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O sol estava se pondo, o laranja avermelhado rasgando o céu a horizonte em um crepúsculo extraordinário e sublime.

Novamente Stanford estava ficando para trás, assim como seus amigos, mas ela levava consigo a certeza de que logo os veria novamente.

Logo seria sua formatura — logo teria que tomar posse de sua casa, dar continuidade à sua vida.

— No que tanto pensa? — perguntou Jacob, atento a seu semblante.

— Ontem à noite, eles voltaram. — o murmúrio de Trish não lhe fez muito sentido na hora.

— Quem voltou? — ele perguntou, confuso.

A garota suspirou e encarou a palma das mãos, esbranquiçadas.

— Eu não tinha dito sobre isso, mas, eu tenho tido o mesmo sonho a alguns dias e ele é muito confuso.

— E sobre o que é?

Ela mordeu os lábios procurando se lembrar vagamente.

— Uma garotinha correndo pela praia, tem sempre um homem com ela, os dois estão felizes, aparentemente ela é feliz com ele.

— E quem são eles?

— E-eu não sei, não consigo lembrar. — Jacob podia sentir a angústia dela e estava disposto a tentar ajudá-la no que pudesse.

O primeiro passo seria entender melhor sobre o sonho, talvez pudesse ser algo do passado dela que estava tentando vir à tona.

— E o lugar? — ele perguntou. — Você já viu antes? Se lembra de ter estado lá algum dia?

— Não sei. — negou, dando de ombros. — Eu não me lembro de ter ido a algum lugar como aquele. É perfeito, Jake. Você precisa ver. Encantador.

— E não há mais ninguém além dos dois?

Novamente ela negou.

— Não. Não há. Apenas eles. Como se existissem apenas os dois ali.

— Isso até parece uma lembrança. — enfatizou Jacob.

— Er, não sei. Talvez.

— Não fica assim. — ele estendeu a mão para tocar seu rosto. — Vai ver é só um sonho.

— É. Tenho certeza que sim.

Era noite quando eles chegaram à reserva.

Sam não estava em casa, igualmente à Emily.

Os dois então resolveram caminhar pela praia, aproveitar a noite de céu estrelado e lua cheia.

— E aí, casal! — Quil estava ofegante ao chegar até eles, ele constatou sobre realmente estar fora de forma.

Era sempre bom ver Trish.

— Quil já estava nos deixando louco de tanto que perguntava de vocês. — a voz de Embry chegou até eles.

— É. — concordou Paul, dando um tapinha no ombro dele. — Ele parecia uma matraca ambulante.

— Todo o tempo falando que a Trish preferiu passar seu aniversário com os amiguinhos dela do que com a gente. — azucrinou Jared.

— Ainda bem que chegaram. — alegrou-se Seth. — Já não aguentava mais.

— Fico feliz que tenham sentido minha falta. — disse Trish, sorrindo para eles.

— Eu não senti sua falta, eu só... — titubeou Paul, coçando a nuca.

— Relaxa, Paul. — ela não perdeu a oportunidade de zoá-lo. — Eu nunca vou contar seu segredinho.

PERPÉTUA - JACOB BLACKOnde histórias criam vida. Descubra agora