Capítulo 25

2 1 0
                                    

Willian Maldonado

Soltei um xingamento ao ver Laylah sair rebolando aquele traseiro lindo e me deixar plantado de novo. Eu nunca tinha sido deixado falando sozinho tantas vezes, desde que a conheci.

Puxei a cadeira e me sentei diante de Leila e Manu. Apoiei o queixo no cotovelo sobre a mesa.

- Não acredito que ela foi embora sem comer, só para me enfrentar. – Falei para Leila.

- Laylah já chegou zangada. – Manuella conta.

- Ai Willian, francamente. – Leila balançou a cabeça em negação. – Acho que você não entendeu o que te disse no outro dia. Se você não tivesse sido um babaca tão grande, ela não teria ido.

- Ei! – Uni as sobrancelhas, ela tinha acabado de me ofender.

- Você usou seus truques e achou que ia impressionar ela? – Leila ergueu uma sobrancelha bem desenhada. – Sério mesmo? E a palhaçada com a garçonete? A Frozen não é do tipo que fica com ciúme. Ela tem uma beleza extraordinária e sabe disso.

Abri e fechei a boca, sem conseguir dizer nada.

- Ela só ficou brava, por que a moça era jovem de mais para você. E por você usar seus poderes para trapacear. – Leila concluí, olhando para as próprias unhas pintadas com brilho.

- Foi você quem roubou o carro dela, não foi? – Manu apertou os lábios.

Inclinei a cabeça na direção dela. Ora, parecia que a bonequinha morena não era tão boba.

- Se fosse para dar um palpite, eu diria que sim. - Leila riu. -  Gabriel me ligou hoje pela manhã dizendo que não poderíamos nos ver, nem almoçar juntos, pois tinha que ficar de babá com o Miguel. Estava tramando o roubo, Lian. – Ela afirmou apontando o dedo para mim.

- Isso não vai terminar bem. – Manuella lamenta.

- Claro que não vai terminar bem, Manu. – Leila  concordou. – Quando a Frozen descobrir vai arrancar o fígado dele, picar em cubinhos e dar para os coiotes comerem.
Manuella estremeceu.

- Eu tenho um plano, não se preocupem. – Dei de ombros.

- Esse plano tem que ser muito bom. Tipo um xeque mate, por que se der errado Willian, você já era. – Leila estava sendo pessimista demais.

- Pensei em uma segunda opção também, se não funcionar, ainda posso sequestrar o Leon e esconder ele na minha casa. – Digo.

- Você tá maluco? – Manu faz um gesto exagerado com a mão. – É o mesmo que encomendar o próprio enterro.

- Vocês estão pessimistas e dramáticas, hoje. – Observo dando um sorriso fraco.

- Desculpem a interrupção. – Uma voz masculina falou ao meu lado.– Vocês vão querer mais alguma coisa? Sobremesa talvez.

Manuella abriu a carteira e contou mentalmente.

- Claro. – Leila sorriu para ele. – Eu não nego um docinho.

E o garçom baixou os olhos, envergonhado.

- O que sugere? – Ela se inclinou para a frente apoiando as mãos na mesa.

 
- O especial do dia são mini tortas. – Informou ele com pegando a caneta.

- Vamos querer duas. Iguais as que vendeu para nossa amiga. – Leila voltou a se encostar na cadeira.

- Certo. – Ele rabiscou no papel. – E o senhor?

- Estou bem. – Murmurei, negando. – Pode trazer nossa conta.
Fiquei encarando o sujeito.

Desperta-Me Para TiOnde histórias criam vida. Descubra agora