Capítulo 12

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Laylah Blake

No dia seguinte...

Em poucos minutos deixo a cidade e a paisagem muda. Meu caminho é tomado por árvores e montanhas. Abaixo os vidros e deixo a brisa fresca entrar. A natureza me tranquiliza. Os sons e aromas que ela emite me encantam. Em meia hora, estou virando na entrada que dá acesso a fazenda. O melhor lugar no mundo para mim.

Sempre que me sinto triste demais ou fico sem rumo, eu visito a vovó Linda. Ela é como uma luz em meio ao caos.
Desde de criança, me apeguei muito a ela. E nossa ligação continua, mesmo depois de me tornar adulta.

Vou diminuindo a velocidade, quando vejo a porteira fechada. Paro e desço para abrir quando vejo Luan deitado a beira do caminho, dormindo com um chapéu cobrindo o rosto, aproveitando a sombra.
Mordo o lábio inferior.
Isso vai ser bom.

Vou até ele, sem fazer barulho.
- Ei, peão!- Cutuco sua bota com meu pé.

Ele se levanta em um salto e o chapéu cai na terra. Gargalho de sua reação exagerada.

- Dormindo em serviço, imagina se o patrão chega e pega você... – Eu o repreendo negando com a cabeça.

- Caralho, pequena. – Ele põe a mão no peito. – Assim eu infarto.

Sorri para ele.

- Sua avó mandou eu esperar você. – Luan se explica.

- Então, vamos lá. Te dou uma carona. – Falo.

Espero enquanto ele fecha novamente a porteira e a tranque. Uma medida segurança, já que essa é a única forma de entrar e sair, por terra. A outra é de barco pelo rio que percorre os limites da propriedade.

Eu e Luan embarcamos e vamos até a sede. Onde eu buzino, antes de descer e tirar Leon da caminhote. Minha vó e Larissa saem da enorme casa de madeira.

- Querida, demorou a chegar! – Minha vó usa um vestido florido e vem ao meu encontro para um abraço.

- Vó, faz menos de duas horas, que eu liguei avisando que vinha. – Replico rindo.

Ela faz um gesto de mão, para eu ignorar.

- Você quer comer ou beber alguma coisa? – Pergunta. – Está tão magra. – Ela aperta a pele de minha cintura.

- A senhora não tem jeito! – Balanço a cabeça e a acompanho para dentro.

Na cozinha ela e Larissa tinham preparado bolo de fubá e pães de queijo. Também tinha café recém passado, suco de frutas e chá gelado.

Enquanto eu comia Linda falava animadamente sobre como as flores estavam bonitas esse ano e na demanda que só vinha aumentado.
Me servi um copo de chá gelado. Vovó fiquei observando minha reação, enquanto eu bebia.

- O que você achou? - Perguntou -me.

- É delicioso. – Digo. – Não é um chá comum, é?

Eu já sabia o sabor, mas deixei minha vó revelar. Afinal, sua aura releva que se sentia orgulhosa.

- Não. – Responde.

- Espera! Não me conta. – Bebo mais um gole, apreciando mais o  sabor.  – É hibisco com pimenta?

- Pimenta Rosa. – corrige. – Estou pensando em lançar uma linha de chás especiais e vende -los em minha nova loja.

- Sua loja? – Eu questiono. – Vai finalmente, se dar o crédito por todo esse trabalho?

- Sim. A inauguração vai ser na semana que vem! – Fala animada. – É um sonho se realizando.

- Agora que você me conta? - Finjo estar ofendida. Mas, abro o maior sorriso.

Desperta-Me Para TiOnde histórias criam vida. Descubra agora