3 - True?

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Acordo com fortes dores de cabeça, talvez devido ao fato de eu ter dormido sobre meu próprio choro.

— Filha, está acordada? — Ignoro o meu pai e sigo em direção ao banheiro, para fazer minhas higienes. Quando volto ao quarto, eu paro para pensar, por mais que eu esteja aqui contra a minha vontade, a única coisa positiva é que eu estava em Londres, uma cidade histórica e linda, então que eu a aproveite.

Me dirijo até a janela e consigo ver a London Eye, já se passaram alguns dias desde que... Bem, desde que a minha mãe morreu e ainda não parece real, primeiro a morte dela, o funeral, meu pai, Londres, essa casa.... Tudo.

— Emily, o café está pronto.

— Já vou. — Sou curta e grossa, na realidade não sei nem como eu continuo falando com ele. Me dirijo até a minha mala e tiro de lá uma calça preta e um suéter rosa claro que ganhei de natal da Bruna no ano passado, quase á 1 ano atrás.

Penteio meus cabelos e passo perfume, assim que abro a porta do meu quarto eu escuto gritos do início do corredor, na realidade só uma pessoa gritando, era uma menina loira, e pela cara dela, percebe-se que ela estava furiosa.

— Seu idiota!

— Ta bem. — Escuto a voz do Louis e então junto as peças, essa é a menina que gritava o nome dele ontem a noite.

— EU TE ODEIO!

— Valeu, entra na lista. — Ele diz irônico enquanto fecha a porta na cara dela, que desce as escadas furiosa. Logo em seguida escuto o barulho da porta de entrada bater forte, estou assustada, ontem eles... Eles pareciam tão bem? Tão próximos, em um momento muito intimo e agora estão discutindo dessa maneira? Quando eu perder a virgindade espero mesmo que seja com um rapaz que nunca me trate assim. Pelo que vi dele ontem, ele não presta mesmo, e não sabe a maneira certa de tratar uma menina. Caminho até as escadas e me assusto quando escuto a porta ao meu lado ser aberta, revelando um menino de cuecas, aquele idiota. —Quer experimentar também? — Quando ele fala isso, é que percebo que estou olhando para as cuecas dele, por que ele não estava propriamente vestido? Ele não mora sozinho aqui.

— Seu nojento! — Digo rolando os olhos e descendo a escada, quando chego no final da mesma encontro o meu pai e o... John. Sentados a mesa ambos com ternos e á comer.

— Vejo que já conheceu meu filho, Louis. — Eu simplesmente o ignoro e ando até a mesa, me sentando e me servindo de cereais.

— Louis, estava pensando que talvez pudesse mostrar a cidade a Emie. — Ia mandar ele não me chamar assim, mas não quero gastar mais minha saliva, pois eu sabia que ele ia continuar fazendo isso.

—Tenho planos melhores. — Meu querido meio-irmão fala.

— Filho, seria bom... Ela não tem nenhum amigo. — Eu apenas escuto a conversa quieta, não sou ninguém nessa casa, mas tenho a certeza que se eu for sair daqui, será sozinha.

— E espera que eu á apresente aos meus amigos? Qual é pai, você vive chamando eles de vagabundos e agora que essa... Essa garota ta aqui, você quer que eu os apresente? — Ele fala com graça.

— Eu tenho nome. — Odeio quando me chamem de garota, minha mãe fazia isso para me irritar quando estávamos atrasadas por culpa minha.

— E eu não ligo. — Eu levanto da mesa sem nem tocar nos meus cereais.

— Aonde vai filha? — Eu pego meu celular e visto meus calçados que estavam aqui em baixo sabe-se Deus como. — Eu fiz uma pergunta Emily. — Sinto a presença dele atrás de mim, me viro pra ele e noto que Louis e John nos observavam.

Say Something (Em correção)Onde histórias criam vida. Descubra agora