Ontem à noite quando pela primeira vez ela e Jacob se tocaram, foi surreal para ela, Trish nunca se sentiu tão pertencida a alguém quanto se sentia ao lado dele.
Se sentindo amada, adorada, contemplada, desejada foi como Jacob a fez se sentir na noite anterior.
A brincadeira da toalha foi algo extremamente inocente ao que aconteceu sequencialmente.
Quando por fim Jacob não mais aguentou seu oral, enfiou as mãos em seus cabelos e a puxou para cima, devorando seus lábios com voracidade.
Parecia até que ele sabia o que estava fazendo, como se houvesse feito aquilo inúmeras e centenas de vezes, mas pelo dito por ele, ela era a primeira e esperava que fosse a última.
Quando ele a livrou do tecido do roupão e a olhou de forma apaixonante, quando desenhou seu corpo com os olhos como se o quisesse gravar em sua mente, Trish soube naquele instante que não haveria em sua vida outro homem além dele.
Jacob era a pessoa certa que veio para consertá-la.
Ele a pegou no colo e levou-a para cama, enquanto a beijava de forma voluntária.
Ele amava seus lábios, beijá-los então era a maneira exata de dizer isso sem usar palavras.
Entretanto, sua noite não foi inteiramente contemplada à felicidade de fazer amor com Jacob.
Enquanto dormia, envolvida pelo calor dos braços de seu amado, Trish teve pesadelos.
Novamente ela sonhou que estava feliz em algum lugar ensolarado, os raios de sol queimando de maneira solene sua pele, enquanto alguém chamava por seu nome de maneira preguiçosa.
Ela amava estar ali.
O sorriso no rosto da garotinha parecia feliz, enquanto corria descalça — pés tocando a areia branca e fria — para braços protetores.
O sorriso daquele homem eram os mais sinceros possíveis, ela adorava afogar-se no brilho de seus olhos — eram verdadeiros.
Haviam apenas os dois, andando pela areia da praia, felizes, contemplando uma tarde como outra qualquer.
Tudo parecia tão real como uma vaga lembrança esquecida no fundo de sua mente.
Os dois contra o mundo.
Pai e filha.
Quando a noite então caía, ele a levava nas costas entre giros, risadas e gritos extraordinariamente felizes, para dentro de casa.
Uma casa imensa e acolhedora.
A garotinha subia os degraus da escada correndo, como se aquilo dependesse de sua própria vida, para tomar banho e se livrar de toda areia de seu corpo e retornar para devorar a pirâmide de panquecas regadas a mel.
Era saboroso e ela parecia se deliciar apetitosamente daquilo.
O sorriso no rosto daquele homem era arrebatador, o brilho de seus olhos escondiam uma dor tremenda, embora ele parecesse ocultá-la.
Trish sentou-se bruscamente à cama, seu rosto molhado, embora quisesse ser aquilo suor, acabava notando serem lágrimas.
Ela não sabia pelo que exatamente chorava, mas sentia uma necessidade daquilo.
A garotinha do seu sonho parecia tão real, tão desprovida de preocupações, tão feliz que ela a invejava.
Durante noites a fio, ela vem assombrando-se com esse sonho, pesadelo ou até um dejávu, ela ainda não sabia como distinguir aquilo — parecia tão real.
Ela ainda podia ouvir o sussurro da voz daquele homem em seu ouvido quando acordava num sobressalto pelas manhãs.
Procure se lembrar, querida. — ela não sabia o que aquilo poderia significar.
Ao olhar para seu lado na cama, Trish sorriu, ao ver Jacob dormindo preguiçosamente ao seu lado.
Aquela seria sua felicidade de hoje em diante, ELE.
O Black parecia visivelmente feliz, seu semblante demostrava isso.
— Ei, dorminhoco... — ela se debruçou sobre ele e traçou beijos por toda linha de sua mandíbula. — Está na hora de acordar.
— Bom dia, amor. — ele murmurou ainda sonolento. — Estava chorando?
Trish apenas negou roubou-lhe um selinho.
🍁🪦🍁
Quando desceram a escada para o primeiro andar, Jacob e Trish se depararam com o aroma estonteante de bacon.
O cheiro se alastrava pela casa.
Ao chegarem à cozinha, viram Allexya preparando o café da manhã na companhia de Nikki.
— Ei, bom dia, dorminhocos. — disse a loira, sorrindo para eles.
— Bom dia, meninas. — os dois disseram em uníssono.
Quando Trish se sentou ao lado de Nikki, a morena logo semicerrou os olhos de forma desconfiada.
— Hmm... — exprimiu, enquanto milimetricamente observava o rosto de Trish. — Esse rubor matinal não me engana.
Trish parou de mastigar sua panqueca e a olhou.
— Do que está falando?
— Vocês transaram. — disse de forma acusadora.
— E daí? — inqueiriu Allexya, revirando os olhos.
— Sim! Vocês transaram! — gritou Nikki, como se esperasse sua vida toda por aquilo. —Ai, meu Deus!
— Nikki, não surta, tá bom? — pediu Trish.
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PERPÉTUA - JACOB BLACK
WerewolfQuando o tempo demora a mostrar aquilo que você anseia em ver, a adrenalina toma conta de tudo e faz você ficar desacreditado de que algum dia vá dar certo - se dizem que o tempo cura tudo e mostra tudo, então por quê ele nunca a curou?