com muita vontade de comer.

— Eu tenho vontade de comer outras coisas, e não é por isso que fico de pedindo. — Entendi o duplo sentido da frase, mas preferi ignorar.

— E um capuccino de morango ta?

— Tudo o que quiser querida, agora vou te deixar dormir.

— Nossa, tão rápido assim? Pensei que ia me xingar um pouco mais ainda.

— A única coisa que me faria continuar no telefone agora, seria um sexo pelo telefone, o que acha babe?

— Boa noite, Malik.

— Boa noite, Fields.

Levanto com um sorriso na cara e vou até o quarto do Louis, abrindo a porta sem bater e ele está jogando um jogo no video-game, eu largo o telefone dele em cima da cama e me sento do lado dele.

Say Something (Em correção)Onde histórias criam vida. Descubra agora