26 - This is Me.

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— Sim, bem... Ele pediu, mesmo que eu ache que foi no calor do momento para eu não continuar braba com ele. — Louis fica quieto olhando para o nada. — O que foi? —Ele continua do mesmo jeito.

— Não sei se eu devia gostar disso ou não, porque afinal é o meu melhor amigo e a minha... Irmã? Deveria ficar com ciúmes? — Eu rio e nego para ele. — Deixa eu ver se eu entendi, alguém te pediu em namoro, e esse alguém foi o Zayn? — Não sei se devo me sentir insultada, não é tão difícil assim perceber.

— Isso.

— Coitado. — Eu me engasgo na minha própria saliva e dou um soco no ombro dele.

— Seu idiota!

— Idiota é ele que vai namorar você!

— Seu porco, só dirige e cala a boca. — Ele me escutou e continuou com as piadinhas idiotas.

— Eu não vou vir te buscar porque tenho certeza que o Zayn vai fazer questão que tu durma ai, não esqueçam da camisinha, e conta para ele de uma vez com os seus problemas com gases antes que o coitado descubra sozinho. — Dou um soco forte no ombro dele, que reclama de dor no mesmo.

— Tchau, idiota. — Abro a porta saindo.

— NEM PRA AGRADECER PELA CARONA. — Ele berra de dentro e eu ignoro, indo até a entrada. O porteiro me conhece e deixa eu entrar. Uma coisa que eu nunca notei, esse apartamento realmente era lindo, e tinha um certo luxo. Como ele conseguia pagar isso? Digo... Ele é tão orgulhoso e tenho quase certeza que não deixa que seus pais o paguem para ele, e por que ele não mora com eles? O que ele e os meninos tanto escondem? Mas bem, é hoje. Vou fazer as perguntas e dessa vez não saio sem resposta. Paro na frente do elevador e a minha mente viaja, querendo que o Zayn estivesse aqui para subir comigo e me abraçar, para poder esquecer do ambiente fechado e perigoso do qual acabei de botar os pés.

Os 30 segundos mais longos da minha vida se passam nesse elevador, quando saio dele, paro quase um minuto pra retomar direito a minha respiração para pensar, e olhar para frente, encontrando a porta do seu apartamento. O que eu estou pensando? E se ele não estiver em casa? E se ele não quiser me ver depois das palavras rudes que eu falei para ele ontem? E se... Eu estiver voltando para o caminho do sofrimento ainda parada aqui?

— Ding dong. — Eu cheguei até aqui e ia apertar esse botão. Consigo sentir minha respiração pesar, mas eu preciso disso assim como ele. A porta é aberta, revelando o Malik com o cabelo totalmente despenteado, a sua barba que parece maior, bem maior do que ontem, com uma regata bordo, seus tons escuros nunca saem, e uma calça de moletom solta com meias. Olho para o rosto dele, que parece chocado, mas ainda assim surpreso de uma maneira positiva.

— Emie... — Não deixo ele terminar, entrando no apartamento sem a permissão dele e faço sinal com a mão para que ele cale a boca enquanto eu falo, se ele ficar me interrompendo realmente não vou conseguir falar tudo o que se passa na minha mente, que no momento é muita coisa.

— Olha eu sei que sou uma idiota por voltar aqui depois do que aconteceu, e mais idiota ainda por considerar a hipótese de que você não fez nada com aquela Streaper suja ontem! Eu cansei de sempre perdoar as suas cagadas uma atrás da outra, o seu ciúme sem explicação, porque afinal, até ontem pensei que você não tinha nenhum sentimento por mim, e bem... Eu...

— Emily. — Ele tenta me parar, mas eu olho para ele ainda braba.

— Deixa eu terminar! Eu.... Eu só tenho você, você tem tantas outras. Porque mesmo se eu me der toda para você, você nunca será completamente MEU e isso dói, porque tudo de novo que eu experimentei até agora foi com você, e você já teve tantas experiências na vida, que eu me sinto uma inútil, mas uma inútil que realmente gosta de você seja do seu jeito grosso, bruto, rude, ignorante ou da maneira fofa que me trata. Mas eu percebi que se eu quero que isso dê certo, eu preciso saber tantas coisas, tantas perguntas que ainda existem na minha cabeça sem resposta, eu queria ter perguntar tudo! Conhecer você de verdade como nunca conheci ninguém... — Realmente não fazia questão de esconder nada e muito menos as minhas lágrimas que caiam no meu rosto.

Say Something (Em correção)Onde histórias criam vida. Descubra agora