Capítulo 21

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Ao encerrar a chamada vi que tinha várias ligações perdidas, de Ângelo, Manu e de Leila também. Mandei uma mensagem para Ângelo, dizendo que estava em casa e bem e que tinha ficado sem bateria na noite anterior. Mas, que tinha conseguido resolver o problema. Pelo menos, esperava que sim.

Deixei o celular de lado por alguns minutos, para completar a carga. Fui me preparar para sair e buscar a Maserati. Toda animada com meu primeiro carro. Ia ligar para Leila da rua.

Me lavei e deu um jeito no cabelo. Escolhi um conjunto de cropped e short de linho, na cor marsala. Sandália de salto baixo e uma bolsa com corrente.

- Volto já, tá bom. - Acariciei Leon antes de sair.

Só ia me ausentar por alguns minutos. Já tinha chamado um Uber, antes de ir para o banho. Logo estaria a espera. Seria o último, sorri.

Fiquei na calçada e peguei o celular. Toquei na foto de Leila e ela atendeu no segundo toque.

- Até que enfim! Estou tentando te ligar desde de cedo. - Reclama. - Fui na delegacia e Ângelo disse que não te via desde de ontem. Fiquei preocupada!

- Meu celular descarregou. - Culpa do Willian. - Ontem foi um dos piores dias da minha vida. - Desabafo. - Acredita que tive no Stock?

- Poxa vida! Fico feliz que não tenha virado purê. - Seu tom se amenizou.

- Alguma razão especial para ter ido até a delegacia, ou só queria me ver mesmo? Achei que tinha que estudar. - O Uber estacionou e entrei no banco de trás.

- É a Manu, Frozen. - Leila suspirou. - Ela se meteu em uma confusão das grandes. Ficou apavorada e estou tomando conta dela agora. Ela não conseguiu ir trabalhar na floricultura hoje. Pode vir até minha casa? - Pede.

Fiz uma pausa para informar ao motorista onde queria ir, ele acenou com a cabeça em um sinal de que tinha entendido e prosseguimos.

- Tenho um compromisso marcado para daqui a pouco, Leila. - Mantive a voz baixa. - Deve durar menos de uma hora. Quando acabar encontro vocês.

- Tudo bem. Estaremos esperando. Até mais, Frozen. Beijo. - Ela despediu-se.

- Se cuida. Até mais. - Desligo e guardo o celular na bolsa.

Manuella em uma confusão das grandes. Meus pensamentos foram para o príncipe da safira azul. Seria o destino tão cruel a ponto de fazê-la reencontrar aquela criatura? Se a resposta for afirmativa, como ela conseguiu escapar?

O carro parou. Me obrigando a esperar para descobrir. Paguei pelo deslocamento e desembarquei para a calçada em frente a uma edificação imponente, ocupando uma esquina inteira. A entrada para o Fort Runner é cercada por um arco vermelho.

Meu pai é amigo de Tomas Fort, o mais novo dos irmãos Fort. Eles tem outras filiais como essa espalhadas por todo o Canadá. A matriz e primeira a ser construída, localizada em Toronto.

Rick disse uma vez que eles tem os melhores carros e que não há nenhum pedido que os Fort não possam atender, pois já estão familiarizados com as peculiaridades de parte dos nossos habitantes.

Passei pelos seguranças parados no lado interno do hall. Ao me dirigir ao balcão, percebi que tinham pelo menos mais cinco pessoas esperando para serem atendidas. E os três vendedores, circulavam entre os veículos mostrando com um sorriso, quais estavam a disposição para outros compradores.

Vendo que iria ter que esperar muito, decidi dar uma caminhada. Observei discretamente as duas secretarias atrás do balcão, ao passar. Falavam cada uma com um homem diferente. Eles pareciam infelizes.

Desperta-Me Para TiOnde histórias criam vida. Descubra agora