Memórias|

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Flávia on

Nós sabíamos que o prazo da morte iria acabar.

Sabiamos que um de nós iria morrer dentro de um ano.

Bom, até então éramos o que a morte havia nos dito.

Mas não foi bem assim, não.

O prazo dela acabou, e ao invés dela levar um de nós quatro, decidiu apagar a memória do guilherme dos últimos 12 meses.

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-Bom dia meu amor.— Disse enquanto depositava um beijo nele.

-Quem é você garota?— ele perguntou.

-Como assim guilherme?Você sabe quem sou eu.— respondi.

-O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? CADÊ A ROSE?— ele Indagou em tom alterado.

-GUILHERME VOCÊ ESTÁ LOUCO?— Indaguei.

-LOUCA ESTÁ VOCÊ GAROTA, DORMINDO NA MINHA CAMA.— Respondi.

-Guilherme olha para mim.— Pedi e ele olhou.

-Qual é a última coisa que você lembra?— perguntei.

-Você é a aeromoça, não é?— ele Indagou.

-Sou guilherme, sou.—respondi.

-Guilherme, você lembra de mais o que?—Indaguei.

-Do encontro com a morte, do o prazo de 1 ano.— Ele respondeu.

-Guilherme, o prazo da morte já acabou, e pelo visto ao invés dela levar um nós, ela levou a sua memória.— respondi em tom choroso.

-Guilherme, ESCUTA bem o que eu vou falar.—Disse.

-Nós dois somos casados e temos uma filha, depois do acidente você e a rose e se separaram e acabamos nos apaixonando.— contei.

-Casado com você? Não pode ser...— Ele Indagou.

-Gui pelo amor de Deus.— murmurei baixo com os olhos marejados.

-Você tem certeza disso? Tem certeza de que somos casados? Não temos nada em comum.— Ele disse enquanto se aproximava de mim.

-Tenho guilherme, te garanto que te amo mais que tudo nessa vida, e até onde eu sabia, você me amava também.— respondi.

-Eu não consigo me lembrar, desculpa.—Ele disse.

-Nós vivemos tantas coisas juntos Gui, você me salvou tantas vezes. Demoramos tanto para ficarmos juntos.— respondi.

-Você disse que temos uma filha não é? Posso ver ela?—Ele ingadou.

-Pode, claro.— respondi e guiei ele até o quarto da nossa filha.

-Olha.— Disse enquanto levava ele até o berço.

-Ela... Ela é tão linda.— Ele disse com um sorriso no rosto.

-Posso pegar?— ele perguntou.

-Sim.— respondi.

-Qual é o nome dela?— Guilherme Indagou.

-Flora.— respondi.

-Flora. Minha filha.—Guilherme disse e depositou um beijo na testa de Flora.

-Gui, você tem certeza de que não se lembra de nada?— Indaguei.

-Eu estou tentando, mas eu não consigo, na verdade eu não sei qual é o seu nome, eu sei que você era a aeromoça, mas não lembro do seu nome.— Ele disse.

-É Flávia, no dia do acidente eu estava usando o nome Taís, mas meu nome é flávia.— respondi.

-Por que você estava usando nome falso?— ele perguntou.

-É uma longa história Gui.— respondi.

-Eu quero saber sobre essa história, quero me lembrar de tudo, porque eu sinto que te conheço, mas não consigo lembrar de tudo.— Ele disse.

-Então senta aqui, que eu vou te contar tudo. — Disse enquanto direcionava ele para o pequeno sofá que havia no quarto.

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Contei cada detalhe da nossa história para guilherme, que parecia não entender nada, não sei como vai ser daqui para frente, e tenho muito medo dele não se lembrar mais de nós.

Impossível não lembrar do nosso amor |FlaGui- oneshots Onde histórias criam vida. Descubra agora