Capítulo 09

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Willian

Quando estou retornando a minha casa, vejo a delegada embarcar em um Civic azul, um cara loiro aguardava do outro lado da rua. Eles partem e eu entro no portão aberto.

Desço da motocicleta e ainda sinto o perfume dela no ar. O mesmo que senti na balada, ela tinha passado por aqui. Furioso, marcho para dentro.

Encontro Gabriel em seu quarto, na cama. Ele é o único em casa. Miguel ainda não havia retornado.

- O que a delegada queria? - Eu dispenso cumprimentos, puxando os cobertores.

- Ela apareceu de surpresa. - Ele sai da cama na defensiva.

- O que ela queria? - Questiono novamente, sem a mínima paciência.

Vejo um sentimento diferente passar pela face dele, e não gosto nada.

- Falar com você. - Gabi responde responde sem dar os detalhes.

O que me deixa louco.

- E o que mais? - Dou uma passo em sua direção.

- Ela ficou esperando. - Ele mantém o olhar baixo.

Avanço sobre ele e o agarro pela camisa do pijama. Seu hálito fede a wisky.

- Tocou nela? - Rosno, tomado pelo ódio.

Isso não era da minha conta, eu não deveria me importar com o que ela fazia, afinal era só uma mulher com quem eu tinha conversado por algumas horas.

- Eu não fui para a cama com ela. - Diz Gabriel.

- Não minta para mim. - Meu tom saiu bastante ameaçador. - Quer que eu verifique suas cicatrizes de asas?

-  Eu juro que é verdade, cara. - Gabi me lançou um olhar breve.

- Porque não estou convencido? Ah é porque essa sua cara sacana, não me engana. - Retruco.

- Miguel me contou, que você sentiu, quando ela te tocou. - Gabi revela por fim.

Eu realmente tinha confidênciado aquela informação a ele. Mas, eu não esperava que ele levasse o assunto adiante, principalmente a alguém como Gabriel, que não pode ver um rabo de saia.

- E você ficou curioso e quis experimentar. - Concluo a frase e dou um soco em sua face. - Onde está seu respeito?

O ciúme e a raiva comandam minhas ações. O frágil tecido se rasga diante da força de minhas mãos e Gabriel caí no chão.

- O que estão fazendo? - Miguel entra as pressas. E se coloca entre nós.

Ele toca a base da coluna de Gabi, a pele exposta pela blusa levantada. Os dedos esbarram levemente no final cicatriz, é o suficiente para Gabriel dividir as memórias.

- Francamente, não temos trabalho suficiente, para ficarem perdendo tempo brigando por uma bastarda qualquer? - Miguel nós repreende com firmeza.

- Foi Willian, quem começou. - Gabi se defende como uma criança mimada. - Eu não obriguei aquela mulher a nada. Pelo contrário, ela quem quis... - Um sorriso torto levantou o canto de sua boca.

Não permiti que ele concluísse aquela frase. Desviei da barreira criada por Miguel e derrubei Gabi no chão. Arranquei aquele sorrisinho típico de um canalha de sua face, socando seu corpo em várias partes, ele tentava em vão, desviar de meus golpes.

Miguel me puxou de cima do outro e fui arrastado para fora. Ele bateu a porta do quarto de Gabi com força ao passarmos e me guiou a empurrões escada a baixo, até a sala de estar.

Desperta-Me Para TiOnde histórias criam vida. Descubra agora