Impossível não lembrar do nosso amor |FlaGui- oneshots

Perdas

Flávia on

-Bom dia meu amor, dormiu bem?-Guilherme perguntou e logo em seguida depositou um beijo no topo da minha cabeça.

-Tem como não dormir bem ao seu lado? -Respondi puxando ele para se deitar comigo novamente.

-Temos que descer para tomar café-Guilherme disse e eu assenti.

Fizemos nossa higiene matinal e descemos para tomar café, como os pais de guilherme estão viajando e o tigrão está passando uns dias com a mãe dele, eu e guilherme estamos sozinhos aqui.

-Fiz um cafezinho maravilhoso para vocês hoje em-Deusa falou enquanto servia o café.

-Muito obrigada deusa, mas eu não vou querer não.

-Por que não meu amor?-guilherme Indagou.

-Estou enjoada, devo ter comido algo que não me fez bem.

-Isso tá me parecendo mais outra coisa em-Deusa falou olhando diretamente para mim.

-Como assim deusa? -Indaguei.

-Isso tá me cheirando a gravidez viu?-ela disse.

-Não, tá doida deusa?- Falei.

-Só tem um jeito de resolver isso, vou ligar para a farmácia e pedir um teste de gravidez-Guilherme disse e eu apenas concordei, não sabia se ficava feliz com a possível possibilidade de ser mãe, ou se ficava nervosa.

-E aí meu amor, qual foi o resultado?-Guilherme perguntou entusiasmado.

-Por que você mesmo não vê?-Disse entregando o teste para ele.

-fla... Flávia... EU VOU SER PAI!!-Guilherme comemorou o resultado do teste, agora é definitivo, eu vou ser mãe!

-Temos que ir contar para a paula e pro neném- falei.

-Tem certeza que precisamos falar pro neném? Podemos só contar para a paula, e ela conta pro neném, que tal?-Guilherme sugeriu, e eu logo repreendi sua ideia.

-Não guilherme, você sabe que eu gosto muito do neném, e que ele já me ajudou muito. vem, vamos contar logo para eles-Disse, e logo em seguida puxei ele para fora do quarto.

-Ah garota vem cá, deixa eu te dar um abraço.-Paula disse, e logo me puxou para um abraço.

-Temos que começar a organizar o chá de bebê, o batizado, e tudo mais, uma neta ou neto de Paula Terrare tem que vir ao mundo em grande estilo.-Paula disse, e eu e guilherme rimos.

-Paula, você não acha que está muito cedo para isso? -Guilherme Indagou.

-Claro que não guilherme, as festas de paula terrare são as melhores, e precisam ser organizadas com muita antecedência para sair tudo perfeito!-Paula responde.

-Tudo bem, mas você vai cuidar disso em-Guilherme disse e ela concordou.

3 semanas depois.

-GUILHERME, ACORDA!!!-praticamente gritei enquanto sacudia guilherme.

-O que foi flávia? tá tudo bem?-ele ingadou.
-Guilherme, eu tô sangrando!-disse e logo puxei a coberta para que ele pudesse ver o sangue.

-Calma meu amor, calma!! eu vou chamar a deusa e o odailson e vamos para a clínica-ele disse, e logo saiu correndo atrás do odailson e da deusa.

Durante o caminho, as dores só aumentavam e o sangramento também.

-Eu tô perdendo o nosso bebê guilherme-disse em meio a lágrimas.
-Não flávia, não diga uma coisa dessas, vai ficar tudo bem!!- Guilherme disse na tentativa de me tranquilizar.

-O que aconteceu?-perguntei assim que acordei.

-Meu amor, olha para mim, você vai ter que ser forte, mas... perdemos o nosso bebê-a última frase me atingiu em cheio.

-NÃO, VOCÊ TÁ BRINCANDO COMIGO? NÃO PODE SER GUILHERME, DIZ QUE O NOSSO BEBÊ ESTÁ BEM, POR FAVOR!!

-Calma, garota, estamos aqui com você.-ouvi a voz da paula tentando me acalmar.

-CALMA? EU NÃO QUERO FICAR CALMA, EU QUERO MEU FILHO DE VOLTA!!
-Vocês vão poder ter outros filhos flávia, você é jovem ainda-Dr Cardoso disse na tentativa de me confortar.

-Eu não quero outro filho, eu quero esse, quero o meu bebê de volta!-Disse com a voz quase falhando devido ao choro.

-Eu estou aqui com você flávia, olha para mim, você não está sozinha nessa-Guilherme disse e logo em seguida me puxou para um abraço.

-Eu não sirvo nem para ser mãe-constatei.
-Não diga uma coisa dessas flávia, é claro que você serve para ser mãe!-Guilherme me repreendeu.

-Então por que eu perdi o nosso bebê guilherme?-Indaguei

-Flávia, o coração do nosso bebê já estava sem batimentos, você não teve culpa nenhuma.-Guilherme disse.

-Tá doendo tanto guilherme-disse e logo comecei a chorar com a cabeça deitada sob seu ombro.

-Eu estou aqui com você, tá me ouvindo? -Guilherme perguntou, e eu apenas concordei.

3 meses haviam se passado desde aquela noite, e posso garantir que nunca imaginei que eu um dia eu pudesse sentir uma dor tão grande, o vazio que se instalou dentro de mim provavelmente não irá ser preenchido tão rápido assim.