Capítulo 05

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Dirijo pela cidade e sigo o GPS, para encontrar a casa noturna. Tem lugares na cidade que não conheço, devido a expansão. Como somos uma cidade turística, a vida noturna é animada, bares e restaurantes é o que não faltam.

Escolhi uma danceteria que foi inaugurada a pouco tempo, por Grace e sua filha, Mia. Grace é uma velha amiga, da família. Ela tem um restaurante que costumamos frequentar. E agora entrou como sócia no empreendimento.

Passamos em frente, a casa noturna. Uma placa em neon, com o nome Angel's, brilha na fachada do prédio. Procuro uma vaga e estaciono. Descemos do carro e entramos na fila, com tamanha mediano.

Leila, ficou na frente e Manu no meio. Em poucos minutos, estamos em frente a um segurança e uma mulher que faz anotações em uma prancheta, o rapaz confere as identidades. Todas mostramos as nossas e entramos.

- Bem vinda a Jasper! - Leila gritou para ser ouvida acima da música.

Pegamos algumas bebidas no bar e sentamos cadeiras altas em frente ao balcão. Mia e Grace também estavam ali está noite. Elas me reconheceram e vieram conversar conosco.

Nós mostraram a casa, que estava lotada. Conhecemos todo o interior, a música pulsa alto, fica impossível ouvir a própria voz. Luzes coloridas iluminam a pista escura.

As meninas observam o ambiente. Mia some e reaparece com pulseiras para a área VIP. Ela pede licença e coloca em nossos braços. Passamos por mais seguranças e somos liberadas. Essa parte é bem mais luxuosa que o restante do lugar e tem um bar próprio.

- Podemos ter uma conversa, em particular? - Grace me pede.

Olho para minhas amigas.

- Venham. - Mia as chama. - Vamos pegar uns drinks. - Vou cuidar delas, por enquanto. - Ela da uma risinho.

De braços dados, seguem até o balcão, onde um barman uniformizado, atende. Eu e Grace vamos até uma mesa, onde podemos ter mais privacidade. Ela indica um lugar, me sento e ela também, em um lugar a minha frente.

- Faz tempo, que não vejo você e seu pai, no restaurante. - Ela comenta. - Como vai a vida?

- Faz mesmo. Ando muito ocupada na delegacia e Rick, você sabe, vive para o trabalho. - Respondo em um suspiro.

- As coisas estão difíceis, em família? - Ela estende a mão e pega minha. Levando um pequeno choque de energia.

- Perdão! - Peço imediatamente.
Achei que estava me controlando.

- Eu é que devo me desculpar, deveria saber que certos sentimentos te intensificam. Mas, nunca me acostumo. - Ela sorri.

- Nem eu. - Admito.

- A relação entre pais e filhos sempre é conturbada. Eu entendo como Richard se sente. - Ela para de falar, quando um rapaz se aproxima de nós.

Um garçom traz bebidas para nós. Ele serve uma taça de Ice Wine para Grace e um drinque diferente para mim. Algo que não reconheci. Deixo para beber depois, já que tem bastante gelo no copo. Assim que ele some da nossa vista, recomeça.

- Nem todos se sentem bem, ao ver que os filhos cresceram tão rápido.
Olho para a bebida de cor escura a minha frente, seguro o copo frio.

- Quando mais eu penso nesse assunto, mais me vem conclusões... - Digo o que me vem.

Grace me olha com expressão confusa.

- O que dizer?

- O humor do meu pai não tem a ver comigo ou com o meu trabalho. E sim, com ele mesmo. - Olho para seu rosto. - Ele está infeliz. Brigar comigo é uma forma que ele usa, para extrapolar sua frustação.

Desperta-Me Para TiOnde histórias criam vida. Descubra agora