Capítulo 54

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No dia seguinte...

Bruno

Eu vim a um motel chamado Red Carpet procurar meu irmão. Não tinha achado ele em nenhum dos esconderijos, o único outro lugar que Asmodeus poderia estar era transando.

- Procuro um homem chamado Maison Morgenstern. - Digo para a humana atrás do balcão, na recepção.

Ela me olhou de cima a baixo e teve pensamentos impuros. Era a reação que os humanos comumente tinham, em relação a minha aparência. Meu cabelo é loiro claríssimo, sobrancelhas escuras, uma delas falhada, por ter recebido um corte de lâmina angelical.

Minha pele é bastante pálida, pela pouca exposição ao sol. Tenho muitas tatuagens. No pescoço, braços, peito e também nas mãos, cheias de anéis. A mulher a minha frente me compara a um vampiro mafioso, que ela tinha lido em um livro de romance.

Os humanos e seus delírios sentimentais.

- Somos irmãos. - Falo pensando que seria o suficiente para ela contar de uma vez. - Qual o número do quarto que ele alugou?

- Só posso fornecer essa informação após ter a confirmação do hóspede. - Deu um sorriso incerto, olhando para o telefone no gancho. - Qual seu nome?

Saltei o balcão, empurrando ela de forma brusca, que caiu da cadeira com rodinhas. Ergui seu peso do chão com a facilidade de pegar uma pluma, as costas dela bateram na parede. Apertei o seu pescoço com uma das mãos. Ela arregalou os olhos por falta de ar.

- Diga o número do quarto. - Ordenei. - Ou vai sentir como é estar na máfia de verdade.

- Como você... - Questiona, aumentei a pressão dos dedos em torno da sua garganta.

- Não vou perguntar de novo. - Estreitei os olhos com impaciência.

- Doze - Sua voz saiu chiada. - Se... Segundo andar.

- Boa menina. - Dei uma lambida na sua bochecha. - Docinha como mel. - A soltei, dando- lhe as costas.

Ela levou as mãos a garganta respirando com dificuldade e me fuzilando com raiva.

- Ah - Lembrei, parando. A mulher ficou tensa imediatamente. - Se chamar a polícia docinho, vou ter que voltar e te matar.

Lancei um último olhar para ela por cima do ombro. Estava tremendo de medo. Sorri e continuei meu caminho até Asmodeus.

Passei em frente as portas com grandes números pintados, até encontrar a que queria. Dei um chute na madeira arrombando, entrei em seguida.

Como o esperado meu irmão estava na cama com três mulheres. Uma humana, uma nefilim e a uma demonia, recém criada. Todas tinham cabelo castanho.

- Peguem suas coisas e caiam fora daqui garotas. Preciso ter uma conversa em particular com meu irmão. - Eu mandei e elas obedeceram.

Ajuntando suas roupas, sairam de cabeça baixa. Asmodeus ficou deitado na cama olhando para o teto.

- Cobre isso daí. - Falei jogando um robe preto que estava largado sobre uma cadeira nele.

Ele o colocou e se levantou, dando um nó na cintura. Pegou um cigarro da carteira e tragou longamente.

- Vai dizer o que você quer ou não, Bruno? - Irritou-se.

- Sabe muito bem. - Devolvi. - Nosso pai está todo esquisito e você não está nem um pouco preocupado?

- Não sei se deveria. Lúcifer é um lunático. Quem sabe o que se passa em sua cabeça perturbada? - Meu irmão mais velho murmurou parecendo distante.

Desperta-Me Para TiOnde histórias criam vida. Descubra agora