Flávia

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Guilherme on

Hoje é o dia do bazar beneficente que a rose quis fazer aqui em casa.

Adoraria estar animado, mas minha cabeça só consegue pensar em uma coisa.

Flávia.

Tudo o que tivemos aquela noite foi inesquecível.

O jantar, a fuga, o bar, e principalmente o sexo.

Flávia se deu alta do hospital, e me convidou para sairmos juntos, e eu aceitei, afinal tinha problemas demais e precisava relaxar.

A levei para um restaurante conhecido, e acabamos brigando, Flávia saiu com a minha carteira, e eu tive que sair sem pagar.

Acabamos sendo assaltados depois, e claro, Flávia sendo maluca daquele jeito, achou um bar e simplesmente resolveu que ia jogar sinuca para recuperar o dinheiro.

E acabamos conseguindo ganhar, mas obviamente os caras do bar não gostaram nenhum pouco, tivemos que sair correndo de lá, e por pouco eles não nos pegam.

Depois de corrermos, eu e Flávia paramos um pouco, e ela se queixou de dor no local da cirurgia.

Conferi para ver se estava tudo certo, e por sorte estava.

Ficamos nos encarando por um pequeno tempo, até um beijo acontecer, naquela altura já não se dava para saber quem havia iniciado o beijo.

Ambos precisavam daquilo, e isso é um fato.

Mas não ficamos só no beijo, acabei levando flávia para o carro, e como a rua estava vazia, acabei transando com ela ali mesmo.

Foi mágico, era tudo o que eu precisava.

Mas depois eu acabei percebendo que aquilo não era certo, e sem querer acabei humilhando flávia.

Eu quis aquilo tanto quanto ela, e nem ao menos tive coragem de assumir isso depois.

-Você não é ninguém para mim, ninguém!- Disse.

-Sabe guilherme, eu estava realmente começando a gostar de você, mas percebi que você não passa de um cara egoísta, mimado!- Flávia respondeu, e saiu do carro.

Voltei para casa com a cabeça fervendo, e nem por um instante eu consegui apagar nenhuma memória daqueles momentos com flávia.

No dia seguinte resolvi ligar para ela, para me desculpar.

Uma, duas, três, quinze chamadas não efetuadas.

Ela me odeia, é claro que me odeia.

Três semanas já se passaram desde esse dia, e até agora flávia não retornou nenhuma das minhas ligações, e muito menos respondeu alguma mensagem.

Eu estou angustiado, não tenho notícias dela, e isso está me matando.

-Gui? Vamos descer? Já está na hora do evento começar.- Fui tirado dos meus pensamentos com a pergunta de rose.

-Claro, vamos sim.- Disse e descemos até o jardim onde estava acontecendo o bazar.

Falei com alguns convidados, e posei para alguns jornalistas que haviam lá.

-Preciso falar com você.- Paula disse enquanto me puxava.

-O QUE É ISSO PAULA?- Indaguei.

-É sobre a garota!- ela respondeu.

-A... A flávia?- Indaguei.

-É!- ela respondeu.

-Vem, vamos para o meu escritório.- Disse e a levei para o meu escritório.

-Então, o que tem a flávia?- perguntei aflito.

-Ela me contou o que aconteceu entre vocês, e o que você fez depois.- Ela respondeu.

-Eu fui um imbecil Paula, eu preciso falar com a Flávia, mas ela não responde as minhas mensagens.- Disse.

-Você vai se redimir com ela, e vai assumir o filho de vocês. - Paula disse.

-Fi... Filho? Como assim filho?- Indaguei sem acreditar.

-É doutor, você engravidou a garota.- Paula respondeu.

-Não paula, você só pode estar brincando, diz que é mentira.-Disse.

-Ela não quer contar nada para você porque não quer acabar com o seu casamento e porque sabe que ela não significa nada para você.-Paula falou.

-Foi tudo o que eu falei para ela.-Disse.

-Eu a humilei paula, como eu vou olhar para ela agora?-Indaguei.

-A garota tá lá no meu apartamento, vai lá conversar com ela.-Paula disse.

Resolvi ir atrás de flávia, para tentar conseguir fazer com que ela me perdoe.

Eu já errei uma vez com o meu filho Antônio, não vou deixar a minha filha passar pelo mesmo.

Não quero saber do prazo da morte, eu tenho um ano para acertar a minha vida, e eu quero recomeçar ao lado de flávia.

Cheguei no apartamento de Paula, e toquei a campainha pelo menos umas 15x seguidas.

-O que você está fazendo aqui guilherme?- Flávia Indagou com um olhar furioso assim que abriu a porta.

-Você sabe muito bem o que eu vim fazer aqui. -respondi e adentrei o apartamento.

-Quando Flávia? QUANDO VOCÊ IA ME CONTAR- meu tom de voz estava alterado.

-Contar? Depois de TUDO o que você me falou naquela noite? Nunca guilherme!- Ela respondeu.

-Eu errei flávia, eu sei que eu errei, mas pelo amor de Deus me perdoa.-Pedi.

-Você disse que eu não era nada para você, então porque você está aqui?- ela Indagou.

-Porque eu nunca esqueci de você, eu nunca esqueci nenhum detalhe daquela noite, e me arrependo sim, mas não do sexo, e sim do jeito que eu te tratei depois.- Disse enquanto me aproximava dela.

-Eu me senti um lixo guilherme, nunca tinha sido tratada daquele jeito. E eu me senti pior ainda quando eu descobri que eu estou grávida. Como o pai do meu bebê pode ser um cara tão egoísta arrogante assim?- Flávia disse enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto.

-Flávia... Olha para mim. -Pedi.

-Não guilherme! Sai daqui! Você já me machucou demais, não quero que faça o mesmo com o meu bebê.- Flávia disse.

-Eu vou embora flávia, mas eu vou voltar. Nossa conversa não acaba aqui.- Disse e fui embora.
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Fui embora do apartamento tendo a certeza de que eu não vou desistir de flávia, preciso concentrar o meu erro e vou fazer até o impossível para isso.

Liguei para o meu advogado e pedi o divórcio para rose, apesar de tudo, a traição não foi certa, e eu não a amo mais.

Impossível não lembrar do nosso amor |FlaGui- oneshots Onde histórias criam vida. Descubra agora