Capítulo 06

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Guardei o carro e fui me deitar. Porém dormi pouco, pois estava preocupada. As cinco da madrugada, calcei minhas pantufas e fui ver se Manu e Leila, retornaram.

Andei pela mansão escura, apenas a lua trazia uma luz pálida. Passei nos quartos que elas estão hospedadas. Anjos caídos não são de confiança, é preciso te muito cuidado com eles.

Abro a porta, sem fazer barulho. Manu esta deitada de costas para mim, os cabelos negros escovados. Veste um pijama roxo de urso. Dorme serena.

Encosto novamente a porta, com cuidado, para ela não acordar. Já Leila, caiu na cama do jeito que chegou.

Seu rosto está borrado pela maquiagem pesada e os cabelos bagunçados. Ainda está com o vestido da balada. Ela largou sua bolsa e os sapatos no tapete.

Observo seus braços e pernas. Me sinto aliviada, quando percebo que ela está bem.

Volto para minha suíte e durmo mais um pouco. As sete, desperto novamente. É o horário que costumo sair para a delegacia. Porém não ia ao trabalho nos próximos três dias.

Preciso ficar de olho em Manu e no rastro de energia que deixei nela, após curar suas feridas em nosso primeiro encontro.

A energia angelical some com o tempo. Enquanto isso tinha que manter a moça fora de confusão.
Pedi para Ross ficar no meu lugar. Explicando o que aconteceu e ele foi muito compreensivo, como sempre.

Me levantei escolhi uma regata verde e um short jeans curto. Escovei meus cabelos e prendi em um rabo de cavalo. Lavo o rosto e desço para a cozinha, preparar café da manhã. A Kate não trabalha aos domingos.

Eu fiz panquecas e omelete. Porém, acabei comendo sozinha. Pois as garotas acordaram perto das onze, quando eu já estava preparando o almoço.

- Bom Dia! – Manu diz ao entrar na cozinha.

Leila vem logo depois.  Bem arrumada e maquiada.

- Bom dia, Frozen! – Só ela me chama assim.

- Quase Boa tarde. – Replico.

Elas me ajudam fazer salada. Picam repolho com abacaxis e cortam rodelas de tomates.

- Então, como foi o encontro de vocês? – Questiono em tom sereno. Como se esse assunto não me incomodasse em nada.

- Legal. – Manu fica corada.

- Laylah, você nem acredita. Essa aí nem para tirar uma casquinha daquele gato. – Leila a entrega. – Nem beijo teve.

Sorrio.

- Eu nem conhecia ele direito. Ficamos conversando no carro. – A morena fala suave.

- Concordo com você. – Digo. – Tudo tem seu tempo.

- Eu nem preciso dizer... – Leila pisca. – A química bateu na hora. Também aqueles cachos macios! – Ela se abana.

Atiro um pano de prato nela.

- E você e o Willian?  - Leila quer saber. - Devo dizer que aquilo nem é um pedaço de mal caminho, é uma estrada inteira. – Comenta.

Ela ia querer saber, com certeza.

- Já conhecia ele. – Falo de uma vez.

Seus queixos caíram, dramaticamente.

Elas chegam mais perto, para ouvir melhor o que direi a seguir. Pegam as banquetas altas e sentam em frente a bancada de granito, viradas para mim.

- Mas como você deixa de me contar esse babado? – Leila fica perplexa.

- Ai, eu estava muito ocupada. – Esfrego o rosto - Trabalhando, fazendo plantões...

Desperta-Me Para TiOnde histórias criam vida. Descubra agora