Capítulo 44

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Joguei uma água no rosto e vesti uma blusa de alcinha de algodão cinza e um short jeans curto, com a barra desfiada. Penteio meus cabelos e vou para a cozinha. Encontro Lian lá.

- Oi. - Digo para o anjo. - O que está fazendo?

Willian estava cozinhando sem camisa. Só com uma calça jeans preta.

- Olá, anjo. - Ele me beija rapidamente com uma frigideira com ovos e bacon, em mãos. - Fiz café da manhã para a gente. Já ia ver se você tinha acordado. Nunca vi uma pessoa dormir tão rápido como você. - Me provoca.

- Eu estava cansada. - Dei de ombros servindo duas xícaras de café preto. - Quer leite? - Perguntei indo até a geladeira.

- Não. - Lian dividiu o conteúdo da frigideira em duas porções.

Peguei uma maçã, um cacho de uva e uma banana na geladeira também. Dei uma mordida na maçã para segura-la na boca. E com a outra segurei a banana, a uva e a jarra de leite, vinda direto da fazendo Blake. Fechei a porta com o quadril e levei tudo para a mesa comigo.

Coloquei leite na minha xícara com Lian me supervisionando.

- Sempre é tão gulosa? - Ele deu um sorriso safado.

- Qual o problema? - Deu uma mordida na maçã e mastiguei antes de falar de novo. - Estou com fome. - Eu disse, ignorando o duplo sentido que tinha por trás daquela pergunta.

- Ainda bem que fiz panquecas também. - Willian puxou o pano de prato que cobria uma pilha enorme delas.

Tinham um cheiro adocicado e maravilhoso, de baunilha. Minha boca salivou para degusta-las.

- Huum. - Um gemido baixo escapou dos meus lábios. - Estão com uma cara ótima. - Adicionei rapidamente, vendo Lian me olhar daquele jeito perigoso.

Peguei em um das portas da parte cima, do armário, uma lata de chantilly e mel. Willian levou as pancaquecas até a mesa e dividiu a pilha em duas partes.

O anjo puxou uma cadeira e se sentou começando a comer a sua parte naturalmente. Já eu comi primeiro os ovos e o bacon e deixei as panquecas como sobremesa. As cobri com mel, até que ele escorresse pelas beiradas do prato e finalizei fazendo uma espiral de chantilly, do tamanho de um suspiro gigante.

- Todo esse açúcar não é nada saudável, anjo. - As ônix negras em seus olhos brilharam para mim. Sempre me provocando.

- Você nunca descontou suas frustrações em comida? - Dei de ombros, espetando mais um pedaço cortado de panqueca com o garfo.

- Em comida não. Mas, em destilado já. Lian responde. - E transando também.

Parei de comer imediatamente, largando o garfo sobre o prato de porcelana branca. Encarei Willian. Que não ficou nem um pouco afetado. Ele sorriu como um belo cafajeste.

- Seus olhos estão dourados, anjo. - Fala baixo e com uma voz grave. - Parece que não é uma ideia tão ruim assim.

Engoli em seco, sentindo certa dificuldade para respirar. Como ele conseguia ser tão safado assim? Indo de oito a oitenta em poucos minutos. Pisquei vezes, antes de responder.

- Deveria tentar experimentar um chocolatinho ou quem sabe chá de maracujá. Para ver se acalma essa sua libido. - Uni as sobrancelhas, me irritando com ele.

Willian com certeza não tinha esquecido o que aconteceu com a lâmpada. E ainda assim, continuava me levando a beira do limite. Nenhum de nós dois tinha controle sobre aquilo. E se destruíssemos minha casa, eu não ia ter mais um lugar para morar com Leon.

Desperta-Me Para TiOnde histórias criam vida. Descubra agora