Capítulo 64

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Covil da Realeza Infernal
Arredores de Jasper...

Lúcifer

Ouvi duas batidas fortes na porta da sala do trono e logo em seguida Bruno entrou acompanhado de seu braço direito e um grupo de servos demoníacos.

- Vim checar o progresso da missão de Maison. - Ele lançou um olhar para o corpo sem alma do irmão mais velho, deitado no chão.

- Gostaria de se sentar? - Ofereci, indicando com uma das mãos a poltrona ao lado da minha do lado esquerdo.

Bruno negou com um balançar de cabeça. Ele sempre tinha essa postura retraída para mim. Tão diferente de Maison, que estava contante mente tentando chamar a atenção, importunando-me.

- Perdemos o efeito surpresa e tive que adiantar o plano. - Comentei com um pouco de insatisfação.

- Deixe-me adivinhar. - Bruno revirou os olhos. - A submundana, aquela com dons elementares interferiu. - Eu sabia que ela seria um grande problema no instante exato que coloquei meus olhos naquela mulher. Ela já deveria estar morta.

Preferi não responder, apenas apertei os lábios, sentindo todo o bom humor que estive mantendo até ali se esvair. Por que minhas próprias crianças são tão irritantes?

- Por acaso esta questionando minhas ações, Bruno? - Indaguei ameaçadoramente e vi alguns dos capangas leais ao príncipe tremerem. - Devo mesmo lembra-lo de eu sou o rei aqui e vocês obedecem as minhas ordens?

- Não papai. - Bruno abaixou a cabeça. - Irei me retirar e deixa-lo a sós com seus pensamentos.

Ele fez menção de se virar e sair.

- Fique e assista o desenrolar de Maison comigo. - Ordenei com frieza. - Os súditos que enviei devem chegar a ele a qualquer momento.

Bruno apenas concordou com um manear de cabeça. Sentado no trono, eu movimentei uma das mãos e os dedos chamando um conjunto de trevas vermelhas e negras no espaço vazio no meio do salão. Criando uma projeção em tempo real do que acontecia a quilômetros de distância da nossa localização. Assisti com satisfação uma van preta parar no acostamento e quinze ocupantes descerem.

- É hora daqueles anjos experimentarem do que somos capazes. - Um meio sorriso se ergueu em minha face.

...

Laylah Blake

Era perto das vinte e três horas quando eu e Miguel percebemos movimento dentro da pousada outra vez. As luzes foram acessas e Asmodeus ficou zanzando com Willian pelos cômodos. Ficamos fora de vista. Porém, tínhamos consciência que ainda que não pudessem nos ver, eles sabiam que estavam sendo vigiados. Caso contrário, teriam saído. Vinte e cinco minutos mais tarde, descobrimos o que eles estavam esperando.

O vento me trouxe uma brisa fria e cortante. As copas das árvores balançaram com melancolia, como se sussurrassem '' perigo".

- Miguel, eles chegaram. - Eu mal havia terminado de dar o aviso e a porta da frente da casa foi aberta em um rompante.

Willian disparou para a floresta e o seguimos, soltei um assobio alto e encarreguei o vento de leva-lo por toda parte com uma mensagem para os nossos amigos no acampamento.

'' Preparem - se para o confronto. Asmodeus está indo para o escudo. Eles encontraram uma maneira de atravessar."

Continuamos correndo atrás dele mas, o demônio tinha uma vantagem. Ele podia se misturar com as sombras. Usando Willian para tomar a dianteira, ele se misturou com a noite e desapareceu. Paramos imediatamente. Miguel sacou sua espada e eu meu bastão, ficamos bem próximos, um cobrindo as costas do outro. Esperando para ser atacados a qualquer momento.

Desperta-Me Para TiOnde histórias criam vida. Descubra agora