365 Days.

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Flávia on

Acordei e acabei de perceber que estou no sofá da casa do meu pai.

Não me lembro de ter vindo para cá ontem.

Peguei o meu celular para ligar para o Gui, e acabo de perceber que a data é a mesma do dia do acidente.

"não, não pode ser." — pensei.

"a minha barriga, cadê a minha barriga?"

"cadê a minha filha?"

-Guilherme, cadê o seu número pelo amor de Deus?.—mumurei baixo.

"Ela não pode ter feito isso, não pode!!"—pensei.

Eu sabia que o prazo da morte acabava hoje, mas eu imaginava que ela levaria um de nós, e não que voltasse para o dia do acidente.

"Doutor, cadê você?"

"Cadê a nossa filha?

"Cadê o nosso casamento?"

"Eu preciso de você guilherme."

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"Aeroporto, eu preciso ir pro aeroporto."— pensei, e fui até o aeroporto onde nos conhecemos.

Fiquei horas esperando guilherme aparecer no aeroporto, mas nenhum sinal dele.

"Por que? Por que que isso tinha que ter acontecido comigo?"

"Tudo na minha vida dá errado, tudo!"

"Gui, eu preciso de você, eu preciso."

"Volta, volta por favor."

"Eu sou a mulher da sua vida."

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"Clínica, eu preciso ir para a clínica."— mumurei baixo, e segui para a clínica.

Cá estou eu de frente ao hospital dele.

Não sei se eu deveria entrar, mas eu irei.

Não tenho nada a perder.

Eu preciso saber se ele lembra ou não de mim.

Adentrei a clínica, e fui em direção ao escritório dele.

Nem me dei ao luxo de falar com Regina, apenas segui para a sala dele.

-Você não pode entrar assim!!—Ouvi a voz de Regina.

Andentrei o escritório, e lá estava ele.

-QUEM É ESSA MALUCA REGINA? — Ele Indagou.

-Eu não sei doutor, eu tentei impedir a entrada dela, mas ela entrou do mesmo jeito.— Ela respondeu.

-Eu preciso falar com você.— Disse.

-Garota, sai daqui, não temos nada para conversar.— Ele disse.

-Por favor guilherme, precisamos conversar.— Disse em tom de súplica.

-Me deixa a sós com ela Regina.— Ele disse, e a secretária saiu.

-Fala logo o que você quer e sai daqui.— Ele disse no mesmo tom grosso de quando nos conhecemos.

-Você não lembra de mim?— Indaguei.

-Não, por que lembraria?— Ele respondeu.

-Nós morremos juntos guilherme.— Disse.

-Que história é essa garota? Se for para ocupar o meu tempo, é melhor sair daqui.— Ele disse.

Expliquei toda a história da morte para ele, e o mesmo parecia não acreditar em nada.

-Você é maluca, MALUCA! Sai daqui.— Ele disse e apontou para a porta.

-Eu vou, mas vou deixar o meu telefone com você. Se você quiser me encontrar, é só me ligar.— Disse e sai da clínica.

"Eu te perdi guilherme, eu te perdi."
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Guilherme on

C

ancelei todos os compromissos que eu tinha para hoje, porque simplesmente não consigo parar de pensar em tudo o que aquela garota falou.

Por mais estúpida que seja essa história, eu sinto que conheço essa garota.

"Nós éramos casados guilherme, e estávamos esperando uma filha."— a voz da moça ecoava em meus pensamentos.

Eu preciso entender essa história direito.

Essa garota não pode estar falando a verdade.

Eu amo a rose, como eu posso ter casado com ela?

Peguei o telefone dela que a mesma havia deixado, e liguei.

Não demorou muito para a mesma atender.

-É... Será... Será que podemos conversar?— Indaguei.

-Claro doutor, quando e onde você quiser.— Ela respondeu.

-Pode ser amanhã, aqui na minha clínica mesmo.— Disse.

-Então tá doutor, até amanhã.— Ela disse e encerrou a chamada.

Essa história não pode ser verdade, pode?— mumurei baixo.
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Impossível não lembrar do nosso amor |FlaGui- oneshots Onde histórias criam vida. Descubra agora