Flávia |||

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Guilherme on

-Oi flávia... É... Eu queria saber se podemos nos encontrar?— Disse assim que flávia atendeu a ligação.

-Você não desiste mesmo né doutor?— Ela Indagou.

-Não, e que bom que você sabe.— respondi.

-Podemos nos encontrar amanhã?— perguntei.

-Podemos. Mas onde?— Ela Indagou.

-É... Na minha clinica, pode ser?— perguntei.

-Pode.— Ela respondeu.

-Eu te amo tá? — Disse e não obtive resposta de flávia, apenas escutei um suspiro do outro lado do telefone, e ela logo desligou.

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O dia amanheceu, e eu já assinei os papéis do divórcio.

Não foi fácil.

Um casamento de praticamente vinte anos acabou.

Mas na verdade, acho que não deveria nem ter começado.

Agora eu estou aqui na minha clínica, esperando por flávia.

Não faço ideia de que horas flávia irá vir, por isso mandei minha secretária cancelar todos os meus compromissos, e assim que flávia chegar, ela pode ir embora.

Já são quase 6 horas da tarde, e até agora flávia não chegou.

Eu não vou julgar-lá caso ela quiser me dar um bolo, afinal, ela tem todo o direito.

Fui um imbecil com a mesma, e se ela quiser me bater, me xingar, e me humilhar, eu deixarei, afinal, eu usei os sentimentos dela, e depois os descartei como se não fossem nada.

Flávia não merecia isso, nunca mereceu.

Desde que nos conhecemos, Flávia disse que queria amar, e ser amada.

E eu sei que eu posso ser esse amor.

Apesar de não merecer, eu posso ser.

Eu posso dar tudo a ela.

Posso dar casas, carros, roupas, sapatos, viagens, joias, tudo o que ela quiser eu posso dar.

Posso ser o grande amor da vida dela.

Posso ser o melhor pai para a nossa filha.

Posso ser tudo, mas para isso eu preciso do perdão dela.

Eu necessito do perdão dela.

-Doutor Guilherme, a Flávia está dando entrada no centro cirúrgico.— Meus pensamentos foram interrompidos pela voz da minha secretária.

-O que? — Indaguei sem acreditar.

-A dona Paula e aquele jogador trouxeram a moça para cá, ela estava perdendo muito sangue e a Joana encaminhou ela pro centro cirúrgico.— Ela respondeu.

-Não, não pode ser Regina, a flávia não pode perder a nossa filha!— Disse e fui direto para o centro cirúrgico.

-Joana, cadê a minha mulher?— Indaguei.

-Guilherme calma! Vamos cuidar da Flávia, e você vai ficar aqui. Não tem nada o que você possa fazer, e no seu estado é melhor você nem entrar. Se caso precisarmos, te chamamos, mas para isso você precisa se acalmar.— Joana disse.

-Não deixa ela, e nem a nossa filha morrer, eu te imploro Joana.— Pedi.

-Vai dar tudo certo.— Ela disse e entrou no centro cirúrgico.

Joana já sabia de toda a minha história com flávia, e por isso tenho certeza de que flávia está em boas mãos.

-Paula, o que aconteceu com a flávia?— Indaguei assim que cheguei na sala de espera.

-Não sei guilherme, eu e o neném estávamos conversando com ela, e de repente ela começou a reclamar de muita dor, quando vimos, ela já estava sangrando. — Ela respondeu.

-É doutor, aí decidimos trazer ela para cá, já que sabíamos que vocês iam se ver.— neném disse.

-Ela não pode morrer, e nem perder a nossa filha.— Disse enquanto me sentava no sofá.

-Se acontecer algo com ela eu NUNCA vou me perdoar.— Disse e lágrimas escorreram pelo meu rosto.

-Não vai acontecer nada com a garota, ela é forte, é igualzinha a mim, praticamente uma Terrare!— Paula disse.

-São Judas Tadeu vai cuidar dela.— neném disse.

Ficamos quase duas horas esperando por notícias, até que Joana chegou.

-Então Joana? Cadê a flávia? Como ela está? Como a nossa filha está?—Indaguei aflito.

-Elas estão bem guilherme, Flávia teve um sangramento, o que acontece com algumas mulheres no começo da gestação, principalmente quando se tem muito estresse ou sofre alguma queda. — Ela respondeu e eu pude sentir um alívio percorrer meu corpo.

-Eu... Eu quero ver ela Joana, onde ela está?— Indaguei.

-Estamos transferindo ela pro quarto, e assim que ela já estiver instalada, eu levo você até ela.— Joana disse.

-Obrigada Joana, obrigada por ter salvo a minha mulher.— agradeci, e abracei Joana.

-Não foi nada Gui, agora vê se consegue o perdão dela em!— Joana disse, e saiu.

-É doutor, tá vendo o que você fez com a garota?—Paula Indagou.

-Eu errei Paula, eu sei que eu errei, mas não era a minha intenção. Eu AMO a flávia, e eu não vou desistir dela.— Respondi.

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Eu nunca havia tido tanto medo, a possibilidade de perder flávia é algo que me deixa louco.
E eu não posso morrer, ou deixar ela ir sem antes ter o perdão dela.
Quero que flávia volte a me olhar do mesmo jeito que me olhava antes de eu a humilhar.
Quero ela de volta, necessito dela.

Impossível não lembrar do nosso amor |FlaGui- oneshots Onde histórias criam vida. Descubra agora